A ciência tem continuado com o seu recuo cronológico acerca do inicio da civilização

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Çatalhöyük
Çatalhöyük

À medida que a arqueologia foi progredindo, a época em que se originou a nossa civilização foi continuamente datada para um período cada vez mais longínquo no passado.

Civilizações

Çatalhöyük
Çatalhöyük

Jean-François Champollion, considerado como o pai da egiptologia, a quem se deve a decifração dos hieróglifos egípcios, inclusive os escritos da então recém-descoberta Pedra de Rosetta, datou o Egipto como sendo a primeira civilização humana, tendo tido o seu inicio há cerca de 5.000 a 6.000 anos.

Depois, o inicio da Civilização Suméria foi datado para cerca de 5.000 anos A.C., ou seja, recuou-se cerca de um milénio em relação ao suposto início da Civilização Egípcia, que era considerada até à data como a primeira civilização.

Em 1964, o Dr. James Mellaart, um arqueólogo britânico, que leccionou na Universidade de Istambul e foi director assistente do Instituto Britânico de Arqueologia em Ankara, iniciou um processo de escavações em Çatalhöyük (Catal Huyuk) em 1961, tendo em 1964 concluído haverem vestígios de cidades que vieram revelar uma civilização datada de 7.000 a 8.000 anos A.C.

Cidades

Jericó
Jericó

Por outro lado há Jericó, aquela que se acredita ser a cidade mais antiga do mundo, tendo sido erigida cerca de 8.000 A.C., situada nas margens do Rio Jordão, na Palestina.

No entanto, e apesar de se acreditar que a civilização partiu do Velho Mundo para o Novo Mundo, houve uma descoberta que veio por em causa esta crença, tendo revolucionado por completo esse paradigma.

Perto da viragem do Século XIX para o XX, o erudito boliviano Arthur Posnansky deu início a um estudo de 50 anos nas ruinas de Tiahuanaco. Com a ajuda da astronomia, Posnansky descobriu algo que daria início a muita polémica no meio científico, como seria de se esperar: calculou que Tiahuanaco havia sido erguida há mais de 17 mil anos, muito antes que, supostamente, qualquer civilização existisse.

Avanços posteriores nas medições astronómicas devido a melhorias significativas na tecnologia apontaram, no entanto para outra data da existência da cidade: 12.000 anos.

Esta fabulosa cidade foi chamada de “o berço da civilização” por Posnansky. Apesar de ter sido confirmada, por engenheiros, a acuidade das medições de Posnansky e a sua conclusão nunca foram aceites no meio científico.

Astronomia na Idade da Pedra

De acordo com o Dr. Alexandre Marshack, de Nova York, os homens das cavernas já anotavam suas observações astronómicas há… 35.000 anos! Numerosos vestígios – escreve o grande pré-historiador – considerados como manifestações artísticas do Paleolítico Superior e do Mesolítico, “são, na verdade, registos astronómicos”! Motivos pictóricos descobertos em restos pertencentes às culturas magdaleniana e aurignaciana, interpretados até 1965 como tendo significação religiosa ou mágica, são, contudo, consignações de observações científicas (!) da esfera celeste. “O conhecimento da esfera celeste, pelas grandes Civilizações do Passado, constitui um dos principais enigmas da arqueologia contemporânea”, pontifica o Dr. Marshack.

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