Em 1567, os franco-maçons ingleses dividiram-se em duas grandes lojas, a de “York” e a de “Londres”. Entretanto, a época a mais importante da história dos franco-maçons foi o início do Século XVII, quando a sua corporação de característica artesanal transformou-se numa corporação secreta de ordem mística e oculta. As lojas aceitaram daí em diante “não maçons”, o que teve por consequência que por volta de 1700, quase 70% dos franco-maçons vinham de outras profissões.
Em 24 de Junho de 1717, os representantes de quatro grandes lojas britânicas reuniram-se em Londres, fundaram a Grande Loja Inglesa, denominada também “Loja Mãe do Mundo”.
O novo sistema dos graus de iniciação comportava três graus: aquele de aprendiz, de companheiro e de mestre; eram denominados também de graus “Azuis”.
A grande loja fazia questão que fosse a Dinastia de Hanover que continuasse a ocupar o trono inglês. Ela conferiu em 1737, os dois primeiros graus a Frederico de Hanover, príncipe de Gales. Muitos membros das gerações seguintes da família real de Hanover detiveram até o título de grão-mestre (foi o caso de Frederico Augusto, do rei George IV, do rei Eduardo VII e do rei George VI).
Entretanto eles tinham inimigos. Após a queda de Jacob II em 1688, os partidários dos Stuarts criaram diferentes movimentos, entre outros aqueles dos jacobinos militantes, para colocar os Stuarts no trono. Para apoiar o seu filho Jacob III, foi criado um novo ramo de franco-maçons, a “Loja dos Templários Escoceses” – fundada em 1725 por Michael Ramsey – a qual aceitou no seu meio antigos templários.
Essa loja tinha criado graus ainda mais importantes do que a loja mãe de Londres, a fim de tirar os membros dessa última.
Em 1736 foi criada a Grande Loja Escocesa, a qual delegava também para segundo plano o aspecto corporativo para acentuar o aspecto místico.
Nas lojas escocesas, encontravam-se com frequência a franco-maçonaria templária, e, mais tarde, introduziu-se nelas também o grau templário.
Como vemos, encontramo-nos em presença de dois sistemas de franco-maçons que se opunham, o da dinastia de Hanover na Loja Mãe de Londres, e o dos Stuarts dos templários escoceses. Quem poderia ser o terceiro desconhecido que teria todo o interesse para que nascesse um conflito?
Não se encontraria ele entre os “Illuminati”?
Fonte: Livro «As Sociedades Secretas e o seu Poder no Século XX» de Jan Van Helsing