Uma concepção errónea entre as pessoas é de que qualquer regra ou regulamentação que as rege cabe numa única categoria, “a lei”. Mas há muitas outras formas de lei que as pessoas obedecem, sem que se apercebam.
Outro falso juízo é o de que uma constituição nacional nos concede os nossos direitos.
Uma constituição não faz nada além de listar os direitos que já possuímos.
Nascemos com direitos inalienáveis, a nós concedidos pela Fonte Criadora. Eles não nos foram dados e não podem ser repassados a outros. O máximo que alguém pode fazer com um direito é escolher entre exercê-lo ou não.
A Lei Marítima do Almirantado é conhecida como a lei da água. É suplantada pela lei civil e aplica-se somente àqueles que se submetem voluntariamente a ela. A definição da Lei do Almirantado é um conjunto de leis internacionais particulares regendo as relações entre instituições privadas que operam embarcações marítimas. Vamos ver como e porquê um tipo de lei que moldou corporações administradas, negócios e embarcações impôs as suas regras sobre os seres humanos.
Tal é feito através de uma forma de truque com palavras. Uma simples perversão da linguagem permitiu que as pessoas ao redor do mundo fossem convencidas que essas leis alternativas se aplicavam a elas.
Uma das crenças predominantes na cultura moderna é a de que licenças, alvarás, registos e outras formas de documentação são necessários para operar veículos, usar vias públicas, construir estruturas e estabelecimentos, começar um negócio e muito mais.
Tristemente, essas crenças baseiam-se em pouca ou nenhuma investigação e são falsas.
Essa estrutura de crença é perpetuada pela Lei Marítima do Almirantado.
Esse tipo de lei foi criada originalmente para regulamentar navios que aportavam em nações estrangeiras para a importação ou exportação de produtos e recursos. Refere-se a questões bancárias e mercantis, não questões civis.
Quando um produto é retirado de um navio e desembarcado em terra estrangeira, esse país guarda a custódia dos recursos e regista-o com uma certidão. Esse certificado marca a data de nascimento desse produto sob a custódia da respectiva nação.
Pense sobre porque é supostamente necessário possuir uma certidão de nascimento em primeiro lugar.
O dicionário Barran’s de termos bancários define a certidão como um documento que estabelece reivindicação de propriedade. Então aqui percebemos que todos que possuem certidão de nascimento são definidos como propriedade.
Propriedade de quem?
As pessoas são usadas como caução com outras nações porque os EUA estão falidos. Os Estados Unidos abriram falência a 9 de Março de 1933. A partir daí, os EUA começaram a receber empréstimos de uma corporação afiliada não-governamental e privada, chamada “Federal Reserve” (o mesmo aliás, se passa com a maior parte dos países do mundo).
Sem dinheiro para saldar os empréstimos, os Estados Unidos começaram a usar os cidadãos como caução. Todas as certidões de nascimento e casamento são literalmente notas fiscais.
Veja a semelhança entre uma nota fiscal e uma certidão de nascimento.
Ambos os documentos têm data de emissão, um número de série, número de registo ou de recibo, uma descrição do produto, e um informante autorizado para notificar a agência governamental apropriada. Como todas essas informações prontamente disponíveis, a maioria das pessoas desconhece o seu envolvimento com a Lei Marítima do Almirantado. Isso é possível através da manipulação da linguagem.
Essa Lei do Almirantado altera o significado da palavra “Pessoa” de uma pessoa natural e viva para uma corporação.
Cartas de motorista, registos de veículos, formulários de seguro, alvarás de construção, licenças para porte de armas, cartas de trabalho, comprovativos de impostos, certidões de nascimento e óbito, multas de trânsito e muitas outras formas de documentação que já foram tidas como absolutamente necessárias só se aplicavam a pessoas ou corporações.
Ao assinar um documento legal, você está indirectamente a abdicar dos seus direitos sob a constituição e a reduzir o seu status ao de uma corporação que é criada com um nome igual ao seu. O único modo de dissociar o seu nome verdadeiro do nome da corporação é perceber que a corporação tem o seu nome registado somente em maiúsculas. Isso é conhecido como ‘Capitis Diminutio Maxima’.
Pode observar que a sua carta de motorista, certidão de nascimento, cartão da previdência, cartões de seguro e outros usam somente maiúsculas para representar legalmente a corporação que possui o seu nome, e não você.
A corporação é conhecida como pessoa artificial, enquanto você, ser humano, é conhecido como pessoa natural.
Esse engodo vai ainda mais longe quando se trata dos tribunais a que comparecemos. Ao ir ao tribunal, você perceberá que há assentos para as testemunhas atrás de uma cerca ou barreira de madeira. O réu deve atravessar a entrada até o outro lado da barreira onde o querelante e o juiz se sentam. Este acto simboliza o embarque num navio. A partir daí, os negócios podem ser conduzidos dentro da Lei Marítima do Almirantado. O juiz, a actuar como capitão ou banqueiro, é responsável por estabelecer o equilíbrio entre os dois lados. É por isso que há sempre um valor monetário envolvido em qualquer caso jurídico. O capitão está a lidar simplesmente com disputas bancárias e mercantis. Uma vez que o saldo é quitado, o caso é encerrado.
O aspecto do tribunal é semelhante ao de uma embarcação antiga. Os tribunais mais antigos eram uma representação exacta de um navio do Século XVII, sendo que actualmente ainda se consegue vislumbrar essa mesma configuração.
Para desviar o caso da Lei do Almirantado, na qual os seus direitos não são protegidos, você deve evitar concordar em representar a pessoa artificial. Isso é feito declarando que é uma pessoa natural. Não tem um nome ou sobrenome, pois isso implica um título corporativo. Num caso de tribunal, pode declarar que a corte está legalmente ciente da sua condição ao prestar o juramento.
Todo o juiz deve prestar um juramento para praticar o Direito. Entretanto, você deve esclarecer para a corte e para o júri que o juiz está a agir como juiz, e não como banqueiro.
Lembre-se que você é um ser humano natural da Terra. Não é governado por nada além da sua consciência.
As leis são criadas dentro de uma Sociedade. A Sociedade que criou as leis que vemos a ser aplicadas é hoje chamada de sociedade legal. E a parte mais curiosa de toda esta ilusão, é o facto de que você não é parte da sociedade legal, logo as leis não se aplicam a si.
Juízes, advogados, e oficiais que aplicam a lei, são todos parte de uma Sociedade. Nessa Sociedade, eles criaram a sua própria linguagem, que é enganosamente parecida com a linguagem corrente do país em questão. Existem essas coisas chamadas de estatutos, actos e regulamentações que parecem leis, mas só se aplicam àqueles dentro dessa Sociedade. Isso significa basicamente que todas as infracções de trânsito, restrições por idade, e tudo mais, excepto danos a terceiros ou à propriedade deles, não se aplicam de facto à pessoa natural.
As leis só se aplicam à sociedade legal – o jogo que jogamos é uma ilusão
Você pode simplesmente escolher abrir os olhos e reivindicar a liberdade com que nasceu, restrita por nada senão os limites de sua imaginação.
Esses são alguns exemplos de como garantir que os seus direitos sejam protegidos.
De longe, a linha de defesa mais importante contra esse engodo, é estar ciente da perversão da linguagem e estar absolutamente ciente de como você forma as suas crenças e conceitos.
Na Religião e na Política, as crenças e convicções das pessoas são quase sempre adquiridas em segunda mão, sem investigação, de autoridades que não examinaram a questão a fundo, mas sim as tomaram de segunda mão de outros que não as examinaram, cujas opiniões sobre elas não valem sequer um tostão.
Em todas as formas de perversão da linguagem, há um reflexo espelhado delas no microcosmo da psique. E o problema actual da humanidade é que esta perdeu o contacto consigo própria.
Temos o emprego no horário comercial, temos a casa, os filhos, as contas, a TV, os hobbies, e as tarefas que realizamos durante todo o dia, e eventualmente começamos a acreditar que isso é o que somos. Mas quem está por trás dos cargos corporativos, por trás do status de “Mãe” ou “Pai” “Teísta” ou “Ateu“, “Republicano” ou “Democrata” “Negro” ou “Branco“, “Homem” ou “Mulher“? Quem somos nós? Quem somos nós lá no fundo?
Não sabemos. Porque cada vez que ouvimos uma resposta que não queremos aceitar sobre nós mesmos, nós a negamos, nós a ignoramos e projectamos noutra pessoa e a julgamos por isso.
Isso é repressão, e nós vemos o que a repressão pode fazer connosco enquanto indivíduos, mas e no nível colectivo, da Humanidade? O que acontece quando o mundo inteiro se recusa a ver o que somos verdadeiramente por dentro?
Se não faço uso de minha certidão posso fazer uso das coisas da sociedade?