É raro encontrarmos na história um caso em que uma nova arma, já fabricada ou ainda e em fase de estudos, tenha sido considerada pelas autoridades como muito cruel ou destrutiva. Não obstante, foi exactamente isso que aconteceu quando o inventor de uma arma de disparos múltiplos: um certo tipo de metralhadora, um engenheiro chamado Du Peron, ofereceu a sua invenção a Luís XVI de França, em 1775, Luís e os seus ministros recusaram a arma, por achar que ela mataria muitas pessoas ao mesmo tempo. Se levarmos em consideração a opinião do Dr. Edward Teller, conhecido como “o pai da bomba de hidrogénio”, chegaremos à conclusão de que Luís XVI estaria ligeiramente desactualizado no mundo das guerras modernas. O Dr. Teller calculou que a explosão da bomba de hidrogénio numa grande área metropolitana causaria a morte de cerca de 10 milhões de pessoas, enquanto “uma guerra nuclear de grandes proporções poderia eliminar alguns biliões de seres humanos”.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz