A Mulher de Azul

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Aparição da Mulher de Azul
Aparição da Mulher de Azul

Os catálogos dos milagres católicos estão cheios de relatórios históricos documentados que são de especial interesse para os parapsicólogos. Todavia, no que se refere à quantidade pura e simples, poucas carreiras espirituais podem se comparar à da Mulher de Azul, soror Maria Coronel de Agreda. De acordo com os seus próprios relatos, soror Maria apareceu em dois lugares ao mesmo tempo, em cerca de quinhentas ocasiões, entre os anos de 1620 e 1631.

Nascida na Espanha em 1602, descendente de uma família religiosa de classe média, soror Maria, ainda menina, teve intensas visões. Na adolescência, caía facilmente em transes extáticos. Quando jovem, entrou para o convento franciscano da Imaculada Conceição, em Agreda.

Ali, impôs-se um regime que incluía longos períodos de jejum, noites de insónia e auto-flagelação. Entre os milagres atribuídos a ela durante esse tempo, estavam a fantástica habilidade de responder aos pensamentos não exteriorizados por palavras de outras pessoas e a capacidade de levitar o seu corpo frágil acima do assoalho do convento.

Mas foi pela inacreditável facilidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo que soror Maria ficou conhecida. As suas projecções fantasmagóricas, segundo dizem, levavam-na sobre o oceano Atlântico e para o deserto da região oeste do Texas do Século XVII, onde cuidava das necessidades físicas e espirituais de uma tribo de peles-vermelhas que costumavam andar nus.

Entre todas as tribos nativas que habitavam o Sudoeste americano antes da chegada dos conquistadores, a mais desconhecida é a dos pobres Jumanos, que viviam ao longo do rio Grande, nas proximidades da actual cidade de Presídio, Texas.

Maria Jesus de Agreda
Maria Jesus de Agreda

Nos primórdios da migração espanhola para o México, os indígenas foram encontrados por Alonzo de Benavides, um frade franciscano. Para sua grande surpresa, encontrou os Jumanos já convertidos ao Cristianismo. Mais ainda: afirmaram que tinham sido orientados para aquele encontro por uma misteriosa “mulher de azul”, a mesma alma gentil que lhes dera rosários, cuidara das suas feridas e levara a eles as palavras de Jesus Cristo.

Quase tão perturbado quanto atónito, frei Benavides enviou cartas ao papa Urbano VIII e ao rei Filipe IV de Espanha, exigindo saber quem o havia precedido na catequese. Obteve a resposta apenas em 1630, no retorno à Espanha, quando se inteirou dos milagres de soror Maria. Visitou então o seu convento pessoalmente e tomou conhecimento de que o hábito da ordem era azul.

 Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz

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