Criação Cecil Rhodes, um dos padrinhos da eugenética neo-Platónica e um dos aficionados do controlo da população, a Távola Redonda aparenta ser uma organização de homens idosos, que organizam eventos de caridade, vendas diversas e reuniões de antigos companheiros. Um olhar mais atento à história e motivação do seu fundador sugere uma missão mais sinistra.
Cecil Rhodes nasceu em 1853, filho de um vigário. Em 1879 foi para a África do Sul, para se tornar prospector de diamantes, e fundou a Beers Consolidated Mines, Ltd. Em 1891, a Beers controlava 90% da produção mundial de diamantes e Rhodes desenvolveu a visão de uma supremacia branca e abastada, um conceito que ainda mantém as nações africanas em guerras entre tribos e na pobreza. Mas não o fez sozinho. O seu mentor, que conheceu enquanto frequentava Oxford, era o professor de belas-artes John Ruskin, o homem que exigiu educação para o “homem trabalhador”. Na verdade, isto era uma mera parte do seu plano de criar uma maior classe média, que trabalharia para a aristocracia. Assim podiam controlá-los através de empréstimos bancários, uma forma legal de escravatura. Também era um misantropo, um pederasta e um crente fervoroso numa autocracia bastante controlada e centralizada por uma elite e uma classe governante iluminada, tao bem descrita nas suas palavras: “O meu objectivo constante tem sido demonstrar a superioridade de alguns homens em relação a outros, às vezes mesmo de um homem sobre todos os outros.” Esta foi uma ideia transmitida por Platão na República, que clama por uma classe governante de reis filósofos “com um exército poderoso para manter o poder e uma Sociedade completamente subordinada à autoridade monolítica dos governantes.”
Já em 1877, Rhodes estabelece como objectivo dominar o mundo. Desiludido com a natureza introspectiva da Franco-Maçonaria inglesa (na altura ele já era um Grão–Mestre Maçon), escreveu «Confession of Faith», declarando: “Acredito que nós [os ingleses] somos a melhor raça do mundo e quanto mais do mundo nós habitarmos, melhor para a raça humana. Imaginem só aquelas que actualmente são habitadas pelas espécies mais desprezíveis de seres humanos, que diferença seria se tivessem tido influência anglo-saxónica… Hoje torno-me membro da ordem maçónica e eu vejo a riqueza e o poder que eles possuem… E pergunto-me como é que um tão grande número de homens se pode dedicar ao que às vezes parecem ser os rituais mais ridículos e absurdos, sem qualquer objectivo, sem qualquer fim… Por que é que não deveremos formar uma sociedade secreta com um único objectivo: o futuro do Império Britânico e a submissão de todo o mundo não civilizado ao domínio inglês, para a recuperação dos Estados Unidos, para fazer da raça anglo-saxónica um único império.”
Graças à sua sempre crescente fortuna e ao seu monopólio das minas de diamantes sul-africanas, inspirado pela Filosofia Malthusiana, por John Ruskin, apoiado financeiramente pelos Rothschild e consumido pelo seu racismo, Rhodes continuou a aperfeiçoar as suas ideias nos sete testamentos que escreveu durante a sua vida. Após a morte de Rhodes, o Franco-Maçon Nathan Rothschild tornou-se o seu único beneficiário e encarregou imediatamente o Franco-Maçon Alfred Milner de recrutar um grupo de jovens Franco-Maçons da Universidade de Oxford e Tonybee Hall para se tornarem os membros fundadores da Távola Redonda. (A visão na Nova Ordem Mundial de Milner pode ser resumida nas suas seguintes palavras: “O meu patriotismo não conhece fronteiras geográficas, apenas raciais. Eu sou um patriota da raça britânica.”)
O nome Távola Redonda vem da legendária corte do britânico rei Artur (cuja procura do Santo Graal está intrinsecamente ligada à Franco-Maçonaria e aos Illuminati). Logo, a nova sociedade seria estruturalmente maçónica; uma pirâmide hierárquica, com círculos internos e externos de influência e conhecimento chamada Círculo de Iniciados, a Association of Helpers e uma complexa cortina de fumo de fundos corporativos, instituições e fundações educacionais, que desafiariam até o auditor mais escrupuloso.
A bolsa académica Rhodes não passa, supostamente, de um esquema filantrópico que esconde um propósito mais profundo e obscuro. Rhodes estipulou, no seu testamento, a criação de uma fundação para apoiar bolseiros americanos excepcionais para estudarem na Universidade de Oxford. David Icke chamou a este esquema “o centro da manipulação da ‘educação’. O número de ‘bolseiros Rhodes que voltam para os seus países e passam a ocupar posições de poder na Política, Economia e nos Média é enorme quando comparado com a população estudantil em geral. Eles agem como agentes dos Illuminati. Actualmente, o bolseiro Rhodes mais famoso do mundo é Bill Clinton, presidente dos Estados Unidos por duas vezes.”
A ideia de que uma elite mais poderosa do que o governo tem a Economia mundial sob controlo não é nova para Bill Clinton. Ele é membro do Grupo Bilderberger e o seu mentor em Harvard era o Professor Carroll Quigley, autor de «Tragedy and Hope – A History of the World in Our Time», uma das mais importantes análises macro históricas da Sociedade colectivista, que traça o incompreensível poder exercido pelos Rothschilds, pelo Banco de Inglaterra, por J. P. Morgan e pelos Rockefeller. De acordo com o Dr. Quigley, em 1900, “a influência destes líderes nos negócios era tão grande que os grupos Morgan e Rockefeller, em conjunto, ou até Morgan agindo sozinho, poderia ter destruído o sistema económico do país.” O livro revela quem governa o “sistema”, como controla as universidades, como influencia a eleição dos presidentes americanos e a influência de Cecil Rhodes: “os seus objectivos baseavam-se no desejo de confederar os povos de língua inglesa e ter todas as regiões habitadas do mundo sob o seu poder. Foi com este fim que Rhodes deixou parte da sua enorme fortuna para a fundação de bolsas Rhodes em Oxford…”
No fim da Primeira Guerra Mundial tornou-se claro que a Távola Redonda poderia crescer mais com a criação do Royal Institute of International Affairs (que, como é explicado, é o ramo britânico do Council on Foreign Relations).
Fonte: Livro: «O Manual das Sociedades Secretas» de Michael Bradley