Albert Pike e os cavaleiros do Ku Klux Klan

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Cavaleiros do Ku Klux Klan
Cavaleiros do Ku Klux Klan

Inclinemo-nos agora sobre Albert Pike e sobre o “Rito Escocês” dos franco-maçons. Oficialmente foi em 1801 que se formou a ordem franco-maçónica do “Rito Escocês” nos Estados Unidos, a partir de um grupo de adeptos de Tory. Esses últimos já praticavam anteriormente actos anticristãos e satânicos.

Desde aproximadamente 1840, a organização dos franco-maçons americanos está sob o controlo estrito do “Rito Escocês” que dispensa os graus de iniciação até ao 33.º e está dividido em duas jurisdições, ao Sul, a do Arkansas e, no Norte, a de Boston.

Na metade do último século o Rito Escocês, instrumento estratégico da “Coroa Britânica” lançou uma longa ofensiva contra os Estados Unidos e os Estados vizinhos, provocando mortes e actos de violência de natureza racista.

A ocupação americana do México durante a guerra mexicana (18461848), a rebelião dos esclavagistas (18611865), isto é, a Guerra Civil americana e a campanha do Ku Klux Klan contra a reconstrução dos estados do Sul (18671879), foram os acontecimentos mais importantes.

Os “Cavaleiros do Círculo de Ouro”, ordem fundada por George Bickley, apareceram pela primeira vez em Cincinnati, sob a direção de Killian van Rensselaers. O “Círculo de Ouro” deveria erigir um novo império de escravos, tomando Cuba por centro. A sua finalidade era acabar com os espanhóis católicos, que odiavam, para substituí-los pelos escravos negros que deveriam chegar de África. Esse foi o primeiro “acordo de livre intercâmbio da América do Norte”. O selo dos “Cavaleiros do Círculo de Ouro” era o mesmo que o dos “Cavaleiros de Malta”, a “Cruz de Malta”. Os “Cavaleiros do Círculo de Ouro” acabaram por desaparecer.

Albert Pike fundou em 1867, em Nashville, a Ordem dos Cavaleiros do Ku Klux Klan, onde ele foi o “grande dragão”, e por conseqüência, o chefe da Ku Klux Klan (Do grego kyklos = círculo).

Eis aí como reapareceram os “Cavaleiros do Círculo de Ouro”. O Ku Klux Klan utiliza também a Cruz de Malta como emblema; encontramos na sua direcção eminentes francomaçons. Quando sabemos o quanto a finalidade visada pelo Ku Klux Klan é racista e desprezível para o ser humano, perguntamos qual a verdadeira natureza desses fundadores e dos seus membros. Não podemos deixar de perguntar-nos se eles são congéneres humanos. Os objectivos que eles perseguem com violência consistem em subtrair dos cidadãos negros o seu direito de voto, em suprimir-lhes o direito de possuir mais armas, em prejudicar o direito escolar para as crianças negras e em rebaixar o seu nível de vida ao dos escravos.

O ano de 1843 foi o da criação da ordem independente “B’ nai B’ rith” na comunidade judia. Essa loja secreta sionista é contada entre aquelas dos franco-maçons. “B’ nai B’ rith” significa, de facto, “os filhos da aliança”. Ela reinvindica a supremacia do judaísmo mundial. Se bem que a maioria dessas lojas estava no norte dos Estados Unidos, o “B’ nai B’ rith” declarou-se abertamente do lado dos confederados. Muitos oradores dessa ordem no Norte sustentavam com vigor a escravidão e continuaram, mesmo depois da Guerra Civil, a trabalhar com os confederados com os quais eles partilhavam a finalidade.

Observação sobre a situação atual:

1) A Anti-Defamation League (ADL), ligada à ordem “B’ nai B’ rith”, começou recentemente uma campanha para caluniar os políticos negros americanos em evidência, tratando-os como anti-semitas. É uma forma de atiçar os conflitos de raça e de exercer uma influência negativa sobre os americanos judeus bem intencionados que, até aí, apoiavam os negros. A ADL afirma também a sua oposição ao Ku Klux Klan, mas defende fortemente a estátua de Albert Pike, fundador do Ku Klux Klan, que se encontra ainda hoje em Washington. A ADL é abertamente ligada ao “Rito Escocês”.

Gostaria de revelar ao leitor um trecho do discurso de Pike de 4 de Julho de 1889, destinado aos membros do 32.º grau do “Rito Escocês”:

Ku Klux Klan
Ku Klux Klan

“Nós veneramos um deus, que é de facto, um deus a quem oramos sem superstição. Todos nós, iniciados no alto grau, devemos continuar a viver a nossa Religião na pureza do ensinamento de Lúcifer. Se Lúcifer não era Deus, seria ele caluniado por Adonai (o Cristo) de quem os actos testemunham a crueldade, o ódio ao próximo […] e a rejeição da Ciência? Sim, Lúcifer é Deus, e Adonai, infelizmente, também é Deus.”

“A Lei eterna diz que não existe luz sem sombra, beleza sem fealdade, brancura sem negrume, pois o absoluto não pode existir a não ser em dois deuses […] É por isso que o ensinamento do satanismo é heresia. A verdadeira religião filosófica é a fé em Lúcifer, o deus da luz, na mesma posição que Adonai. Mas Lúcifer, deus da luz e do bem, luta com os seres humanos contra Adonai, Deus da
obscuridade e do mal.”

Podemos ler essa citação em inglês e em francês no dossier de Pike que se encontra na biblioteca do Rito Escocês em Washington D.C. Pike era, segundo os seus próprios dizeres, satanista e agente da “Coroa Britânica”, portanto, da “City”. Em 1867, Pike confere todos os graus do 4.º ao 32.º do Rito Escocês ao presidente dos Estados Unidos Andrew Johnson. Trinta e nove dias após o presidente Theodore Roosevelt, igualmente racista anglófilo e franco-maçon, tomar posse do seu cargo, o monumento de Albert Pike foi instalado em Washington, onde ainda se encontra.

2) Verificamos que numa ordem hierárquica ninguém possui o livre arbítrio, salvo o “dirigente” ou o “superior”. Para chegar a um grau superior, a pessoa concernente deve executar as provas que lhe são impostas por esse grau.

Um exemplo:

Mostro ao postulante de um grau superior um livro branco, mas digo-lhe que ele é preto. Em seguida, pergunto-lhe qual é sua cor. Se ele responder que é branco, ele malogrou, se respondeu que é preto, ele é admitido no grupo superior e recebe novas provas, que deverá executar docilmente, fazendo abstração da sua própria vontade.

Acreditais que todas as hierarquias do mundo são construídas segundo esse princípio? Que todos os sistemas escolares, quase todas as religiões, aqui compreendida a religião cristã, a islâmica, a hinduísta, a budista, os mórmons, as testemunhas de Jeová, os cientólogos, etc., são todos calcados sobre esse mesmo princípio? Não é permitido ter a sua própria opinião, o seu próprio sistema de pensamento, de evoluir livremente. É preciso seguir as indicações que se recebe de cima.

Que se trata, como no exemplo de Pike citado acima, da doutrina luciferiana para o 33.º grau ou então dos dogmas da Igreja católica ou islâmica impostos aos seus crentes, isto é a mesma coisa.

Os contemporâneos que renunciam “com toda a consciência” à sua própria vontade e à sua própria responsabilidade, que se entregam a outras pessoas, a outra organização ou a um chefe, não são dignos de ser melhor tratados, pois nos nossos dias ninguém nos “constrange” realmente a aderir a uma organização ou a uma Religião, qualquer que seja.

Anatole France proclamava a esse respeito:

“Uma idiotice dita por cinco milhões de seres humanos continua, apesar de tudo, a ser uma idiotice!”

3) Concernente ao presidente Bill Clinton (ex-governador do Arkansas): O jornal Neue Solidarität informa-nos, no seu artigo sobre o Ku Klux Klan, que o “sacerdote” W. O. Vaught era franco-maçon do 32.º grau do Rito Escocês, isto é, “mestre do segredo real”. Ele foi o mestre espiritual e o pai adotivo de Bill Clinton e cooperou com ele. Enquanto governador do Arkansas, um estado onde está fortemente enraizada a tradição espiritual de Albert Pike, Clinton sustentou a pena de morte e fê-la aplicar muitas vezes: na prática isso significou a execução de negros e pobres.

Conforme declarado pelo filho de Vaught recentemente, Clinton e Vaught têm a mesma concepção religiosa, que permite matar os prisioneiros e os fetos – especialmente de crianças negras. Clinton é também membro do Council of Foreign Relations, da “Comissão Trilateral”, dos Bilderberg e membro vitalício da ordem dos franco-maçons “De Molay”.

Jacques de Molay era o grão-mestre dos templários que foi queimado em 11 de Março de 1314 em Paris. Segundo os escritos da ordem, “A Ordem de Molay” está sob a direcção de franco-maçons eminentes e compõe-se de jovens de 14 a 21 anos que foram educados no aprendizado das seguintes sete virtudes:

  • 1.) amor aos pais;
  • 2.) respeito;
  • 3.) polidez;
  • 4.) espírito de camaradagem;
  • 5.) retidão dos pensamentos, das palavras e dos atos;
  • 6.) fidelidade;
  • 7.) amor à pátria.

Resta saber se tal corresponde à verdade.

Fonte: Livro «As Sociedades Secretas e o seu Poder no Século XX» de Jan Van Helsig

1 COMENTÁRIO

  1. Pike declara abertamente em Morais e Dogma que seu deus é Lúcifer, que os maçons dos graus mais altos devem mentir aos iniciantes, ocultando-lhes o real significado dos símbolos maçônicos. Já pesquisei sobre isso em várias fontes, inclusive de ex-maçons dos graus 32 e 33.

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