Os nossos antepassados acreditaram, desde tempos imemoriais, em países fabulosos, em planetas gémeos da Terra e em seres sobrenaturais do género dos elfos, gigantes, génios ou fadas. Nos nossos dias, os homens cobrem-se de racionalismo esclarecido, já não têm fé nesses mitos mas falam da Atlântida, do planeta transmarciano, de Terras idênticas à nossa gravitando muito longe no cosmos. Acreditam nos profetas, nos astrólogos, no Menino Jesus e no bom Santo António, que faz encontrar os objectos perdidos. Dizem, enfim, ter a percepção de mundos invisíveis, que se interpenetram e a que chamam: universos paralelos.
As crenças mudam de facto de nome, mas nem por isso de natureza; põem-se à moda, vestem um certo ar crítico e científico, mas não são, por isso, mais racionais. Nem menos, temos de acrescentar!
Fonte: Introdução retirada do 1º capítulo d«O Livro do Passado Misterioso» de Robert Charroux.