De acordo com Platão, no livro Atlântida, esta cidade estaria além das colunas de Hércules (estreito de Gibraltar) próxima a uma região conhecida como Quadrilátero de Canais. Este Quadrilátero foi, assim, descrito por Crítias:
“Havia montanhas numerosas, próximas à planície da cidade, ricas em habitantes, rios, lagos, florestas em tão grandes números de essências, tão variadas que davam abundância de materiais próprios para todos os trabalhos possíveis. Ora, na planície, pela acção de muitos reis (…) construiu-se um Quadrilátero de lados quase rectilíneos e alongados, onde os lados se afastavam em linha recta,(…) cavando-se o fosso contínuo que rodeava a planície. Quanto à profundidade, a partir da largura e desenvolvimento desse canal é difícil de crer que a obra tenha saído das mãos humanas.(…) O fosso recebia os cursos d’água que desciam das montanhas, fazia a volta à cidade, e de lá, ia esvaziar-se no mar.(…) Para carregar a madeira das montanhas, para levar de barco outros produtos de estação, cavavam-se, a partir de canais, derivações navegáveis, de direcção oblíqua uma em relação às outras e em relação à cidade.”
Nota-se, pelo depoimento, que a cidade ficava próxima a uma estrutura de canais cujo o próprio Crítias considerava: “é difícil de crer que a obra tenha saído das mãos humanas”. Além disso, pelas outras informações e descrições, a cidade teria um formato circular e estaria à frente dessa gigantesca geometria quadrangular.
Em 2011 foi lançado pelo pesquisador espanhol Francisco J. R. Peláez, professor da UFABC, o livro “W” em que ele expõe 7 anos de pesquisas a respeito da localização da Atlântida com base na Teoria Platónica. Neste livro, e no site do mesmo, o pesquisador Peláez e os seus colaboradores expõem evidências científicas de que a Atlântida estaria submersa na bacia do Caribe. Em Maio de 2011, o pesquisador deu uma entrevista no Programa do Jô onde apresentou para o grande público as motivações de seus 7 anos de pesquisa.
Fonte: Wikipédia (Pt)