As Provas
Estudiosos e fanáticos da ufologia começaram a investigar a fundo a história e descobriram factos que não se encaixavam. O mais absurdo nesses factos foi descoberto por Graham Birdsall, director da UFO Magazine, que não se havia conformado com a ideia do filme ser verdadeiro: ele fez averiguações em todos os departamentos da Kodak e descobriu que ninguém havia examinado o filme. Somente um vendedor de Copenhaga, afirmou que no dia 15 de Julho de 1995, alguém, enviado por Santilli, perguntou se o símbolo composto de um quadrado e um triângulo na margem do filme era a marca que caracterizava a produção da Kodak em 1947. Depois de examinar os registos de produção, constatou que sim.
Contudo, o vendedor havia deixado escapar um detalhe importante: o mesmo símbolo da margem tinha sido utilizado nas produções de 1927 e 1967, além daquela de 1947. Fora isso, como Peter Miltson observou a Ray Santilli, “a data de fabrico não é suficiente para estabelecer em que época o filme terá sido realizado e/ou revelado”.
A Data
Michael Hesemann, um ufólogo alemão, não contente com os resultados da Kodak, quis verificar por conta própria a autenticidade do filme. No seu trabalho “Factos e polémicas da discutida longa-metragem da autópsia do extraterrestre“, escreveu que duas partes de 2 fotogramas foram analisadas cuidadosamente por um especialista em fotografias do FBI, confirmando que os pedaços eram anteriores a 1956, mais exactamente dois anos antes. O filme seria de alta sensibilidade, adequado para a filmagem em interiores. Só que existia um problema: os pedaços analisados não continham imagens do extraterrestre.
Quem terá rodado o filme?
O nome do operador era desconhecido, Santilli só havia fornecido seu pseudónimo: “Jack Barnett“. Em 1995 “Barnett” fez uma declaração na qual fornecia as circunstâncias nas quais, em 1947, lhe foi ordenado filmar o lugar onde havia caído o OVNI e depois a autópsia do extraterrestre. Ele reagiu à convocatória para a missão acreditando tratar-se da queda de um avião de espionagem soviético.
Barnett voou para o Novo México e atravessou uma zona deserta até chegar ao lugar do acidente. Mesmo que Barnett tenha indicado de forma vaga o local, as suas informações foram suficientes para guiar Michael Hesemann a um povoado no Novo México, de onde pôde retirar a seguinte conclusão: “Foi aqui que ocorreu um acidente em 31 de Maio de 1947 e não em Roswell em Julho do mesmo ano”.
Opiniões qualificadas
Com o propósito de verificar a declaração de Barnett, foram chamados alguns operadores de camera altamente qualificados da época de 1947, período no qual estavam em actividade. Todos concordavam que não tinha sentido enviar a Roswell um operador de camera de Washington. Naquela época todas as bases americanas, incluindo a do Novo México, dispunham de operadores de câmera competentes e de máxima confiança. Outro facto, é de que naquela época todas as actividades médicas já eram filmadas a cores, o oposto da filmagem da autópsia, preto e branco e sem som. Além disso era evidente que não havia sido utilizado tripé, pois a qualidade era terrível, segundo os padrões militares.
Santilli recebeu uma oferta de um oficial de programas cinematográficos de aviação, para revelar a verdadeira identidade do operador da camera, mas deu a seguinte resposta:
“A ultima pessoa a quem confiaria o operador de câmera seria um militar (…) na actual situação, revelar seu nome causaria grandes problemas a ele e à sua família. (…) Por melhores que fossem as suas credenciais, ele seria massacrado”.
Por outro lado, muitos estudiosos vêem cada dia com mais cepticismo os acontecimentos em Roswell, ainda que não tenham deixado de solicitar o filme para averiguação. De todas as formas, uma teoria ganhou força entra os ufólogos: o filme seria uma falsificação realizada pelas “autoridades” para difundir dúvidas sobre o incidente de Roswell e manipular a opinião pública para que chegue à conclusão de que o evento nunca ocorreu.
Parecer de médicos legistas
Por todo o lado surgiram pareceres de médicos legistas, que dissecaram o procedimento da autópsia indicando vários erros básicos na actuação dos supostos cirurgiões envolvidos na operação, concluindo como tal, tratar-se de um embuste.
Em Portugal, aquando da exibição das imagens da autópsia, foi dedicado um programa inteiro à análise das imagens, tendo contado com a presença do reputado médico legista José Pinto da Costa, irmão do Presidente do clube Futebol Clube do Porto que arrasou contundentemente o procedimento, explicando detalhadamente os flagrantes lapsos no procedimento da autópsia.
Índice da Autópsia ao suposto extraterrestre de Roswell: https://paradigmas.online/?p=159