A considerável população católica da nação americana ficou perplexa com o alcance dramático exibido pela administração Obama na sua declaração de que os católicos devem ignorar as suas convicções religiosas e os direitos da Primeira Emenda em favor da autoridade governamental.
Para um presidente que tantas vezes frisa a sua preocupação com a Saúde e o bem estar dos norte-americanos, atacar uma instituição tão vital para o cuidado dos indigentes do país, é algo tanto preocupante como, do ponto de vista político – totalmente confuso. Ou o governo está uma vez mais a revelar uma incapacidade quase total para governar, ou mergulhou por completo nas águas da sua própria arrogância. De que outra forma é que se pode explicar a sua decisão de impor aos católicos norte-americanos a suspenção das suas crenças religiosas sobre a contraconcepção e esterilização, e que simplesmente “sigam ordens”?
Até Mika Brzezinski, o “pândita” da MSNBC, que é notoriamente um esquerdista político, admitiu que o presidente Barack Obama havia “ultrapassado” a sua autoridade. Os líderes católicos de toda a América têm estado a atacar a administração – e apelando aos milhões de católicos no país que façam o mesmo. Peggy Noonan escreveu numa coluna de fim-de-semana do Wall Street Journal que Obama deu início a uma batalha, que não tem como vencer – que o aparente ataque da administração às instituições de caridade católicas terá sido bem pior do que a afirmação do seu rival Mitt Romney, de não estar preocupado com os pobres da América, mas sim com a sua classe média.
Noonan está certa, é claro, mas o ciclo de notícias de fim-de-semana dominado pelos liberais, enfatizou o comentário de Romney e desconsiderou a contenda de Obama contra os católicos. Mas, embora tal possa funcionar momentaneamente para desviar as atenção do ataque do governo a um segmento religioso muito poderoso e influente dos Estados Unidos, essa distração já se está a revelar demasiado curta. Os católicos não estão satisfeitos, e tem estado a mobilizar-se contra o governo – especialmente dentro da comunidade hispano-americana, uma população que leva a sua devoção à Igreja muito a sério. Para os hispânicos, a Igreja Católica é um componente integral das suas vidas diárias. Assim, o ataque do presidente Obama à Igreja é encarado como um ataque aos próprios hispânicos.
Os críticos de Barack Obama têm apontado várias vezes para o facto de este apresentar uma vontade fácil de se retratar não como um mero político – mas sim, como uma figura de natureza quase divina. Agora, o presidente revelou aos católicos da América que tais retratos são talvez mais do que exibição. Barack Obama está a indicar que a vontade da sua administração supera até a do Todo-Poderoso.
Os católicos e outras pessoas de fé na América fariam bem em perceber que, de acordo com o presidente Obama – Ele é agora o seu Deus…