BIOGRAFIA: David Scott Rogo

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David Scott Rogo
David Scott Rogo

David Scott Rogo (1 de Fevereiro de 195018 de Agosto de 1990) foi um escritor, jornalista e investigador de fenómenos relacionados com a Parapsicologia. Rogo foi assassinado em 1990, aos 40 anos,[1][2] num caso que continua por resolver.[3][4]

Rogo foi autor ou co-autor de 20 livros e mais de 100 artigos de revista e jornal. Sete dos livros foram re-impressos pela editora Anomalist Books,[5] e o livro «Leaving the Body» foi re-impresso em 2008 pela editora Simon & Schuster.[6] Rogo trabalhava na Psychical Research Foundation (antigamente sediada em Durham, Carolina do Norte) e no Centro Médico de Maimonides em Brooklyn, Nova York.

Nascido em Los Angelos, California e formado na Universidade de Cincinnati e no San Fernando Valley State College (actualmente Universidade do Estado da California, em Northridge), tendo sido graduado “summa cum laude” na segunda, em 1972. O seu bacharelato em Artes foi na música. Rogo tocou oboé e flauta inglesa, e durante dois anos, tocou profissionalmente com a Sinfonia de San Diego e com outros conjuntos. Rogo trabalhou como editor e consultor para a revista Fate, onde escreveu uma coluna periódica, na qual defendia uma maior participação dos investigadores e dos cépticos na investigação parapsicológica.

Rogo tinha uma mente aberta relativamente à sobrevivência da consciência após a morte. Esreveu que era “favorável à noção de sobrevivência”. Era no entanto céptico acerca de alguns dos fenómenos envolvidos na investigação psíquica, acreditando tratarem-se de experiências psicológicas.[7] Ele é conhecido pelo seu livro em co-autoria com Raymond Bayless, intitulado «Phone Calls from the Dead» (1979) no qual são descritos alegados Fenómenos Paranormais onde as pessoas relatam que receberam chamadas telefónicas simples, breves e frequentemente únicas de espíritos de familiares, amigos ou até estranhos, que estavam mortos.[8]

No seu livro «The Haunted Universe» (1977), Rogo hipotetizou que alguns Estranhos Fenómenos, tais como os Discos Voadores e o Big Foot, poderão ser na verdade, projecções psíquicas que são produzidas nas mentes dos próprios observadores.[9]

David Scott Rogo
David Scott Rogo

Morte

Rogo foi visto com vida pela última vez em 14 de Agosto de 1990. Foi encontrado pela polícia, em 16 de Agosto, aparentemente tendo sido esfaqueado até à morte na sua própria casa.[1][4] Não houve sinais de luta, apesar de lhe estarem em falta alguns artigos pessoais e estando a sua carteira vazia.[3] A polícia prendeu posteriormente um homem de 29 anos, de etnia hispânica, chamado John Battista, que acabou por ser julgado e condenado pela morte de Rogo, em 1992. Depois de morosos recursos, a sua condenação acabou por ser anulada em 1996, devido a má conduta por parte do Ministério Público.[4] O assassino continua assim desconhecido e o caso deixado por resolver.

Críticas e Reconhecimento

Em sua memória, a Parapsychology Foundation estabeleceu o Prémio D. Scott Rogo para a literatura parapsicológica em 1992, com o objectivo de incentivar os autores que trabalham em manuscritos relativos à Parapsicologia.[10][11] O parapsicólogo George P. Hansen escreveu: “Scott era considerado uma autoridade, um líder, no que diz respeito à investigação psíquica. Considero que pelo mundo, existam talvez só umas três ou quatro pessoas que possam estar à sua altura. A amplitude do seu conhecimento histórico do campo era insuperável.”[2]

Rosemary Guiley escreveu: “No âmbito da Parapsicologia, Rogo era frequentemente criticado por ter uma cultura podre, o que conduzia a conclusões erróneas.”[12] O parapsicólogo Douglas Stokes escreveu que a obra «Phone Calls from the Deads» foi muito criticada pela comunidade parapsicológica, pela sua natureza crédula e negligente.[13]

O escritor científico Terence Hines escreveu que Rogo sugeria uma espécie de pseudo-ciência e que defendia hipóteses não sujeitas a refutação, no âmbito Parapsicologia. [14]

Bibliografia:

NOTAS:

[1] Connelly, M. (18 de Agosto de 1990). «Parapsychologist Stabbed to Death in Northridge Home». Los Angeles Times.
[2] Hansen, G. P. (1991). «D. Scott Rogo and His Contributions to Parapsychology». The Anthropology of Consciousness, Vol. 2, Nos. 3-4, pp. 32-35.
[3] Ramsland, K. (2012). «Murder of a Ghost Writer». Psychology Today.
[4] «D. Scott Rogo murder» (2007). Margaret Press.
[5] Huyghe, P. (2006). «The Odyssey of a Psychical Investigator: Seeking D. Scott Rogo». The Anomalist.
[6] D. Scott Rogo na Simon & Schuster.
[7] Rogo, D. S. (1986). «Thoughts on Survival of Consciousness» in «Life After Death. The Case for Survival of Bodily Death». Londres: Guild Publishing.
[8] Hale, J. «Phone Calls from the Dead». The Center for Paranormal Research & Investigation of Virginia.
[9] Rogo, D. S. (1977). «The Haunted Universe». Nova York: Signet.
[10] Melton, J. G. (2001). «Encyclopedia of Occultism and Parapsychology», Vol. 2, 5ª Edição. Gale Group. p. 1319.
[11] Vencedores do Prémio, na Parapsychology Foundation.
[12] Guiley, R. (1992). «The Guinness Encyclopedia of Ghosts and Spirits». pp. 284-285.
[13] Stokes, D. (1997). «The Nature of Mind: Parapsychology and the Role of Consciousness in the Physical World». McFarland & Company. p. 200.
[14] Hines, T. (2003). «Pseudoscience and the Paranormal». Prometheus Books. pp. 145-146.

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