John Perkins (Hanover, New Hampshire, 1945) nasceu nos Estados Unidos da América. É um activista na área do meio ambiente, defensor de culturas indígenas e também escritor. O seu livro mais conhecido é o “Confissões de um Assassino Económico“.
Perfil
Em 1970, ao atuar no Corpo de Paz, no Equador, conhece um alto executivo da empresa de consultoria internacional MAIN, que é também um agente de alto escalão da Agência de Segurança Nacional. É convidado a entrar para a MAIN, o que faz em 1971, após se submeter, segundo alega, a um treino clandestino para tornar-se num assassino económico.
Faz carreira meteórica na MAIN , tornando-se sócio em 1975. É encarregado de missões na Indonésia, Panamá, Equador e Arábia Saudita, para os quais elabora, segundo alega, estudos económicos falsos, de forma a influenciar esses países a pedirem empréstimos que se revelarão impagáveis no futuro e, assim, se tornarem economicamente dependentes dos países e corporações credores.
Com a morte, em condições suspeitas, dos presidentes Jaime Roldós, do Equador, e Omar Torrijos, do Panamá, decide em 1981 deixar a MAIN e denunciar em livro as atividades da empresa.
No entanto, por conta de supostos subornos e ameaças, adia por anos este projeto e o livro só começa a ser escrito sob o impacto dos atentados de 11 de Setembro de 2001. Confissões de um Assassino Económico é publicado em 2004 e ganha traduções em diversas línguas, inclusive o português.
Em 1982, cria uma empresa de energia elétrica que utiliza fontes não agressivas ao meio ambiente e passa interessar-se por culturas indígenas e o xamanismo. Visita freqüentemente a Amazónia equatoriana e escreve livros sobre esses temas.
É casado pela segunda vez e tem uma filha, nascida em 1982.
Como actuava
A consultoria internacional MAIN, que seria um braço da Agência de Segurança Nacional, possuía um quadro de peritos, todos com vistosos currículos, que conferiam credibilidade aos seus projetos económicos.
Perkins foi contratado inicialmente para fazer previsões de carga energética, ou seja, determinar quanto uma instalação de determinada dimensão e localização geraria de energia elétrica no futuro e qual seria o seu lucro em razão da venda da energia produzida. Esses números eram ultra-dimensionados de forma a fazer com que os países pedissem empréstimos na expectativa de pagá-los com os lucros a serem auferidos no futuro. Como esses lucros não se concretizavam, os países tornavam-se devedores de empréstimos impagáveis.
Estudos semelhantes eram feitos com ferrovias e rodovias, por exemplo, em que o volume estimado de carga transportada no futuro acabava por ficar aquém da realidade.
Desmentido oficial
O Governo dos Estados Unidos desmente as afirmações de Perkins quanto à pretendida vinculação da MAIN a órgãos de segurança e sobre seu treino como assassino económico.
Em extensa informação, contida no seu site oficial, o Governo dos Estados Unidos declara que Perkins nunca recebeu orientação verbal ou escrita da ANS durante a sua permanência na MAIN e que a ANS não atua na área económica, mas especificamente na codificação e decodificação de Documentos criptografados.
O site insinua que Perkins possa estar ressentido com a ANS, pois teria se candidatado, sem sucesso, a um emprego na Agência, para escapar ao recrutamento militar na época da Guerra do Vietname, o que acabou por conseguir ao ingressar no Corpo de Paz.
Site Oficial:
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