Max Gerson, nasceu em Wongrowitz, na Alemanha, em 1881. Frequentou as universidades de Breslau, Wuerzburg, Berlin, e Freiburg. Sofrendo de enxaquecas graves, o doutor Gerson concentrou a sua experimentação inicial com a dieta na prevenção das suas dores de cabeça. Um dos pacientes do doutor Gerson descobriu, no decurso do seu tratamento, que a “dieta da enxaqueca” tinha curado a sua tuberculose cutânea. Esta descoberta levou Gerson a continuar a estudar a dieta, e ele passou a tratar com sucesso muitos pacientes com tuberculose. O seu trabalho acabou por chegar ao conhecimento do famoso cirurgião torácico, Ferdinand Sauerbruch.
Sob a supervisão de Sauerbruch, o doutor Gerson estabeleceu um programa especial de tratamento da tuberculose cutânea no Hospital Universitário de Munique. Num ensaio clínico cuidadosamente monitorizado, 446 dos 450 pacientes com tuberculose cutânea tratados com a dieta de Gerson recuperaram completamente. O doutor Sauerbruch e o doutor Gerson publicaram simultaneamente artigos numa dúzia das principais revistas médicas do mundo, estabelecendo o tratamento Gerson como a primeira cura para a tuberculose cutânea.
Nesta altura, o doutor Gerson atraiu a amizade do prémio Nobel Albert Schweitzer,, ao curar a mulher de Schweitzer da tuberculose pulmonar depois de todos os tratamentos convencionais terem falhado. Gerson e Schweitzer permaneceram amigos para toda a vida e mantiveram troca de correspondência regular. O doutor Schweitzer seguiu o progresso de Gerson à medida que a terapia dietética foi aplicada com sucesso a doenças cardíacas, insuficiência renal, e finalmente cancro. A própria diabetes tipo 2 de Schweitzer foi curada através de tratamento com a terapia de Gerson.
Em 1938, o doutor Gerson licenciou-se para exercer no estado de Nova Iorque. Durante vinte anos, tratou centenas de doentes com cancro que tinham sido abandonados para morrer depois de todos os tratamentos convencionais terem falhado.
Em 1946, Gerson demonstrou pacientes recuperados perante o subcomité Pepper–Neely Congressional, durante audiências sobre um projecto de lei para financiar a investigação sobre o tratamento do cancro. Embora apenas algumas revistas examinadas por pares fossem receptivas à ideia então “radical” de Gerson de que a dieta poderia afectar a saúde, Gerson continuou a publicar artigos sobre a sua terapia e histórias de casos de pacientes curados.
Em 1957, o doutor Gerson foi entrevistado por Long John Nebel, um influente apresentador de rádio de Nova Iorque. No que é a única gravação conhecida da voz do doutor Gerson, ele explica a terapia Gerson, o tratamento aplicado a vários casos, assim como as investigações feitas sobre a terapia Gerson.
Em 1958, após trinta anos de experimentação clínica, Gerson publicou o livro “A Cancer Therapy: Results of 50 cases“. Esta monografia médica detalha as teorias, o tratamento e os resultados alcançados por um grande médico. Gerson morreu em 1959, elogiado por um amigo de longa data, Albert Schweitzer:
“…vejo nele um dos génios mais eminentes da história da medicina. Muitas das suas ideias básicas foram adoptadas sem ter o seu nome ligado a elas. No entanto, ele conseguiu mais do que parecia possível em condições adversas. Deixa um legado que merece atenção e que lhe garantirá o seu devido lugar. Aqueles a quem ele curou irão agora atestar a verdade das suas ideias…”.