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Estudo confirma toxicidade das máscaras

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Toxicidade de mascaras
Toxicidade de mascaras

Um estudo publicado em Maio deste ano, descobriu que os químicos libertados pelas máscaras ultrapassam oito vezes o limite de segurança recomendado para Toxic Volatile Organic Compounds (TVOCs): Compostos Tóxicos Orgânicos Voláteis. [1]

Inalar TVOCs tem sido ligado a problemas de saúde como dores de cabeça e náuseas, enquanto o uso prolongado e repetido está ligado a lesões nos orgãos e até cancro.[2][3][4]

Já em Janeiro deste ano, foi publicada uma meta-análise (tipo de estudos que têm maior peso como evidência científica), concluiu que as máscaras não oferecem benefícios no controlo de infecções respiratórias como a Gripe, Síndrome Respiratória Aguda Grave e COVID-19. A meta-análise incluiu os resultados de 78 estudos realizados em várias partes do mundo. [5]

O único estudo experimental (Random Control Trial) realizado, exclusivamente no contexto da COVID-19, chegou às mesmas conclusões. [7]

Estas publicações científicas vêm reforçar um longo rol de evidências que compilamos e que havíamos publicado anteriormente. [6]

É nosso dever proteger o nosso organismo e tomar decisões segundo a melhor evidência científica disponível, ainda que tal implique desobediência a leis, autoridades de saúde, ou “especialistas”.

Esta publicação surge no sentido do reaparecimento de alguns apelos ao retorno da utilização de máscaras, devido ao suposto aparecimento de uma nova variante.

Fontes:

[1] «Measuring the quantity of harmful volatile organic compounds inhaled through masks», National Library of Medicine. 18 de Abril de 2023

[2«Human Biomonitoring Initiative (HBM4EU): Human Biomonitoring Guidance Values Derived for Dimethylformamide», National Library of Medicine. 31 de Maio de 2022

[3«Urinary excretion of metabolite following experimental human exposures to DMF or to DMAC», National Library of Medicine. 17 de Agosto de 1975

[4«Dimethylacetamide-induced toxic hepatitis in spandex workers: clinical presentation and treatment outcomes?, National Library of Medicine. 1 de Maio de 2020

[5« Physical interventions to interrupt or reduce the spread of respiratory viruses», National Library of Medicine. 30 de Janeiro de 2023

[6«As máscaras não são eficazes nem saudáveis – uma revisão da literatura», Paradigmas. 9 de Setembro de 2020

[7] «Effectiveness of Adding a Mask Recommendation to Other Public Health Measures to Prevent SARS-CoV-2 Infection in Danish Mask Wearers», ACP Journals. Março de 2021

A hipocrisia do Vaticano

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Hipocrisia do vaticano
Hipocrisia do vaticano

O Vaticano, pretensos mediadores entre o Céu e a Terra, depredando um povo condicionado a sustentá-los.

Para manter a sua posição, a chusma camaleónica, que nada acrescenta ao mundo, aderiu às narrativas colectivistas actuais (Alterações Climáticas, COVID-19, Pseudo-Inclusividade, etc.)

As Elites estão unidas no seu propósito. A justificativa é o “bem comum”, e o povo é o “Pecador Original”. A Via Crucis para a redenção é sua, e sua apenas, pois os Senhores das Leis ” (…) Atam pesados fardos aos ombros do Homem, não se dispondo eles próprios a levantar um só dedo para os mover.” (Mateus 23:4)

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) foram um ode à hipocrisia, mas quiçá proveitosas para aqueles que só com uma porta totalmente escancarada logram lobrigar o interior.

PS: Paul VI Audience Hall no Vaticano: tendo em conta o que a Serpente representa no folclore católico, que melhor símbolo para ostentar os valores que governam a Igreja? Ver menos

A culpa da inflacção é…da população

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Christine Lagarde
Christine Lagarde

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) veio agora dizer que a culpa da inflação é dos privados: Primeiro, da cupidez das empresas, que aumentaram em demasia as suas as margens de lucro, e depois dos empregados, cujos salários não podem nem devem subir, para não aumentar a inflação. [1]

Ou seja, a culpa não é da prevaricação dos governos, que andaram no COVID-19, com gastos astronómicos em testes, máscaras, vacinas (às 10 doses por pessoa, sem que os contratos rubricados se tornem públicos), e às “transições energéticas”, com a economia largamente parada, além de, no caso de Portugal, subsistirem as habituais subversões adicionais, através da TAP, BPN, etc.

Banco Central Europeu
Banco Central Europeu

A culpa também não é do BCE a que Lagarde preside, ao entrar em conluio com os governos, que para se recapitalizarem após a brincadeira, lançam para o mercado grandes quantidades de títulos obrigacionistas, que são absorvidos em larga medida pelo Banco Central (Quantitative Easing) em troca de nova moeda que entra em circulação.

A culpa não é, portanto, de que na economia monetária (à semelhança da economia real), quando se aumenta a oferta de algo, o seu valor diminui. Por exemplo, se num dado ano, aumentar a produção de laranjas, estas tendem a baixar de preço.

A inflação não é, então, um imposto oculto, onde o incauto e alheado cidadão vê o dinheiro que tem no bolso perder valor, assim que novas “Bazucas” (que num assomo de prestidigitação, são “vendidas” como algo positivo) entram em circulação.

Mas há mais regras económicas a ser escamoteadas por Lagarde: Para culpabilizar as margens de lucro das empresas, é necessário ignorar o sistema concorrencial. As empresas não podem aumentar os preços a seu bel-prazer sob pena de perderem clientes para a concorrência. Num sistema concorrencial, os preços são nivelados. Pode haver, é claro, distorções de cariz monopolista.

À semelhança do que se passa em quase todos os problemas, a culpa recai no “pequenino”, na propriedade privada e no livre mercado.

Por exemplo, em relação à escassez de água, culpabiliza-se o cidadão e exorta-se a que este corte no seu consumo, pese embora, a sua reduzida influência (apenas cerca de 10% das reservas de água são utilizadas para consumo humano). Em relação aos campos de golfe e cultivos intensivos de monocultura, que são responsáveis pela fatia de Leão: nada. Nem uma palavra.

O cidadão, além de perder automaticamente uma larga percentagem do valor das suas economias liquidas, ainda é prejudicado pelo não aumento de salários (que assim diminuem, se tivermos em conta a inflação), e as empresas passam ainda maiores dificuldades.

O pequeno é vilipendiado e ainda sofre o “gaslighting” de ser convencido que afinal, a culpa é toda sua e merece continuar a empobrecer, sendo conveniente que aceite ser agente activo nesse processo.

Fonte:

[1] «Após os lucros, custos do trabalho estão agora a pressionar inflação, diz Lagarde. Subidas de juros vão continuar», Eco. 23 de Junho de 2023

Elon Musk: Uma no cravo, outra na ferradura

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Elon Musk - Forum Economico Mundial
Elon Musk - Forum Economico Mundial

Elon Musk é visto por muitos como um dos grandes paladinos “anti-sistema”, a começar pelo seu empreendimento no mundo dos carros eléctricos (Tesla) – esse pseudo-símbolo ambiental – passando por algumas intervenções públicas no sentido de questionar a gestão da putativa pandemia COVID-19, e culminando na aquisição do Twitter, arrogando-se à batalha pela liberdade de expressão.

Também tem manifestado preocupação com a ascensão da Inteligência Artificial, quando ele próprio tem investido no desenvolvimento da mesma (é investidor do OpenAI (ChatGPT), e muitos outros projectos).

Em Janeiro do presente ano, twittou o seguinte: “O Fórum Económico Mundial [FEM] está a tornar-se cada vez mais num governo mundial não eleito que as pessoas nunca pediram e não querem.”

Não fosse a sua postura consistentemente ambígua e contraditória, e seria surpreendente a nomeação de Linda Yaccarino como nova CEO do Twitter, mulher com ligações ao FEM [1][2] e à administração Biden, [2] promotora da vacinação COVID-19 e uso de máscaras (através dos seus twetts).

Elon Musk foi entrevistado há pouco tempo, precisamente por Linda Yaccarino em 18 de Abril de 2023 no MMA’s POSSIBLE Miami Event 2023, onde ocorreram algumas trocas de palavras bastante interessantes e sugestivas. [3]

Elon Musk tem sido pródigo em ambiguidades, dando constantemente “uma no Cravo, outra na Ferradura”, não obstante, tornou-se um símbolo, arauto da liberdade, por legiões de fãs sedentas de salvadores e redentores.

Fontes:

[1] «Linda Yaccarino», Fórum Económico Mundial

[2] «What To Know About Linda Yaccarino: Musk’s Pick For Twitter CEO», Forbes. 12 de Maio de 2023

[3] «Linda Yaccarino interviews Elon Musk – April 18, 2023», Youtube.

A ascensão da Inteligência Artificial

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Inteligência Artificial
Inteligência Artificial

É curioso que precisamente aqueles que estão na vanguarda do desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), são os mesmos que apareçam a alertar para os eventuais perigos da mesma.

Fomos amplamente condicionados pelo Cinema e restante cultura popular a acreditar que é verossímil que as máquinas possam um dia “revoltar-se” contra a humanidade e tomar o controlo.

Mas tal só seria possível se as máquinas pudessem ter “consciência de si”. E não é por aumentar o seu poder de computação ou a sofisticação dos seus algoritmos, que acontecerá. A partir de que limite é que a consciência surge?

Como se infunde consciência numa máquina? Através de um algoritmo adicional?

Não se trata de um processo quantitativo.

A consciência é talvez o maior fenómeno do Universo.

Apesar disso, os “apelos” dos figurões das tecnologias de informação têm sido “proveitosos”, a considerar pela multiplicidade de manifestações de receio, que grassam pelas redes sociais, perante um hipotético futuro distópico onde as máquinas passariam a governar o planeta, subjugando a humanidade.

Na impossibilidade da sublevação do silício, como encarar as demonstrações de receio por parte dos seus criadores?

Talvez nunca tenham reflectido muito sobre o assunto?

A Inteligência Artificial pode facilmente tornar-se no novo “inimigo invisível”, um muito apetecível bode expiatório para quase qualquer “Falsa Bandeira” que se consiga imaginar.

Somente mais uma forma de se evocar medo com algo que não existe.

Conclusão

Que as máquinas não se consigam revoltar não é sinónimo que não possam constituir qualquer perigo. Mas isso depende apenas da humanidade

A sucessão dos impérios: O que se segue?

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Mapa do mundo
Mapa do mundo

Se olharmos com atenção para os últimos séculos da História da humanidade, esta foi marcada por longos ciclos imperiais, onde um império dominava o cenário mundial a nível político e económico durante um período (cerca de um a dois séculos), após o qual se dava a sua queda e consequente ascensão de outro império. Desta forma, o império espanhol foi sucedido pelo holandês, que por sua vez, foi sucedido pelo britânico e assim por diante.

Os impérios espanhol, holandês, britânico e americano foram os quatro principais impérios coloniais da história moderna. Cada um deixou a sua marca no mundo em termos de moeda, economia, evoluções científicas, cultura, entre outras áreas.

Sucessão de Impérios

O Império Espanhol começou a formar-se no final do século 15, com a conquista da América Latina. Expandiu-se rapidamente nas Américas, Ásia e África, tornando-se um dos mais poderosos impérios do mundo no seu auge. A sua moeda foi o Real, que era amplamente utilizado na Europa e nas Américas. A economia do Império Espanhol foi baseada na exploração de recursos naturais, principalmente ouro e prata. O Império Espanhol também foi um importante centro de aprendizagem científica, com importantes avanços na astronomia, matemática e medicina. A cultura espanhola influenciou fortemente a América Latina, incluindo a língua, a religião e a música.

O Império Espanhol perdeu sua posição como a principal potência global no século 17, com a ascensão do Império Holandês. Tal deveu-se em parte ao declínio da economia espanhola e à perda de sua frota naval em batalhas. O Império Holandês emergiu como uma potência comercial global, controlando grande parte do comércio de especiarias e têxteis, além de ser uma força dominante na Ásia e na África.

Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
Companhia Holandesa das Índias Ocidentais

O Império Holandês começou no século 17, com a formação da Companhia das Índias Ocidentais. A Companhia expandiu-se para a Ásia e África, criando uma vasta rede de comércio global. A moeda do Império Holandês era o Florim (Guilder), que foi amplamente utilizado na Europa e noutras partes do mundo. A economia do Império Holandês era baseada no comércio de especiarias, têxteis e outros bens. Foi também um centro de inovação científica, com importantes avanços em cartografia, navegação e engenharia. A cultura holandesa influenciou fortemente a arte, a arquitetura e a filosofia.

No entanto, o Império Holandês perdeu sua posição para o Império Britânico no século 18, devido em parte ao declínio da sua economia e ao aumento do poder britânico. O Império Britânico emergiu como a maior potência global do século XIX, com uma vasta rede de comércio e uma frota naval poderosa.

O Império Britânico começou no século 17, com a colonização da América do Norte e a formação da Companhia das Índias Orientais. Expandiu-se para a África, Ásia e Oceânia, criando a maior rede de comércio global da época. A moeda do Império Britânico era a Libra Esterlina, cujo uso foi generalizado pelo mundo, continuando a ser uma moeda importante até aos dias de hoje. A economia do Império Britânico era baseada no comércio de bens manufaturados, como tecidos e máquinas, além de matérias-primas, como carvão e algodão. O Império Britânico também foi um centro de inovação científica, com importantes avanços em medicina, física e biologia. A cultura britânica influenciou fortemente a língua, a política e a literatura.

Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial

O Império Americano sucedeu ao Império Britânico como a principal potência global após a Segunda Guerra Mundial. Tal deveu-se em parte à capacidade dos Estados Unidos de se recuperarem rapidamente da guerra, à sua economia industrial avançada e à sua posição como potência militar dominante, mas sobretudo pela sua posição geográfica, longe do centro das duas grandes guerras.

A economia do Império Americano é baseada no capitalismo e no livre mercado. Os Estados Unidos têm sido líderes em muitas áreas de inovação e evolução científica, incluindo tecnologia, medicina e indústrias criativas, e a cultura americana influencia o mundo em muitas áreas, incluindo música, cinema e moda. A sua moeda, o dólar, é a mais utilizada no comércio internacional, sobretudo na transação energética.

Conclusão

A sucessão dos impérios envolveu sempre conflitos militares e políticos, bem como mudanças significativas na economia global. A transição do Império Espanhol para o Império Holandês e o Império Britânico foi impulsionada pela ascensão do comércio global e pela competição por recursos naturais e rotas comerciais. A transição do Império Britânico para o Império Americano foi impulsionada pela ascensão dos Estados Unidos como uma potência econômica e militar global, bem como pela mudança do centro económico do mundo para a América do Norte.

Há muitas discussões sobre a possível sucessão do Império Americano para a crescente potência chinesa. A China tem experimentado um crescimento económico sem precedentes nas últimas décadas e tornou-se uma força cada vez mais dominante na cena mundial. Ainda é incerto se e como essa sucessão poderá ocorrer e quais seriam as implicações geopolíticas e económicas para o mundo, não olvidando que uma sucessão de impérios nunca aconteceu sem pelo menos uma grande guerra.

Assiste-se ao rápido declínio da potência norte-americana, e por consequência, de todo o chamado “mundo ocidental”. A maioria das novas ideologias e narrativas apoiadas pelo poder político ocidental, com o completo respaldo por parte dos meios de comunicação social, parece seguir uma linha de decadência, de uma forma tão flagrante que nos leva a indagar se tal não estará a ser feito propositadamente, acelerando a sucessão de impérios.

Meios de comunicação social
Meios de comunicação social

A transição de sociedades maioritariamente produtivas para maioritariamente consumistas e o consequente aumento do crédito, associado ao actual sistema financeiro em esquema de pirâmide, além das constantes “transgressões” geradas impunemente pela corrupção, são outro (se não o principal) sintoma da decadência ocidental.

Na vigência do domínio de um império, a sua moeda passa a ser utilizada globalmente, assim como se assiste à proliferação da sua cultura e “modus operandi”. Qual será a realidade globalizada de um mundo liderado pela China, cuja cultura socialista actual é marcada pela vigilância e controlo esmagadores da sua população, personificadas pelo seu sistema de créditos, crescentemente gerido pela tecnologia?

Para simplificar e por ser suficiente para o objectivo deste texto, elaboramos uma resenha histórica baseada naquilo que é comummente aceite como verdadeiro, sem entrar em meandros mais obscuros que tiveram a sua influência no decorrer da sucessão de eventos.

Fontes:

[1] “Empires and Globalization: A Study of the Spanish, Dutch and British Empires” por Geoffrey Parker

[2] “Empires in World History: Power and the Politics of Difference” por Jane Burbank e Frederick Cooper

[3] “The Rise and Fall of American Growth: The U.S. Standard of Living since the Civil War” por Robert J. Gordon

[4] “The End of American World Order” por Amitav Acharya

[5] “China’s Economy: What Everyone Needs to Know” por Arthur R. Kroeber

[6] “Principles for Dealing with the Changing World Order: Why Nations Succeed and Fail” por Ray Dalio

Outra simulação de pandemia

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síndrome respiratória do enterovírus epidémico grave 2025
síndrome respiratória do enterovírus epidémico grave 2025

Denúncia da lei de bases do clima

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Lei de bases de clima
Lei de bases de clima

A Lei de Bases do Clima foi aprovada no último dia do ano transacto (31 de Dezembro de 2021).

No seu Artigo 2º, refere-se no Ponto 1: “É reconhecida a situação de emergência climática.”

Onde estão as evidências científicas para que o nosso governo venha reconhecer esta realidade?

Assim se forja a percepção da realidade.

A partir desta lei de base, poderão ser avançadas várias medidas (para salvar o planeta), que terão como consequência o inevitável empobrecimento geral dos portugueses, servindo a mesma, para uma intervenção cada vez maior do Estado na vida de cada um.

Fonte:

[1] «Assembleia da Republica – Lei n.º 98/2021 – Lei de Bases do Clima», Diário da República, 1.ª série. 31 de dezembro de 2021

Os bodes expiatórios dos políticos

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Bodes expiatórios
Bodes expiatórios

Lisboa foi alagada pelas chuvas fortes.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, prontificou-se a culpabilizar as “alterações climáticas”. [1]

Mas Mário Marques, climatologista, [8] com acesso a dados recolhidos em várias estações no país, afirmou, que houve registo de precipitações mais intensas nas décadas de 80 e 90 do século 20, do que propriamente no século 21, desmentindo um propalado agravamento das condições climatéricas. Responsabilizou, isso sim, uma má gestão do território e uma má prevenção e planeamento, no sucedido em Lisboa. [Vídeo Abaixo]

Este “sacudir a água do capote” por parte de políticos, fazendo recurso a bodes expiatórios é algo que acontece noutros âmbitos, como também ao nível da saúde, com os desinvestimentos sucessivos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao invés de se precaver o gradual envelhecimento da população, com o previsto aumento de ocorrências hospitalares. A putativa pandemia COVID-19 veio servir como desculpa, sonegando-se anos de entupimento de serviços de urgência, [2] algo que, de resto, continua a acontecer, embora já não haja a desculpa COVID-19 (actualmente alega-se uma “pandemia tripla”). [3]

A designação “Alterações Climáticas” é bem mais insidiosa que “Aquecimento Global“. Pela impossibilidade de se verificar um inexorável aumento de temperaturas e derretimento total dos pólos, como previa Al Gore, em 2013, [4] alterou-se para algo que dá aso a que qualquer ocorrência climatérica seja denominada como “alterações climáticas”, com todo o peso associativo que tal acarreta.

Somos brindados com expressões impressionantes como “Rio Atmosférico” (vulgo, chuva), [5] “Célula Convectiva de Descargas Elétricas” (vulgo, relâmpagos), [6] e “Comboio de Tempestades”, (vulgo, não sei bem o quê), [7] que transmitem algo de estranho e invulgar, propício a insinuar a emergência de algo novo.

Fontes:

[1] «Moedas: Chuva faz “parte das mudanças climáticas”. E promete túneis de drenagem em Lisboa», Dn.pt. 08 de dezembro de 2022

[2] «COVID-19: A estranha amnésia dos técnicos de saúde», Paradigmas. 9 de Julho de 2021

[3] «Os serviços de urgência estão caóticos e há razões para isso. A tripledemia é uma delas», Nit.pt. 7 de Dezembro de 2022

[4] «Did Al Gore Predict Earth’s Ice Caps Would Melt by 2014?», Snopes. 17 de Abril de 22017

[5] «Portugal vai ser regado por um rio atmosférico. Vem aí muita chuva já esta terça-feira e deve ficar até meio da próxima semana», Observador. 17 de Outubro de 2022

[6] «Célula convectiva de descargas elétricas ‘rasgou’ o Minho de madrugada», O Minho. 29 de Outubro de 2022

[7] «Como o “comboio das tempestades” chegou “repentinamente” a Lisboa», Observador. 8 de Dezembro de 2022

[8] «Mário Marques – CEO & Founder Planoclima – Climatologista, Meteorologista, Agrometeorologista, Professor e Horticultor», Linkedin

 

Sobrepopulação: Mito ou Realidade?

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Comparativo de preço de cinco metais 1980-1990
Comparativo de preço de cinco metais 1980-1990

Tem sido muito propagada a ideia de que o mundo estará sobrepopulado de seres humanos, o que estará a sobrecarrega-lo, sobretudo ao nível do consumo de recursos, o que conduziu à consequente ideia da necessidade de uma redução populacional.

De onde surgiu esta ideia e será verdadeira ou outro mito sem base real?

1 – Thomas Malthus

O reverendo anglicano Thomas Malthus era um economista político, que em 1798, num ensaio (An Essay on the Principle of Population), declarou que o crescimento populacional ocorria em progressão geométrica (exponencial), enquanto que a produção de alimentos acontecia em progressão aritmética, algo que iria conduzir a uma drástica escassez de alimentos, fome, doenças, guerras e elevada mortalidade, naquilo que ficou conhecido como “Catástrofe Malthusiana”. [1]

As suas ideias foram muito influentes, mas as suas previsões negras sobre o futuro nunca vieram a concretizar-se, apesar da população ter continuado a crescer de forma bastante acentuada.

Na elaboração da sua teoria, Malthus ignorou factores fundamentais, sobretudo a criatividade humana.

2 – Neo Malthsianismo

Apesar do rotundo falhanço nas previsões de Malthus, o Malthusianismo foi revitalizado em meados do século 20.

Paul Ehrlich

Paul Ehrlich
Paul Ehrlich

Paul Ehrlich é um biólogo norte-americano que ficou célebre por reavivar teorias malthusianas, sobretudo com o seu livro “The Population Bomb.” [15]

Ehrlich tinha uma visão catastrofista da sociedade. Advogava o controlo populacional e o crescimento económico zero, para prevenir uma calamidade iminente, num futuro próximo, tendo granjeado de notoriedade ao ser convidado para aparições frequentes na comunicação social. [16]

Clube de Roma

O Clube de Roma, que é actualmente uma organização não governamental (ONG) iniciou-se em abril de 1968 como um pequeno grupo de industriais, políticos e cientistas que se reuniram para tratar de assuntos relacionados com o uso indiscriminado de recursos naturais.

Em 1972, o Clube de Roma, publicou The Limits to Growth (Os Limites ao Crescimento), que descrevia as ameaças que pairavam sobre a humanidade, devido ao crescimento populacional e ao consumo excessivo de recursos.

Em 1971, Forrester desenvolveu um modelo computacional para a população global, recursos e poluição que previa o fim do progresso económico da era industrial. Os seus jovens colegas, com Dennis Meadows como líder, acrescentaram algumas camadas de complexidade à sua simulação. Os autores usaram as perspectivas apocalípticas de Paul Ehrlich num modelo informático que deu mais peso às suas previsões.

Tal como Ehrlich, o Clube de Roma defendia um abrandamento no crescimento económico.

Estas previsões foram alvo de muitas críticas.

Hollis B. Chenery, um economista do Banco Mundial, considerou que a restrição do crescimento económico aumentaria a pobreza e a desigualdade e conduziria à guerra e à revolução. [2] Henry Wallich, um perito económico em finanças internacionais, criticou de forma semelhante as recomendações políticas anticrescimento do livro, considerando-as “suicidas”. [3]

Muitos outros criticaram a sedutividade dos modelos informáticos, que não obstante, são bastante precários ao nível das evidências oferecidas. As críticas foram bastante contundentes, afirmando que o livro “assume pressupostos arbitrários, conduzindo a conclusões arbitrárias apresentadas como se de ciência se tratassem.” [4][5] Entre os críticos, figuraram por exemplo, Max Lerner, H.S.D. Cole, Harold Barnett, Chandler Morse [6] e William Nordhaus, este último, economista proeminente, co-autor de um dos principais manuais utilizados nas licenciaturas desta área, e que referia que as conclusões retiradas no “Limits to Growth” não eram baseadas em dados e não tinham em conta parâmetros económicos fundamentais, como a inventividade humana. [7][8]

Nordhaus explicou que as novas tecnologias compensavam a escassez: “ferro, alumínio, e satélites de comunicação substituíram o cobre; o cloro substituiu o iodo; o processo de xerografia substituiu a utilização de estanho e chumbo na impressão”, e essa susbtituição irá continuar, a não ser que o futuro seja radicalmente diferente do passado. [7][8]

Robert Solow
Robert Solow

Outro crítico ilustre foi o prémio Nobel e economista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Robert Solow, que referiu que as conclusões do livro eram “inúteis como ciência e como guia para as políticas públicas”. [9][10][11][12][13]

Julian Simon, um economista de renome mundial, de quem falaremos mais tarde, foi outro dos críticos.

Nos últimos anos, foram produzidos muitos modelos informáticos em relação à COVID-19, e verificamos como estes podem redundar em erros enormes, porque se tratam de métodos essencialmente especulativos. [5]

Não obstante, o livro “Limites ao Crescimento” teve grande impacto a nível político, tornando-se num best-seller a nível mundial.

3 – Pessoas a mais?

Será que o mundo estará sobrepopulado, conforme tem sido defendido por muitos?

Então, façamos as contas:

Estima-se que actualmente, a população mundial esteja cifrada em cerca de 7,8 biliões de pessoas. A área de Espanha é 505.990 km², que são 505.990.000.000 m². Ou seja, se entregássemos cerca de 65 m² a cada homem, mulher e criança do planeta, toda a população da terra caberia no território de Espanha, deixando o resto do mundo livre de qualquer ser humano.

Metade da área do Alentejo (31.551 km² / 2), permitiria que se colocasse toda a população mundial em distanciamento social.

Prevê-se que a população estabilize nos 10 biliões, no final do século, decrescendo ligeiramente logo após, algo que parece ser perfeitamente comportável para o planeta.

4- Escassez de Recursos? A Aposta do Século

A população pode ocupar pouco espaço, mas os recursos que esta consome são excessivos. Será assim? É este o argumento que contra-ataca as alegações de que não há sobrepopulação.

Julian Simon, referido anteriormente, foi um professor universitário e economista, que se opôs às ideias apocalípticas de Paul Ehrlich. Inicialmente com uma carreira discreta, foi paulatinamente começando a aparecer de forma mais pública, no que veio a dar origem a um debate gradualmente mais aceso com Ehrlich.

Julian Simon
Julian Simon

Simon foi um escritor prolífico, publicando vários livros de Economia, muitos dos quais relacionados com esta temática, numa resposta às previsões alarmistas de Ehrlich.

No auge do debate, Simon desafiou Ehrlich para uma aposta. Uma vez que, segundo Ehrlich, os recursos iriam ficar cada vez mais escassos, à medida que eram depletados, inversamente ao aumento da população, seria lógico que o seu preço viesse a aumentar. Simon apostou que os preços ficariam mais baratos daí a uma década (seguindo a lógica do último século), e concedeu a Ehrlich a hipótese de escolher 5 recursos. Ehrlich e a sua equipa reflectiram e escolheram: Crómio, Cobre, Níquel, Lata, e Tungsténio. O valor simbólico foi de mil dólares. [16]

Uma década depois, num dia de Outubro de 1990, Simon recebeu pelo correio, na sua casa em Chevy Chase, nos subúrbios de Maryland, um pequeno envelope enviado de Palo Alto, Califórnia: um cheque com o valor da aposta. Ficava resolvida aquela que foi apelidada de “Aposta do Século”. [16]

Apesar de um aumento recorde na população mundial de 4,5 para 5,3 biliões, os preços dos cinco minerais caíram numa média de quase 50% (adaptado à inflação) e Simons provou como erradas as previsões apocalípticas. [Imagem do Post]

Esta aposta tornou-se numa arma simbólica.

Conclusão

Esta publicação é um resumo bastante incompleto acerca desta temática, deixando muitos aspectos importantes de fora, que espero sejam abordados em futuras publicações.

A histeria apocalíptica vociferada pelos [pseudo]ambientalistas tem vindo, ao longo dos tempos, a prejudicar um debate sério e racional acerca dos verdadeiros problemas ambientais, sabotando decisões sustentáveis.

Al Gore
Al Gore

As suas previsões têm falhado sistematicamente. Só para citar algumas: segundo os seus modelos matemáticos e baseando-se nas reservas conhecidas, o ouro deveria esgotar-se em 1984, o cobre e o chumbo, em 1985, o estanho em 1987 e o zinco em 1990. Já o urânio poderia faltar antes do final do século XX. [17] Em relação ao petróleo, somos constantemente alertados acerca da sua finitude. Al Gore vaticinava o derretimento total dos pólos em 2013 ou 2014. [18]

Os profetas da desgraça têm migrado de foco em foco: sobrepopulação, buraco do ozono e mais recentemente, o aquecimento global. Não obstante ser tudo mais baseado em propaganda do que ciência, fracassando em fornecer evidências das suas alegações, não se coíbem em assediar, censurar e cancelar aqueles cujas opiniões divergem, sendo estes os verdadeiros métodos utilizados, evitando o debate científico sério e rigoroso.

A existência de tais putativos problemas globais fornece justificação àqueles que desejam fortalecer entidades supranacionais, que se arrogam ao poder de interferir nas soberanias dos países, conduzindo-os para uma sociedade mais colectivista e favorecendo o empobrecimento das populações.

É o nivelar por baixo.

Fontes:

[1] «An Essay on the Principle of Population», Wikipedia

[2] “Economists, Ecologists Hotly Debating Growth vs. No Growth,” Hartford Courant, 11 de Maio de 1972.

[3] David C. Anderson, “A Careful Look at Growth as Suicide,” Wall Street Journal, 17 de Março de 1972.

[4] Max Lerner, “Just Imagine! We All Can Avoid a Certain Doomsday,” Los Angeles Times, 10 de Março de 1972.

[5] Cole et al. (1973). Models of Doom: A Critique of the Limits to Growth. Nova York: Universe Publishing.

[6] Barnett, H. J., & Morse, C. (2011). Scarcity and growth: The economics of natural resource availability. Resources for the Future Press (RFF Press).

[7] «World Dynamics: Measurement Without Data», The Economic Journal. 1 de Dezembro de 1973

[8] «Resources as a Constraint on Growth», JSTOR. Maio de 1974

[9] «Notes on “Doomsday Models”», National Library of Medicine. Dezembro de 1972

[10] «The Economics of Resources or the Resources of Economics», Springer Nature. 2008

[11] «Intergenerational Equity and Exhaustible Resources», Oxford University. 1 de Dezembro de 1974

[12] «The Economist’s Approach to Pollution and Its Control», JSTOR. 1972

[13] «Is the end of the world at hand?», Springer.1973

[14] «As projecções mirabolantes que lançaram alarmismo e conduziram ao confinamento em todo o mundo», Paradigmas. 11 de Julho de 2020

[15] «The population bomb», New York, Ballantine Books. 1968

[16] Sabin, P. (2013). The bet: Paul Ehrlich, Julian Simon, and our gamble over earth’s future. Yale University Press.

[17] Alexander King, Bertrand Schneider, Questions de survie, Paris, Calmann-Lévy, 1991.

[18] «Did Al Gore Predict Earth’s Ice Caps Would Melt by 2014?», Snopes. 17 de Abril de 2017

 

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