No dia 24 de Novembro, os portugueses entraram em Greve Geral, como protesto contra o empobrecimento generalizado, naquela que foi considerada por muitos como a maior greve desde o 25 de Abril, tendo havido manifestações um pouco por todo o país, com especial ênfase na capital do país, sobretudo em frente à Assembleia da República, onde um cordão policial separou os manifestantes da entrada do edifício.
A manifestação correu de forma relativamente pacífica à excepção de um pequeno período no qual houve alguma agitação, após o derrube, por parte dos manifestantes, de grades que funcionavam como protecção contra a entrada de pessoas para o recinto da AR.
No entanto, ao que a imprensa não deu destaque foram alguns acontecimentos, que parecem ter ocorrido à margem, mas que tiveram tudo a ver com a dita manifestação.
Os canais de televisão generalista portugueses enquanto faziam a sua reportagem em directo, filmaram um grupo de policias a carregarem um homem para um espaço entre duas carrinhas policiais, altura na qual outro grupo de policias fez barreira com o corpo para que não pudessem ser obtidas imagens do que iria suceder ao homem transportado até àquele local. Além disso, a polícia ordenou aos repórteres no local que se afastassem. Os bem mandados repórteres, obedeceram cordialmente (mas que tão assertiva imprensa há em Portugal!).
Ficou a pairar no ar a nítida sensação de que aquele homem não iria ter vida fácil entre aquelas duas carrinhas, e que o mais certo seria o espancamento.
As suspeitas ganharam força, quando uma rapariga confessou noutra reportagem, recolhida após pouco tempo, ter um amigo que estava ao seu lado, sido agredido e levado por polícias à paisana, sem que para tal tenham havido quaisquer justificações por parte da polícia. O amigo era um rapaz de 17 anos, e segundo os relatos da rapariga, o grupo no qual ela e o referido amigo estavam inseridos, ocupavam uma posição periférica em relação à manifestação, com uma atitude calma e passiva.
Depois, na internet, foi publicado o seguinte vídeo, no qual, segundo quem o filmou, outra pessoa foi espancada por polícias à paisana, sem que aparentemente nada tenha feito que o justificasse, não obstante a justificação dada em relação aos vários espancamentos registados nessa noite, de que estes seriam retaliação a uma eventual agressão perpetrada contra um agente da polícia. Além de parecer desculpa esfarrapada, tal não justifica, em nenhum caso, a actuação verificada tanto no caso do vídeo, como nos restantes.
O Vídeo:
Esta actuação da polícia parece ter o claro objectivo de, através de uma actuação subreptícia, mais dissimulada, não tão exposta ou vísivel como seria uma carga policial na multidão manifestante, gerar medo a qualquer um que, de aqui em diante decida manifestar-se, ou fazer número numa manifestação, por correr o risco de ser vítima desta acção aleatória e indiscriminada de ataques violentos e criminosos por parte de uma polícia que supostamente existe para promover a segurança do seu povo e não o oposto.
A força polícial recebe ordens superiores, de pessoas que sabem que virão aí tempos de grande agitação social, sendo que, como tal, já terão as suas estratégias montadas no sentido de combater o seu próprio povo.
Em todos os países foram feitos cortes em todas as áreas, menos na polícia e no exército, já a contar com a insubordinação popular.
A seguir apresentam-se imagens em grande plano do agressor que no vídeo visivelmente agride a vítima com um bastão, permitindo a sua identificação: