As autoridades de Saúde estão a planear esterilizar cerca de 10.000 pessoas no sul da China durante os próximos quatro dias como parte de um programa de controle populacional.
A regra de uma criança por família tem estado em vigor durante décadas.
Algumas das pessoas da cidade de Puning serão obrigadas a seguir o procedimento de esterilização, que será realizado contra sua vontade.
A Amnistia Internacional afirma que a esterilização forçada “equivale a tortura”.
Relatórios da imprensa chinesa afirmam que as autoridades de Saúde de Puning, na Província de Guangdong, lançaram uma campanha especial para esterilizar as pessoas que já têm pelo menos um filho, a fim de garantir o controlo local de nascimentos e para que as quotas sejam cumpridas.
Jornais chineses dizem que aqueles que se têm recusado a ser esterilizados têm visto os seus pais e suas mães, já idosos serem detidos e aprisionados.
Diz-se que centenas de pessoas em Puning têm sido presas.
Kate Allen, directora da Amnistia Internacional do Reino Unido, disse: “É lamentável que as autoridades estejam sujeitar as pessoas a tal procedimento invasivo contra sua própria vontade.”
“Os Relatórios que indicam a prisão dos pais como uma forma de pressionar os casais a se submeterem à cirurgia são extremamente preocupantes.”
“As autoridades da cidade de Puning devem condenar imediatamente esta prática e garantir que outras pessoas não sejam esterilizadas à força.”
Mais de 1.300 pessoas têm sido mantidas em edifícios do governo local na cidade, onde têm sido dadas “palestras” sobre a regulamentação da China em relação ao planeamento familiar.
Huang Ruifeng é pai de três meninas.
“Há alguns dias atrás, um oficial da aldeia chamou-me e pediu-me ou à minha esposa para voltar para a cirurgia,” afirmou Huang ao jornal local. “Caso contrário, levariam o meu pai.”
Ele recusou-se.
Seu pai foi posteriormente seguido e detido pelas autoridades.
De acordo com as regras de Puning, os agricultores são autorizados a ter um segundo filho caso a primeira criança tenha sido uma menina.
Notícia lançada dia 23 / Abril / 2010
Fonte: Sky News
Incrível os métodos implantados pela China, já existem ou pelo menos existiram uns bem escandalosos, e agora as autoridades de saúde pretendem obrigar uma boa parte da sua população a serem estrelizados? Onde está a suposta liberdade humana?
10.000 pessoas num universo de 1,3 biliões de habitantes, que é a população estimada da China, não é “uma boa parte” da sua população.
No entanto, a China é bem conhecida pelo seu rígido “planeamento familiar” onde vigora a lei de “uma criança por família” e há inclusivamente inúmeras denúncias de esterilizações e abortos forçados, tendo estas políticas o objectivo de estabilizar a população.
Mais escandaloso é o grande desnível que há entre o número de homens e mulheres na China, porque durante muito tempo, se praticou o infanticídio, quando se descobria que o bebé era do sexo feminino.