Há vários argumentos que provam que o confinamento não tem efeito na propagação da doença:
1) Acima, no Gráfico 1, podemos ver exemplos de uma distribuição platicúrtica (mais achatada), mesocúrtica (distribuição normal – Gaussiana) e leptocúrtica (mais protuberante).
Como se pode ver pelos Gráficos 2 e 3, correspondentes ao número de casos em Espanha e número de mortes na Suécia, a distribuição é normal (gaussiana – mesocúrtica). Caso as medidas de confinamento tivessem tido efeito, seria de esperar um gráfico de distribuição platicúrtica (mais achatado), mas não foi isso que se verificou. Colocamos um gráfico de um país que efectuou confinamento e outro não efectuou confinamento, para se possa verificar que não há diferenças na distribuição. [2][7]
2) As medidas de confinamento (Lockdown) foram tomadas já no pico, na maioria dos países, portanto, não vieram prevenir nada! Se estas medidas tivessem tido um efeito preventivo, seria de esperar que se verificassem subidas durante mais algum tempo (até surtirem efeito), e depois sim, se atingisse um “plateau“, mas não foi isso que se verificou.
Alguns Exemplos:
Alemanha: [3][4]
Inglaterra e País de Gales: [1]
Espanha: [2]
Itália: [5]
3) Alguns países como a Suécia, a Bielorrússia, o Japão, a Coreia do Sul, etc. não efectuaram Lockdown (confinamento) e os seus números andam na média dos outros, senão mesmo mais baixos. Cenário impossível caso estivéssemos diante uma doença tão mortal como se propôs.
4) Estudos efectuados sobre a possível eficácia do confinamento (e outras medidas)
- Um estudo que fez uma análise do impacto das acções dos governos relacionando-a com a mortalidade associada à COVID-19, concluiu que o confinamento de pessoas saudáveis, encerramento de fronteiras e testagem massiva não apresentam correlação a com mortalidade por milhão de habitantes. [8]
- Um estudo, que estimou a evolução da COVID-19 relativamente às medidas restritivas aplicadas (inclusive confinamento) em vários países (Inglaterra, França, Alemanha, Irão, Holanda, Espanha, Coreia do Sul, Suécia e Estados Unidos), utilizando um modelo matemático comparativo, concluiu que não houve qualquer “efeito benéfico claro e significativo [no uso de medidas mais restritivas] sobre o crescimento de casos em qualquer dos países” (…) “Não conseguimos encontrar nenhum benefício adicional em ordenar ‘ficar em casa’ e encerrar empresas”. [15]
- Um estudo envolvendo 11 países europeus e os EUA, testou três modelos possíveis. O modelo, que através do Teorema de Bayes, foi melhor suportado pelos dados chegou à conclusão que o confinamento produz poucos ou nenhuns resultados na prevenção da COVID-19. [16]
- Um estudo realizado na Alemanha, chegou à conclusão que a transmissão do SARS-CoV-2 regrediu autonomamente, ainda antes de qualquer intervenção ter sido efectivada, pelo que se dispensava qualquer confinamento. [17]
- Um estudo realizado no Reino Unido, concluiu que a mortalidade e taxa de infecção já estava em declínio quando foi decretado o confinamento. [1]
- Dois estudos refutam as alegações de que os países europeus tenham precavido a morte de milhões de pessoas, demonstrando que essas conclusões se baseiam em raciocínio circular e sendo os alegados efeitos, artefactos puros que contradizem os dados. Concluem que o confinamento no Reino Unido foi supérfluo e ineficaz. [18][23]
- Um estudo de um investigador israelita descobriu o mesmo padrão em todo o lado: um rápido aumento de infecções, o pico à sexta semana, o declínio na oitava semana, independentemente de qualquer medida aplicada. [19]
- Um estudo que teve como foco os países europeus, concluiu que o confinamento não está associado a qualquer impacto adicional na mitigação. [20]
- Um estudo concluiu que as políticas de confinamento na Europa Ocidental não apresentaram impactos evidentes na mitigação da COVID-19. [21]
- Um estudo europeu concluiu que a diminuição e inversão da mortalidade associada à COVID-19 tem a ver com a obtenção da imunidade de grupo e não com as medidas aplicadas. [22]
- O modelo utilizado num estudo publicado no British Medical Journal (BMJ) concluiu que isolar jovens e fechar escolas aumenta o número total de mortes. [24]
- Um estudo israelita concluiu que um confinamento nacional possui vantagens moderadas no salvamento de vidas, com custos tremendos a níveis económicos. [25]
- Um estudo de 2008 demonstrou que as medidas para limitar a transmissão de uma doença pode, paradoxalmente, aumentar a mortalidade numa população. [26]
- Um estudo indicou que o confinamento poderá não prevenir qualquer mortalidade, e que a decisão de confinar parte de políticos que não utilizam modelos adequados e acabam por seguir o exemplo uns dos outros. [27]
- Em Novembro a Dinamarca fez com que alguns municípios na Jutlândia do Norte fossem confinados enquanto outros mantiveram a liberdade. Trata-se do primeiro estudo com caso de controlo do confinamento. O segundo tipo de estudo empírico mais importante, abaixo dos RCT. Um estudo gigantesco em termos de prova factual. Concluiu-se que o confinamento não tem qualquer utilidade. [35]
- Um estudo que comparou as taxas de mortalidade entre 2017 e 2020 em 24 países europeus, concluiu não haver associação entre o confinamento e a mortalidade. [28]
- Um estudo explica como é que a Bielorrússia sem ter confinado, manteve uma das menores taxas de mortalidade do mundo. [29]
- Um estudo com uma amostra de 12 milhões de adultos em Inglaterra, chegou à conclusão que viver com crianças diminui a probabilidade de morte por COVID-19 e não descobriu qualquer vantagem no encerramento das escolas. [30]
-
Um estudo abrangente da Pandemics – Data & Analytics concluiu que o confinamento não é uma variável relevante na mortalidade. [31]
- Um estudo, que testou índices de cinco domínios (Demografia, Saúde Pública, Economia, Política, Ambiente) e a sua potencial associação à mortalidade por COVID-19, durante os primeiros 8 meses de 2020, concluiu que o confinamento e outras medidas restritivas não tiveram qualquer influência na mortalidade. [32]
- Um estudo neo-zelandês concluiu que o confinamento não reduz a mortalidade por COVID-19 e que, além disso, tem efeitos devastadores na economia dos cidadãos. [33]
- Um estudo de 2006 relativo a uma eventual pandemia de Gripe, chegou à conclusão que a grande maioria das medidas de mitigação (uso de máscara, distanciamento social, confinamento, etc.) não produzem efeito. Em relação ao confinamento, o estudo refere que as consequências negativas são tão extremas, que esta hipótese não deveria sequer ser considerada. [34]
- Um estudo publicado no British Medical Journal sugere que, apesar do confinamento poder produzir resultados a curto prazo, acabará por redundar em mais mortalidade a longo prazo. [36]
- Um estudo descobriu que isolamento de indivíduos saudáveis (escolas e locais de trabalho) produz mais mortalidade. [37]
- Um estudo contesta a premissa de que as Intervenções Não-Farmacêuticas (distanciamento social, máscaras, confinamento, etc.) tenham qualquer utilidade ao reduzir a transmissão da COVID-19 e a mortalidade. [38]
- Segundo a narrativa afeta aos confinamentos, Taiwan fez quase tudo “mal”, mas gerou o que se pode considerar, os melhores resultados em termos de saúde pública de qualquer país do mundo. [39]
A opinião do Dr. Ricardo Jorge
O Dr. Ricardo de Almeida Jorge foi um médico, investigador e higienista, professor de Medicina e introdutor em Portugal das modernas técnicas e conceitos de saúde pública. Exerceu diversos cargos na administração da Saúde, conseguindo uma importante influência política.
Em 1919, então Director-Geral da Saúde Pública, num notável relatório a propósito da pneumónica de 1918–1920, explicou que a vida social e económica não pode parar e que os confinamentos conduzem à desolação e ao pânico. [40 – p.32]
E as restantes medidas aplicadas?
Aquando do surgimento de uma suposta segunda vaga, no derradeiro trimestre de 2020, foram se agravando as medidas de contenção, com o objectivo de travar a propagação.
Mas serão essas medidas eficazes?
Os seguintes gráficos mostram como evoluíram o número de casos a partir do momento em que enrijeceram as medidas em vários países. A seta a vermelho indica o início do uso de máscaras entre outras medidas restritivas.
O gráfico seguinte resulta de uma amostra de países (Itália, França, Espanha, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Suécia, Irlanda, Portugal, Rep. Checa, Roménia, Áustria, Grécia, EUA, México, Canadá, Panamá, Peru, Brasil, Chile, Bolívia, Argentina, Equador, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Japão, Israel, Irão, Filipinas, Índia e Coreia do Sul) com o cruzamento simples do número de mortes por 1 milhão de pessoas, com a severidade das restrições. O resultado é completamente aleatório (R-squared de 0,0273). [9][10]
Máscaras
Não foi comprovada a eficácia do uso de máscaras no sentido de mitigar a propagação de doenças, segundo inúmeros estudos científicos, Random Control Trials (RCT) e revisões da literatura científica feitas. Chegou-se à conclusão que as máscaras não produzem efeito visível de contenção de doenças infecciosas. [11]
O caso da Argentina
A Argentina surge como o país que está no polo oposto da Suécia, tendo aplicado as mais duras e longas medidas de mitigação ao entrar em confinamento no dia 20 de Março, numa altura em que não havia praticamente casos positivos no país e o número de mortes cifrava-se em três. [12][13]
Como se pode ver pelo gráfico abaixo, o confinamento não teve qualquer efeito em travar a propagação de casos positivos e mortes associadas à COVID-19, tendo esta descrito uma curva regista em muitos outros países. A Argentina trata-se de caso único no mundo, pois efectuou confinamento mesmo no início, prolongando-se durante cerca de 6 meses (só há pouco tempo se foi aliviando gradualmente).
Outro dado curioso é a explosão de mortalidade que se deu após o término da curva. Sugere-se que tal mortalidade súbita e bastante elevada se deva à insustentável situação de confinamento tão prolongado. Poderá mesmo ser um aviso para o que poderá suceder noutras partes do mundo, caso as medidas impostas se prolonguem.
Conclusão
Como se pôde constatar através dos argumentos utilizados ao longo deste artigo, nem o confinamento, nem as restantes medidas restritivas aplicadas produzem efeito no sentido de conter a alegada pandemia de COVID-19.
Então o que explica o aumento de casos?
Trata-se de uma pandemia que está a ser alavancada pelo aumento na testagem. Quando um teste tem uma taxa de falsos positivos de 3% e a prevalência da doença na população é muito baixa (como é o caso, segundo dados oficiais), haverá muito mais falsos positivos do que verdadeiros positivos, e é assim que se tem forjado esta “pandemia”. É uma pandemia de “casos”, de “assintomáticos”, baseada num teste (PCR) que não foi feito para testagem em massa em baixas prevalências da doença. [14]
Fontes:
[2] Centro Nacional de Epidemiología (CNE) de Espanha
[5] Unitá di Epidimiologia ATS Milano
[6] John Hopkins University
[7] Statistik över antal avlidna i covid-19. Socialstyrelsen.
[9] Our World in Data. COVID-19.
[12] Wikipedia (En). Timeline of the COVID-19 pandemic in Argentina.
[13] «Coronavirus: Argentina’s never-ending quarantine.» DW.
[14] «Teste PCR: participação na Pandemia da COVID-19.» Paradigmas. 18 de Novembro de 2020.
[23] Lewis, N. (2020). Did lockdowns really save 3 million COVID-19 deaths, as Flaxman et al. claim?
[31] PANDA (2020). Exploring inter-country coronavirus mortality.
[39] Janaskie, A. (2020). The Mystery of Taiwan. American Institute for Economic Research.