Qual é a idade da Terra?
Então, que idade tem a Terra? Parece uma pergunta irrelevante para o debate acerca da Evolução. Parece irrelevante porque a idade agora universalmente aceite para a Terra é tão vasta: 4.6 milhões de anos – permitindo que a vida tenha evoluído muitas vezes. Mas vamos usar as nossas imaginações por um momento e fazer duas perguntas heréticas: 1) Será que 4.6 milhões de anos daria tempo suficiente para a evolução segundo as linhas darwinistas? e ainda mais ultrajante: 2) e se a Terra não for tão antiga quanto pensamos?
Como começou a vida na Terra?
Faça esta experiência mental com a primeira pergunta. O que é que precisa acontecer para que a vida comece nos oceanos primitivos e se desenvolva por mutação e selecção natural para até aos reinos vegetal e animal que vemos hoje? Primeiro, os químicos básicos dos mares precisam formar aminoácidos, provavelmente sob a influência da luz ultravioleta e de descargas eléctricas na forma de relâmpagos. Este processo foi demonstrado por Harold Urey e Stanley Miller na Universidade de Chicago em 1953. [1] Na segunda etapa, os primeiros aminoácidos do oceano primitivo devem combinar-se para formar a matéria-prima da vida: as moléculas de proteína. São essas moléculas gigantes e complexas que, em última análise, constituem todas a vida vegetal e animal, mas o mecanismo pelo qual poderão ter-se formado espontaneamente não é conhecido nem foi demonstrado no laboratório.
A visão darwinista é a de que, embora a formação de moléculas de proteínas sem qualquer precursor seja altamente improvável, poderá ter ocorrido, com tempo suficiente – centenas de milhões de anos. A terceira etapa será a variação explosiva e crescimento de todas as formas de vida com base em proteínas, das bactérias a Beethoven, novamente, exigindo centenas de milhões de anos. Dados os passos um e dois, não é impossível de se imaginar, e de um ponto de vista darwinista, talvez fosse surpreendente se não acontecesse.
São as etapas dois e três que estão dependentes da idade da Terra. Embora a etapa dois, a formação espontânea de moléculas de proteína, seja uma processo desconhecido, é teoricamente possível avaliar quanto tempo levaria para acontecer por acaso. Com base no tamanho e complexidade de tais moléculas, Murray Eden, professor de Engenharia Eléctrica no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), calculou que uma síntese muito simples poderia acontecer ao acaso, uma vez em cerca de 1.000 milhões de anos. [2] Em face disso, mesmo estas probabilidades podem ser facilmente acomodadas nos 4.600 milhões de anos que a maioria dos geólogos atribui à história da Terra. Mas olhemos um pouco mais próximo.
A vida não está a surgir espontaneamente nos mares, nos dias actuais. Tal é explicado pelos darwinistas pelo facto de que as condições se alteraram desde que a vida evoluiu dos oceanos arcaicos. [3] Então, durante quanto tempo as condições foram adequadas para o evento espontâneo? O tempo disponível seria limitado por dois eventos: o resfriamento da Terra e o estabelecimento dos oceanos seriam o marco anterior. Diz-se que ocorreram há cerca de 3.800 milhões de anos atrás (a data em que, pelo que se sabe, as rochas sedimentares mais antigas foram formadas). [4]
O marco mais tardio seria a data do primeiro fóssil de um ser vivo. O local onde este marco deve ser colocado é um assunto controverso. A visão conservadora afirma que o primeiro sinal de vida é representado por organismos chamados Eobacterium isolatum e Archaeospheroides barbertonensis, que estão datados como há cerca de 3.200 milhões de anos atrás. [5] Isso dá-nos uma janela de oportunidade para a ocorrência espontânea do primeiro microrganismo de cerca de 600 milhões de anos. Na verdade, a lacuna é menor do que o sugerido por esta soma bruta porque levaria um tempo considerável aos novos oceanos a adquirir a mistura certa de produtos químicos básicos para fazer a ‘sopa’ primitiva, e na outra extremidade, a bactéria deve ter sido precedida por algo mais simples: moléculas não replicantes das quais nenhum traço sobreviveu.
Mas sejamos generosos e permitamos que sejam 600 milhões de anos. O que são alguns milhões de anos quando temos tantos à nossa disposição? Este intervalo deve acomodar não apenas a combinação espontânea de materiais básicos em aminoácidos, mas também a combinação de aminoácidos em moléculas de proteínas, o aparecimento de pelo menos uma molécula auto-replicante e a subsequente evolução desta molécula em corpos celulares auto-replicantes para o nível bacteriano. E lembre-se de que dessas quatro etapas, apenas uma (a segunda) foi estimada que aconteça ao acaso uma vez em 1.000 milhões anos.
Então, dos 4.600 milhões de anos de tempo geológico que os darwinistas concederam a si próprios, apenas uma pequena fracção – menos de 600 milhões – está realmente disponível para acomodar os processos que acreditam ter acontecido. Os processos evolutivos darwinistas já estão ficar sem tempo.
As últimas evidências fósseis indicam que a lacuna é muito mais estreita e que os darwinistas estão completamente sem tempo. Em 1979, os geólogos Hans Pflug e H. Jaeschke-Boyer estudaram as rochas sedimentares mais antigas de que há conhecimento da Groenlândia, que datam de há 3.800 milhões de anos atrás, e encontraram fósseis semelhantes a estruturas semelhantes a células, às quais chamaram Isosphaera. [6]
Os fósseis são de um organismo primitivo semelhante a uma levedura. Em 1980, C. Walters, A. Shimoyama e C. Ponnamperuma examinaram uma possível actividade fotossintética da Isosphaera e anunciaram: “Possuímos agora o que acreditamos serem fortes evidências da vida na Terra há 3.800 milhões de anos.” [7]

Essas descobertas foram apoiadas em 1988 por Manfred Schidlowski do Instituto Max Planck, na Alemanha, que publicou um artigo na revista Nature interpretando a proporção de isótopos de carbono leve em rochas sedimentares com 3.800 milhões provenientes de Isua, na Groenlândia, como constituindo indícios do início da vida orgânica. [8]
A interpretação de Schidlowski foi confirmada em 1996 por Gustaf Arrhenius do Scripps Institute em San Diego, que examinou rochas de Isua com 3.800 milhões de anos de idade e relatou uma mistura de isótopos de carbono que apenas algo vivo poderia produzir. [9]
O significado dessas descobertas é inequivocamente claro. Se as primeiras águas superficiais foram formadas há 3.800 milhões de anos e os primeiros micro-organismos surgiram também há 3.800 milhões de anos atrás, então não houve tempo disponível para o aparecimento espontâneo da vida. A vida, ao que parece, não esperou pelo acaso cego do rolar dos dados, tendo sim irrompido logo no primeiro instante disponível, deixando os darwinistas sem tempo algum para os seus processos probabilísticos.
Estritamente falando, o Darwinismo não está preocupado com a abiogénese – o aparecimento de vida a partir de matéria inanimada – mas apenas com a subsequente evolução desses organismos primitivos em espécies mais desenvolvidas. Na prática, no entanto, o Darwinismo está intimamente relacionado com as teorias de abiogénese. O próprio Darwin especulou em correspondência privada sobre a possibilidade da vida ter surgido espontaneamente nalgum lago primitivo aquecido. Mais significativamente, todas as teorias plausíveis de abiogénese que foram sugeridas até agora, empregaram o mecanismo darwinista de variação e selecção natural – teorias como a de Graham Cairns-Smith da Universidade de Glasgow, que sugeriu que a vida surgiu usando argilas como catalisadores. [10]
Qual a probabilidade de uma proteína se formar espontaneamente?
A descoberta de que tais processos hipotéticos tiveram disponível um tempo insignificante para gerar as primeiras moléculas de proteínas e os primeiros organismos auto-replicantes, através do acaso, é significativo tendo em conta o trabalho do cientista Hubert Yockey, que calculou a probabilidade de uma proteína que contenha 100 aminoácidos se formar espontaneamente: 10⁶⁵ (na melhor das hipóteses). [11]
Em 1989, Robert Sauer e os seus colaboradores biólogos do MIT experimentaram “reconstruir” proteínas ao retirar aminoácidos e substitui-los por outros aminoácidos. Descobriram que algumas partes de uma cadeia de proteína são tolerantes a substituições, mas outras são totalmente intolerantes a semelhantes “remendos”, revelando-se que as proteínas não são colecções arbitrárias de componentes químicos, mas combinações raras e às vezes únicas. Sauer e colaboradores confirmaram os cálculos de Yockey [11] de que a probabilidade de se formar uma proteína dobrada específica através de evolução não direccionada é de 1 em 10⁶⁵. O número de outras combinações que poderiam ocorrer aleatoriamente e resultar em sequências de proteínas que se iriam revelar inúteis ao nível de funções para organismos vivos, é praticamente infinito. [12][13]
Estes achados indicam que a magnitude da improbabilidade das proteínas e moléculas de ADN auto-replicantes formadas por acaso é tão grande, que se torna virtualmente impossível no tempo que agora sabemos que estaria disponível. A probabilidade calculada por Yockey [11] e confirmada pelas experiências de Sauer [12][13] – 1 chance em 10⁶⁵ – é um evento tão improvável que poderia ser comparado a ganhar a lotaria com uma única aposta com um dado conjunto de números, e a partir daí, continuar a ganhar na lotaria todas as semanas durante mil anos, com o mesmo conjunto de números – é possível, se se tiver a eternidade à disposição: mas impossível, na prática, se tudo o que tiver for um tempo insignificante.
Os darwinistas não ficam nem um pouco consternados com tais improbabilidades porque podem sempre cair na afirmação de que, por mais improvável que sejam os acidentes necessários para que as primeiras moléculas de proteína surjam, eles devem ter acontecido, ou então não estaríamos aqui.
Quais são as evidências de que a Terra tem a idade que se alega ter?
Vamos então considerar a segunda questão proposta no início deste artigo (a mais herética): que evidências temos para definir a idade da Terra em 4.8 milhões de anos e quais as bases para essas evidências?
A importância desta questão, conforme observado anteriormente, reside no facto de que uma Terra com uma idade imensa é indispensavelmente necessária para a teoria neodarwinista porque a mutação genética e a selecção natural são processos que são concebidos como um trabalho muito lento ao longo de centenas de milhões de anos. E se a Terra tivesse apenas alguns milhões de anos, então simplesmente não haveria tempo suficiente para a selecção natural funcionar. Quer gostemos ou não, seríamos compelidos a procurar uma nova explicação para a origem das espécies vivas.
Sobre esta questão fundamentalmente importante, o Museu de História Natural e todas as outras autoridades modernas estão de acordo. A Terra tem 4.600 milhões de anos. Além do mais, diferentes períodos da história da Terra têm sido caracterizados pela formação de diferentes tipos de rocha que contêm os restos fósseis de tipos distintos de criaturas. Estes diferentes períodos também foram datados para dar o que é geralmente referido como a coluna geológica da história da Terra.
Ao referir-se à coluna geológica, qualquer pessoa pode afirmar a idade de uma rocha ou fóssil que encontra. Por exemplo, os penhascos brancos da Inglaterra consistem em giz datado do final do período Cretáceo, que segundo a coluna, data de há 65 milhões de anos atrás.
As datas anexadas à coluna geológica foram alcançadas e refinadas ao longo do século passado, sensivelmente. A avaliação mais recente, e aquela citada nas publicações do Museu de História Natural, é a de Van Eysinga publicada em 1975. [14] Este esquema é muito semelhante ao usado na maioria dos museus e universidades desde as primeiras décadas deste século, e é baseado no trabalho pioneiro de Arthur Holmes [15][16] no Reino Unido e Henry Faul [17] nos Estados Unidos. Podem existir alguns pequenos desacordos entre os geólogos, mas existe uma grande concordância sobre a questão principal: que as primeiras rochas da coluna têm cerca de 4 mil milhões de anos, e sobre a maioria dos detalhes, como por exemplo, que o período Cretáceo começou há cerca de 140 milhões de anos e terminou há cerca de 65 milhões de anos.

Os especialistas referem todos (inclusive os citados) que a datação moderna foi conseguida através de métodos radioactivos tratando-se, portanto, de um método de datação absoluto de uma ordem mais elevada de precisão do que todos os métodos anteriores – a maioria dos quais dependia de cálculos que envolviam um ou mais factores relativos. Esses métodos de datação relativos dependiam de factores como o aumento de salinidade dos oceanos o que a taxa de arrefecimento da Terra, sendo actualmente considerados falíveis. A datação radioactiva, porém, é usada para datar as rochas e consequentemente, os fósseis que nelas estão contidos tendo sido por isso recebido como um método absoluto.
O quebra-cabeça surge porque as técnicas de datação radioactiva podem ser aplicadas apenas a rochas vulcânicas que contêm algum mineral radioactivo – as rochas primárias da crosta terrestre. Mas a coluna geológica consiste em rochas sedimentares – rochas formadas a partir de sedimentos depositados nas camadas de mares antigos e compostas por partículas dessas rochas primárias. Então, claro que qualquer determinação de idade feita utilizando-se essas partículas será a mesma que a das rochas primárias das quais foram derivadas. Em algumas rochas sedimentares comuns, como giz ou calcário, não há sequer partículas das rochas primárias presentes e, portanto, a datação radioactiva não pode ser usada, de todo. Felizmente para os homens e mulheres ingleses, os penhascos brancos de Dover não são radioactivos.
No «The Age of The Earth» publicado pelo Institute of Geological Sciences, a posição é explicada de forma sucinta por John Thackray:
“Os únicos sedimentos que podem ser datados directamente são aqueles em que um mineral radioactivo é formado durante a diagénese [estabelecimento] dos mesmos, como os bastante incomuns xistos ilíticos e arenitos glauconíticos. Outros sedimentos fornecem apenas a idade da rocha-mãe da qual os grãos minerais que a constituem são derivados.” [18]
Então, como é que Holmes, Faul e Van Eysinga chegaram às datas anexadas aos sedimentos da coluna geológica? O Institute of Geological Sciences explica:
«Onde lavas ou cinzas vulcânicas são intercaladas com um sedimento de idade estratigráfica conhecida, então pode ser atribuída uma data a essa divisão estratigráfica. Onde uma rocha ígnea se intromete numa unidade sedimentar e é coberta por outra, então os sedimentos podem ser datados da rocha ígnea por inferência. A raridade de tais casos, juntamente com o erro analítico inerente à determinação da idade, significa que as idades isotópicas são improváveis de rivalizar ou substituir os fósseis como sendo o meio mais importante de correlação.» [18]
Acontece que o que foi datado por métodos de decaimento radioactivo não foram as rochas sedimentares ou os fósseis em si, mas a intrusão isolada entre eles de rochas ígneas ou primárias, geralmente como material vulcânico. Este tem tem sido um processo raro e puramente fortuito e não confiável – tão raro e tão pouco confiável que o Institute of Geological Sciences acha improvável que possa substituir ou mesmo rivalizar com os fósseis como método de datação. Mas isto não é tudo: o método depende, por sua vez, de uma outra cadeia de inferências: a coluna geológica de Van Eysinga não é encontrada em lugar algum na natureza. Trata-se de uma estrutura imaginária que foi sintetizada a partir da comparação de um estrato de rocha de uma parte do mundo com um estrato de aparência semelhante noutra parte do mundo (abordaremos esta questão mais detalhadamente em artigos posteriores).

Os próprios naturalistas ficam frequentemente confusos na compreensão desta questão. Gavin de Beer, por exemplo, director do Museu Britânico de História Natural de 1950 a 1960, escreveu na introdução ao Guia do Museu para a Evolução, publicado em 1970, que as rochas que formam a coluna geológica foram datada por métodos radioactivos. [19]
As estimativas de tempo com base na desintegração do material radioactivo permitem que sejam datados vários níveis de linhagens evolutivas e o tempo que duraram certas mudanças ocorreram, fornecendo assim evidências de taxas de evolução e tempos de duração de géneros e espécies.
Esta alegação, que é universalmente aceite e ensinada nas escolas e universidades em todo o mundo, é totalmente falsa. E quando os darwinistas falam da datação absoluta da coluna geológica e dos fósseis que ela contém por métodos radioactivos estão completamente enganados. Não há nada absoluto sobre isso. Na verdade, o método deveria ser referido como “datação comparativa”, porque data as rochas sedimentares apenas por inferência através da sua relação com as raras amostras de rochas ígneas ou primárias que são datadas. [19]
Há no entanto, outro método que é utilizado: conjectura. Esse método entrou na datação geológica num estágio muito inicial, quando Charles Lyell, o geólogo mais proeminente do Século XIX e mentor de Darwin em questões geológicas, tentou datar o final do período Cretáceo por referência a quanto tempo pensou que demoraria o marisco (cujos fósseis são encontrados em camadas posteriores) a terem evoluído para os seus descendente modernos. Lyell estimou que o Cretáceo terminou há 80 milhões de anos (não muito longe do número aceite de hoje de 65 milhões), mais ou menos 3 milhões.
De acordo com Harold Levin da Washington University, “Comparando a quantidade de evolução exibida pelos moluscos marinhos nas várias séries do Sistema Terciário com o valor ocorrido desde o início da Idade do Gelo do Pleistoceno, Lyell estimou que teriam transcorrido 80 milhões de anos desde o início do Cenozóico.” [20] Levin acrescenta que,” Ele chegou surpreendentemente perto da marca.” Na verdade, não é nada surpreendente quando se sabe que a data aceite de hoje não foi derivada de uma fonte absoluta e independente, mas de conjecturas, incluindo a de Lyell.
O tipo de suposição usada para complementar as datas relativas produzidas pela datação radioactiva inclui suposições sobre as taxas às quais os sedimentos são colocados no fundo de lagos, praias e leitos oceânicos; estimativas das taxas nas quais as florestas são transformadas em depósitos de carvão e estimativas das taxas nas quais certas famílias de criaturas de vida muito longa podem ter evoluído. Mas embora essas conjecturas estejam incorporadas na visão moderna da idade dos depósitos geológicos, raramente são divulgadas em livros geológicos ou biológicos e raramente são expostas ao debate.
Curiosamente também, nenhum geólogo parece ter verificado as datas da coluna geológica com uma calculadora electrónica numa base de bom senso. Vejamos a ilustração da coluna e olhemos para a espessura das rochas em cada período em comparação com a extensão de tempo atribuída a esses períodos. Observe que há uma consistência notável entre a idade atribuída e a espessura do depósito. Por exemplo, diz-se que o período do Cretáceo durou 65 milhões de anos e tem 15.000 metros de espessura – uma taxa média anual de deposição de 0,2 milímetros. Agora olhe para o período siluriano: este também produz uma taxa média de deposição de cerca de 0,2 milímetros por ano – assim como o Ordoviciano, o Devoniano, o Carbonífero e o resto. É apenas quando chegamos a tempos relativamente modernos na era Cenozóica em que as taxas de deposição variam muito, parecendo acelerar ligeiramente.
Este é um achado bastante notável. Espera-se uniformidade geológica para favorecer a uniformidade. Ao longo de condições climáticas amplamente mutáveis, oceanos que avançam e recuam, secas e idades do gelo, a taxa de sedimentação parece permanecer incrivelmente constante ao longo dos milhares de milhões de anos que se diz terem passado. A própria taxa de deposição presumida – espessura de um fio de cabelo humano por ano. Mas vale a pena fazer uma pausa para notar que uma taxa tão lenta seria totalmente incapaz de enterrar e fossilizar florestas inteiras, dinossauros ou mesmo um girino de tamanho médio.
Claro que, todos esses sedimentos, com os seus conteúdos de cápsula do tempo de criaturas fossilizadas do passado foram estabelecidos muito depois da Terra ter sido formado e muito depois do evento decisivo que ocorreu na cadeia de evolução: a origem da própria vida nos mares antigos. É na rocha da qual mais tarde derivaram os sedimentos – o alicerce primário da crosta terrestre – que estamos principalmente interessados se quisermos datar a Terra.
A questão chave permanece: Que idade tem a Terra? E para examinar a resposta que veio a ser aceite nesta questão, devemos olhar mais atentamente para os métodos radioactivos de datação.
Referências Bibliográficas:
[3] Livro «Life Itself: Its Origin and Nature» de Francis Crick (1981)
[4] Livro «Story of the Earth» de John Thackray (1980)
[5] Barghoorn ES. (1971). The oldest fossils. Scientific American. 224: 30-42. PMID 4994765
[7] Clifford Walters, Akira Shimoyama, Cyril Ponnamperuma (1980). Organic Geochemistry of the ISUA Supracrustrals. Y. Wolman (ed.), Origin of Life, 473-479.
[11] Livro «Information Theory and Molecular Biology.» de Hubert P. Yockey (1992)
[15] Livro «The Age of the Earth» de Arthur Holmes (1913)
[16] Livro «Principles of Physical Geology» de Arthur Holmes (1944)
[17] Livro «Ages Of Rocks, Planets And Stars» de Henry Faul (1966)
[18] Livro «The Age of the Earth» de John Thackray (1980)
[19] Livro «A Handbook on Evolution» de Gavin de Beer (1970)
[20] Livro «The Earth Through Time» de Harold L. Levin (1978)
[21] Livro «Shattering the Myths of Darwinism» de Richard Milton