Muito se tem falado sobre o excesso de mortalidade nos Estados Unidos, o que tem sido propagandeado como sendo devido à COVID-19 e dado como prova da ‘força’ da Pandemia.
Mas haverá realmente excesso de mortalidade?
Se atendermos aos relatórios de mortalidade anual publicados pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) norte-americano, no seu próprio site, podemos observar a seguinte mortalidade anual:
- 2017: 2.814.000 [1]
- 2018: 2.839.000 [2]
- 2019: 2.855.000 [3]
- 2020: 2.838.000 [4][11]
Atenção que, no caso de 2020, o valor médio mensal de mortes é de 236.000, logo, utilizei-o nos três meses que completam o ano, o que perfaz o número final de 2.838.000, número completamente dentro dos parâmetros dos anos anteriores (em 2019 morreram mais pessoas). É interessante notar a muito baixa variância ao longo dos anos.
Não se regista então nenhum excesso de mortalidade, ou seja, a mortalidade nos EUA permanece inalterada em relação aos anos anteriores e por isso, não houve qualquer tragédia conforme foi noticiado de forma desonesta e alarmista pelos meios de comunicação social.
Então o que se passa?
O que se passa é que as pessoas continuam a falecer das doenças que sempre faleceram todos os anos, mas este ano têm sido declaradas como morte por COVID-19, apenas porque testam positivo e às vezes nem isso é necessário, pois a partir de determinada altura, em Nova York e noutros locais, começou a declarar-se morte por COVID-19 sem sequer se testar. [10]
Cancros, leucemias, falências cardíacas, acidentes de viação, pneumonias, etc. Tudo se abriga debaixo da sombrinha da COVID-19. Mais uma vez, o próprio CDC admite este facto, num relatório em que afirma que 94% dos óbitos declarados como tendo sido por COVID-19, foram-no na verdade, por outras patologias. [5]
Então e a vala comum em Nova York?
Foi amplamente noticiado, com todo o destaque inerente à vasta campanha de propaganda em curso, o enterro de alguns corpos numa vala comum em Nova York, alegadamente devido à COVID-19. As conclusões que se retiraram de imediato foram: “está a morrer tanta gente que até já as enterram em valas comuns”, algo explorado até ao limite pelos sedentos Orgãos de Comunicação Social.
Nada mais falso.
Hart Island é uma pequena ilha em Nova York, onde há vários anos se enterram corpos de pessoas que não são identificados e/ou reclamados. A ilha já viu serem enterradas nas suas terras cerca de 65 mil ‘John‘ e ‘Jane Doe‘s, ao longo dos anos. [6]
Foi lá que foram enterrados esses corpos alegadamente devido à COVID-19, mas que pode ter sido devido a qualquer outra causa. [7]
Conflito de interesses com as Seguradoras
Os serviços de Saúde nos Estados Unidos são privados e como tal, recorrem a seguradoras. A seguradora Medicare oferece uma bonificação de 20% no caso de se tratar de um paciente com COVID-19. [8]
O Senador Scott Jensen, médico do Minnesota, entrevistado na Fox News declarou que os hospitais recebem mais dinheiro se os pacientes Medicare forem listados como tendo COVID-19, e recebem 3 vezes mais se forem ventilados. Normalmente o pagamento da Medicare é de 5 mil dólares, mas se se tratar de uma pneumonia relacionada com COVID-19, passa a ser de 13 mil dólares e se for utilizado um ventilador vai até aos 39 mil dólares. [9]
Scott Jensen refere estarem assim criadas as condições para que haja conflito de interesses dos médicos e hospitais, no sentido de favorecerem um diagnóstico de COVID-19 pelas vantagens financeiras que isso acarreta.
Conclusão
Os Estados Unidos têm sido usados como uma das provas mais evidentes da força da Pandemia de COVID-19, mas como se pode facilmente concluir através destas linhas, não há qualquer prova da existência de uma Pandemia.
A única coisa que parece haver é uma propaganda massiva que distorce factos, recorrendo a números forjados e retirados de contexto e imagens gráficas bastante fortes para brincar com as emoções das pessoas que deixam de conseguir utilizar a sua racionalidade, condição essencial para que possam aperceber-se do logro. Na verdade, basta que se comece a usá-la e a pesquisar os dados de forma objectiva para que, em pouco tempo, se compreenda a patranha.
Fontes:
[1] Mortality in the United States, 2017. CDC. Novembro de 2018.
[2] Mortality in the United States, 2018. CDC. Janeiro de 2020.
[3] State and National Provisional Counts. NCHS.
[4] Weekly Counts of Deaths by State and Select Causes, 2019-2020. CDC.
[5] Weekly Updates by Select Demographic and Geographic Characteristics. CDC.
[10] «Death toll soars after New York City counts ‘probable’ fatalities.» PBS. 14 de Abril de 2020.