Na propaganda actual (“os jovens são actualmente os mais afectados pela COVID-19“), que não tem outro objectivo senão o de coagir os jovens a se vacinarem, decidimos analisar os dados da mortalidade supostamente por COVID-19 estratificados pela idade, relativamente aos últimos três meses (Abril, Maio e Junho de 2021), em Portugal.
Utilizando os dados fornecidos pela Direcção Geral da Saúde (DGS) [1], foram criadas a tabela e o gráfico na imagem principal desta publicação.
Analisando-os, podemos verificar que 93% (aproximadamente) da mortalidade ocorre acima dos 60 anos, valores muito parecidos à totalidade dos números desde o início da contagem (96% acima dos 60 anos).
O gráfico faz a comparação entre os últimos 3 meses e a totalidade nos números. Como se pode constatar, houve uma grande diminuição na mortalidade acima dos 80 anos (muito provavelmente pela autêntica razia que constituíram os meses de Janeiro e Fevereiro para esta faixa etária), algo compensado pelos aumentos nas faixas etárias um pouco mais abaixo (60-69 e 70-79 anos).
No entanto, ao nível dos mais jovens, continua tudo igual e a pequena diferença não tem relevância estatística, pela pequena amostra (pouca mortalidade).
Nos últimos meses não há, portanto, diferenças ao nível da distribuição da mortalidade abaixo da faixa etária dos 50 anos e muito menos se pode considerar que os jovens são os mais afectados (o gráfico é elucidativo).
Mas a propaganda avança, no afã de vacinar os mais jovens, sem que haja qualquer benefício nesse desiderato.
Nota:
Nesta publicação desconsideramos o facto de que a mortalidade, está muito dependente de comorbilidades, maioritariamente graves, e que ainda assim é classificada como óbito por COVID-19, baseada num teste positivo.