No conhecido manual de Epidemiologia “Gordis Epidemiology (Sixth Edition)”, na página 107 à 109, surge um exemplo prático bastante simples da influência da Prevalência no Valor Preditivo Positivo (VPP), que é o oposto da Taxa de Falsos Positivos (TFP). [1]
Os valores avançados são:
– Sensibilidade: 99%
– Especificidade: 95%
– Prevalência: 1%
Os resultados aparecem na Tabela 1, na foto principal da publicação. VPP = 17%, ou seja, TFP = 83%.
Dos 594 positivos, só 99 foram Verdadeiros Positivos. 495 foram falsos positivos.
Isto significa que, para a totalidade de positivos, 83% são falsos positivos e 17% são verdadeiros positivos.
Se a Prevalência subir para 5%, há um aumento enorme da VPP (que sobe para 51%).
Por aqui se percebe a importância da Prevalência na fiabilidade do teste de despiste.
No Gráfico 1, na foto principal da publicação, observa-se que abaixo de 20% de prevalência, o VPP começa a baixar exponencialmente, ou seja, os falsos positivos sobem exponencialmente. [2]
O Limite de Prevalência, que é aquele que acima do qual, ainda se justifica testar em massa, foi definido como 9,3% para o SARS–COV–2. [3]
Sabe-se que a Prevalência nem sequer é 1%. É muito mais baixa (entre 0,05% e 0,3%). [4][5][6][7][8][9][12]
E a Especificidade também será muito mais baixa, dada a trapalhada que foi o protocolo de testagem de Christian Drosten. [11] Também ficamos com uma boa noção da verdadeira Especificidade, através da revisão da literatura científica de estudos que compararam com o Gold Standard (cultura viral). [13]
Precisar de uma Coorte de 100 mil indivíduos, para detectar 125 positivos (conforme António Costa declarou como limite) é considerado uma doença rara, sob todos os parâmetros da Epidemiologia.
É também sobejamente conhecido que, perante prevalências assim tão baixas, não se pode testar em massa, mesmo que a Especificidade seja muito elevada.
Além disso, é preciso enfatizar que mesmo a Prevalência obtida está sobredimensionada pelo próprio teste utilizado.
Conclusão:
Exortamos todos a investigarem o que é apresentado nesta publicação. A esmagadora maioria da população não está familiarizada com estes cálculos, mas na verdade, não se trata de algo particularmente obscuro. É bastante fácil de se compreender.
Depois de se compreender o que está em causa, torna-se bastante claro no que se baseia esta “Pandemia“.
Perante o exposto, colocamos as seguintes questões:
Será que estamos mesmo perante uma doença nova, ou estamos a diagnosticar doenças existentes (Gripes, Pneumonias, outros problemas respiratórios, Cancros, AVCs, problemas cardíacos, etc.) como o COVID-19?
E se realmente existe uma doença nova, qual é a sua verdadeira dimensão, se é fácil provar que a esmagadora maioria dos “casos” são falsos positivos?
Termos chegado à situação actual, só se compreende estando a nossa sociedade completamente distorcida. E nada de bom poderá daí advir.
Post-Scriptum:
Para aprofundar o tema: [10]
Fontes:
[1] «Gordis Epidemiology 6th Edition», Elsevier
[2] Mausner, J.S. & Kramer, S. (1985). Mausner and Bahn Epidemiology: An Introductory Text. Philadelphia: WB Saunders; 1985:221.
[7] «Incidence and Secondary Transmission of SARS-CoV-2 Infections in Schools », Pediatrics
[10] «Teste PCR: participação na Pandemia da COVID-19», Paradigmas. 18 de Novembro de 2020
[11] «10 Falhas Fundamentais do Teste para a COVID-19», Paradigmas. 4 de Janeiro de 2021
[12] «Coronavirus (COVID-19) Infection Survey, UK», Office for National Statistics. 30 de Outubro de 2020