Depois de vacinar a quase totalidade da população mais idosa, começou a propaganda no sentido de garantir a adesão à vacinação das crianças.
Mas fará algum sentido?
Na faixa etária das crianças, é negligenciável (senão mesmo nula) a sintomatologia grave e/ou morte, através da putativa doença. Os raríssimos casos deveram-se a outras patologias que foram associadas à COVID-19 apenas graças a um teste positivo.
Assim sendo, não faz sentido vacinar as crianças se o objectivo for salvá-las de problemas de saúde.
Outro dos aspectos pelos quais poderia fazer sentido vaciná-las, seria para prevenir que estas agissem como factores de transmissão.
Mas os próprios ensaios das vacinas não estudaram o efeito da transmissão, ou seja, não se sabe se as vacinas previnem transmissão. [1]
Além disso, as populações mais jovens foram largamente sub-representadas nos ensaios. Não se sabe como reagirão os organismos das crianças às vacinas. [1]
Mesmo especulando e partindo do princípio que as vacinas previnem o efeito de transmissão, será que ainda assim faria sentido?
Serão as crianças meios de transmissão?
Por esta altura já se acumulou literatura científica considerável acerca do tema:

1 – Um estudo com uma amostra de 2 mil crianças realizado em treze escolas no Estado Alemão da Saxónia, descobriu que as escolas e mais particularmente, as crianças, não desempenham um papel importante na transmissão, como se temia. Algumas das crianças tiveram casos positivos nas suas famílias e nem assim registaram quaisquer sinais do vírus. O estudo foi efectuado em Maio de 2020 pela Faculdade Médica de Dresden e pelo Hospital Universitário Carl Gustav Carus. [2]
2 – Num estudo publicado na Pediatrics, revista da especialidade de Pediatria, chegou-se à conclusão que a transmissão adultos-crianças ou vice-versa é muito infrequente e assim, as crianças não desempenham um papel importante na “pandemia” da COVID-19. O estudo conclui ainda que se deveria pensar em estratégias onde as escolas se mantêm abertas mesmo em épocas de transmissão da COVID-19. Ao fazê-lo, poderia minimizar-se os profundos malefícios sociais, desenvolvimentais e de saúde que as crianças têm sofrido e poderão continuar a sofrer. [3]
3 – Um estudo com 4100 pessoas recuperadas de infecção com COVID-19 na Alemanha chegou à conclusão que os adultos infectados que estiveram em contacto com crianças têm muito mais probabilidade de sofrer um curso muito ligeiro da doença. Estas conclusões sugerem que o contacto com crianças poderá ser benéfico ao permitir a imunização geral das populações sem riscos de maior. [4]
4 – Um estudo lançado também na revista Pediatrics, com uma amostra de 57 mil indivíduos (o maior estudo do género até à sua data de publicação) não encontrou qualquer relação entre cuidar de crianças e infecção com a COVID-19. [5]

5 – Em mais um estudo publicado na reputada revista da especialidade, Pediatrics, sobre incidência e transmissão secundária de infecção de SARS–CoV–2 nas escolas, em cerca de 110 mil estudantes e funcionários de 11 distritos escolares do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos da América (EUA), concluiu-se que não houve nem um único caso de transmissão de criança para adulto e que as transmissões entre crianças são extremamente raras e com consequências inócuas. [6]
6 – Um estudo coreano com 107 casos de COVID-19 pediátricos e seus 248 membros familiares, descobriu que existe uma Taxa de Ataque Secundário negligenciável (0,5%, com intervalo de confiança entre 0% e 2,65. A percentagem acima de zero, pode ser explicada por confounders e/ou vieses), o que sugere fortemente que as crianças não actuam como agentes de transmissão. [7]
7 – Um estudo levado a cabo na província de Reggio Emilia, no norte de Itália, observou uma taxa negligenciável de ataques secundários: nenhum em crianças da pré-primária, apenas um caso na escola primária e nenhum entre professores e funcionários, o que sugere claramente não haver transmissão em meio escolar. [8]
8 – Um estudo que fez a comparação entre a Finlândia e a Suécia (a primeira fechou as escolas e a segunda não), concluiu que não houve diferenças em termos de casos confirmados laboratorialmente ao nível das crianças em idade escolar, concluindo-se que o encerramento das escolas é um erro. [9]
9 – Um estudo sueco sobre mortalidade de COVID-19 em idosos em contexto residencial em Estocolmo, descobriram que não se registou um aumento de risco para idosos com mais de 70 anos que residiam com crianças, tal como não houve mais hospitalizações entre pais com crianças em ensino presencial do que pais com crianças em ensino à distância. [11]
10 – Um estudo realizado pelo Institut Pasteur em escolas do Oise, com uma amostra de 510 de crianças de seis escolas primárias: os casos declarados nestas escolas antes das férias não deram origem a casos secundários, quer entre outros alunos, quer entre professores. O estudo conclui que os pais são a fonte da infecção e não o contrário. Outros estudos também apontam nessa direcção, como atesta o professor Robert Cohen, pediatra: “as crianças não são supercontaminantes, pelo contrário, são contaminantes minúsculos”. [12]

11 – Um estudo de caso, de um menino de 9 anos, positivo no teste para a COVID-19, que continuou a viver normalmente (escolas, clube de esqui, com seus pais e os seus dois irmãos, etc.) sem contaminar nenhuma das 172 pessoas que estiveram em contacto com ele, incluindo 112 alunos e professores. [13]
Conclusão
Compete aos decisores ao nível da Saúde Pública, pesar bem os prós e os contras.
Como se pode concluir pelo exposto nesta publicação, não faz qualquer sentido vacinar crianças, porque além das vacinas não terem sido testadas em crianças nem relativamente à possibilidade de prevenir a transmissão, as próprias crianças, além de não sofrerem riscos de doença grave, também não contribuem para a transmissão (segundo a evidência científica).
Há poucos dias atrás, faleceu uma jovem italiana de 18 anos, vítima de trombose, após a toma da vacina. Uma morte perfeitamente evitável. [10]
É um exemplo do que é verossímil acontecer aos jovens com a inoculação. A vacinação em massa – por menor que seja a taxa de mortalidade -, poderá constituir uma tragédia.
Cada criança que sofrer efeitos adversos graves ou perecer através da vacina, será um crime gratuito perpetrado por aqueles, cuja necessidade de vender vacinas, ou simplesmente de prolongar a narrativa alarmista os privaram totalmente de bom-senso.
Pais, protejam os vossos filhos.
Glossário
Taxa de Ataque Secundário: medida de frequência de novos casos de uma doença entre contactos com os casos primários conhecidos.
Fontes:
«Schools have low coronavirus infection rate, German study finds», CNBC. 14 de Julho de 2020
«COVID-19 Transmission and Children: The Child Is Not to Blame», PEDIATRICS. Agosto de 2020
«COVID-19 Transmission in US Child Care Programs», PEDIATRICS. 2020
«Incidence and Secondary Transmission of SARS-CoV-2 Infections in Schools», PEDIATRICS. 2021