A apelidada “Variante Delta” (anteriormente conhecida como a “Variante Indiana“) tem vindo a ser empolada pelos Meios de Comunicação Social e algumas autoridades de saúde como a principal preocupação actual ao nível da COVID-19.
Diz-se que é mais transmissível.
Mas haverá motivos para a preocupação manifestada?
Segundo um relatório relativo à prevalência das variantes, emitido no passado dia 11 de Junho pela autoridade de Saúde Pública Britânica [1], como podemos verificar pelo Gráfico 1 na imagem principal da publicação, a Variante Delta (representada a lilás), passou de uma prevalência residual até ao início de Abril, onde começou a subir gradualmente ao longo do mês de Maio, até atingir quase 100% em meados de Junho.
Tornou-se portanto, de forma esmagadora, a variante mais prevalente entre a população britânica.
Mas será isto motivo para preocupações?
O Gráfico 2 da imagem principal da publicação, tem como fonte dados do Governo Britânico [2] e mostra-nos o número de hospitalizações alegadamente devido à COVID-19. Como se pode analisar, houve uma grande descida após o pico de infecções respiratórias, pelo que a partir de meados de Março, o número de hospitalizações tornou-se muito reduzido, mantendo-se estável em níveis baixos até agora.

Voltando ao Gráfico 1, a linha verde representa a evolução das hospitalizações do Gráfico 2, permitindo-nos visualizar cronologicamente, como as hospitalizações desceram até ao seu nível mais baixo numa altura em que a Variante Delta começou a crescer em termos de Prevalência.
O gráfico é revelador: a Variante Delta, ainda que muito prevalente, não revela qualquer influência nas hospitalizações, que se mantêm a níveis mínimos.
Como se testa positivo à Variante Delta?
Se o teste PCR para o SARS-CoV-2 já era lixo estatístico e tinha três genes como alvo (S, N e ORF1ab), para testar positivo à Variante Delta, basta que resulte positivo somente ao gene S. Ou seja, um teste com Especificidade risível, e daí o aumento nos “casos” (que não tem correspondência ao nível de hospitalizações). Não admira a conclusão de que é mais transmissível. [3]
Truque ao alcance dos prestidigitadores mais amadores.
Conclusão:
A despeito do esforço da Comunicação Social em caracterizar a Variante Delta como assustadora, esta não conseguiu estar à altura da sua reputação, pelo que, gerou-se a necessidade de avançar para a Variante Delta Plus (ainda mais transmissível).
Mas como acabamos de verificar, Delta, Delta Plus, Gold, Premium ou o que quer que lhe queiram chamar de seguida, não passa de uma série com um guião fastidioso, que se arrasta em temporadas que há muito deveriam ter terminado.
A não ser que seja introduzida qualquer variável externa, o pico das hospitalizações / mortes só ocorrerá no seu tempo próprio (Outono / Inverno), respeitando a sua sazonalidade.
Estas fábulas em forma de variantes servem para manter a população presa no medo e motivada para a vacinação, convictos tratar-se da solução para o problema percepcionado.
A população encontra-se numa espécie de colete de forças. Uma teia de aranha forjada pelo medo que tende a manietá-los cada vez mais.
Haveria uma solução fácil para que nos libertássemos dessa teia: bastava romper com esta narrativa falsa e alarmista.
Mas a maioria da população não parece estar em condições de fazê-lo e como tal, não vejo outra solução que não a derrocada da sociedade para níveis de vida deploráveis.
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