Um estudo com uma amostra de 2.000 crianças realizado em treze escolas no Estado Alemão da Saxónia, descobriu que as escolas e, mais particularmente, as crianças, não desempenham um papel importante na transmissão, como se temia. Algumas das crianças tiveram casos positivos nas suas famílias e nem assim registaram quaisquer sinais do vírus. O estudo foi efectuado em Maio pela Faculdade Médica de Dresden e pelo Hospital Universitário Carl Gustav Carus. [1]
Num estudo publicado na Pediatrics, revista da especialidade de Pediatria, chegou-se à conclusão que a transmissão adultos-crianças ou vice-versa é muito infrequente e assim, as crianças não desempenham um papel importante na “Pandemia” da COVID-19. O estudo conclui ainda que se deveria pensar em estratégias onde as escolas se mantêm abertas mesmo em épocas de transmissão da COVID-19. Ao fazê-lo, poderia minimizar-se os profundos malefícios sociais, desenvolvimentais e de Saúde que as crianças têm sofrido e poderão continuar a sofrer. [2]
Um estudo com 4100 pessoas recuperadas de infecção com COVID-19 na Alemanha chegou à conclusão que os adultos infectados que estiveram em contacto com crianças têm muito mais probabilidade de sofrer um curso muito ligeiro da doença. Estas conclusões sugerem que o contacto com crianças poderá ser benéfico ao permitir a imunização geral das populações sem riscos de maior. [3]
Segundo um relatório do Ministério da Saúde Sueco, que faz uma comparação do risco em relação às profissões, um país onde a esmagadora maioria das escolas continuou a funcionar, os professores apresentam um risco equivalente à média da população. [4]
Um estudo sueco sobre mortalidade de COVID-19 em idosos em contexto residencial em Estocolmo, descobriu-se que não se registou aumento de risco para idosos com mais de 70 anos que residiam com crianças, tal como não houve mais hospitalizações entre pais com crianças em ensino presencial do que pais com crianças em ensino à distância. [10]
A Suécia foi um dos únicos países que decidiu manter as escolas abertas, ao contrário da maioria dos países. Após serem verificados os dados, conclui-se ter-se tratado de uma decisão acertada, não se tendo registado alterações estatisticamente significativas pré e pós-COVID-19 ao nível de doença e eventos hospitalares ao nível das crianças. [6]
Um estudo lançado também na revista Pediatrics, com uma amostra de 57.000 (O maior estudo do género até à sua data de publicação) indivíduos não encontrou qualquer relação entre cuidar de crianças e infecção com a COVID-19. [5]
Em mais um estudo publicado na reputada revista da especialidade, Pediatrics, sobre incidência e transmissão secundária de infecção de SARS-CoV-2 nas escolas, em cerca de 110 mil estudantes e funcionários de 11 distritos escolares do Estado da Carolina do Norte, nos EUA, concluiu-se que não houve nem um único caso de transmissão de criança para adulto e que as transmissões entre crianças são extremamente raras e com consequências inócuas. [11]
Na verdade, as transmissões entre jovens sempre foram reconhecidas em Epidemiologia, como essenciais para se obter imunidade de grupo, facto que começa a ser reconhecido agora pela PHE (Public Health England – DGS inglesa), na pessoa da Dra. Mary Ramsay, que referiu que “se a vacina não se revelar eficaz, teremos de deixar o vírus circular pelos mais jovens.” [12] Este facto tem sido altamente ignorando no paradigma que se gerou com a suposta pandemia de COVID-19.
Descobriu-se uma prevalência de COVID-19 de 0,2% em escolas alemãs, numa amostra de mais de 110 mil crianças e adolescentes. Tendo em conta a enorme Taxa de Falsos Positivos [7][8], o número poderá estar próximo dos 0%. [9]
Um estudo com uma amostra de 12 milhões de adultos em Inglaterra, chegou à conclusão que viver com crianças diminui a probabilidade de morte por COVID-19 e não descobriu qualquer vantagem no encerramento das escolas. [15]
Outras Considerações
A Great Barrington Declaration, assinada por largos milhares de cientístas e médicos ao redor do mundo, manifesta-se contra o encerramento das escolas, considerando-o como uma “grave injustiça”. [13]
Entre outros, Martin Kulldorff, epidemiólogo de Harvard considera que não há razões científicas, nem de saúde pública para que se mantenham as escolas fechadas. [14]
Conclusão
Estes estudos indicam que as crianças apresentam um papel muito reduzido, se é que possuem algum, na suposta pandemia de COVID-19, pelo que são injustificadas as medidas draconianas aplicadas nas escolas, que poderão ter um efeito potencialmente nefasto no saudável desenvolvimento físico, emocional e psicológico dos estudantes, podendo mesmo ser contraproducentes num desfecho mais favorável no controlo da putativa pandemia.
Fontes:
[1] «Schools have low coronavirus infection rate, German study finds.» CNBC. 14 de Julho de 2020.
[5] Gilliam WS, Malik AA, Shafiq M, et al. COVID-19 transmission in US child care
programs. Pediatrics. 2020; doi: 10.1542/peds.2020-031971
[7] «Teste PCR: participação na Pandemia da COVID-19.» Paradigmas. 18 de Novembro de 2020.
[8] «10 Falhas Fundamentais do Teste para a COVID-19.» Paradigmas. 4 de Janeiro de 2021.