O aparecimento sistemático das notícias na Imprensa mundial nos anos 70 e 80 suscitou perguntas inquietantes sobre as implicações da Tecnologia do Big Brother debaixo da nossa pele.
Em 1980, o US News and World Report referiu-se a relatórios anónimos segundo os quais o Governo Federal estaria a encarar a hipótese de criar “Cartões de Identidade Nacionais sem os quais ninguém poderia trabalhar nem efectuar transacções”.
Em 1981, The Denver Post Sun perguntou em voz alta o que aconteceria se um dia os bilhetes de identidade fossem substituídos por implantes de microchips. No artigo de 21 de Junho de 1981, lia-se: «O chip, com um diâmetro igual ao da ponta de chumbo de um lápis […] é inserido numa agulha espetada numa seringa com uma solução antibacteriana […] Pode ser injectado com uma seringa simples para insulina num ser humano (ou num animal) […] É uma hóstia codificada com um único número de 12 dígitos. A agulha é protegida com uma cápsula e fica preparada, para sempre, para identificar alguma coisa, ou alguém.»
Numa edição do London Daily Mail de 1993, numa ilustração de uma página inteira, vêem-se donas de casa na Europa a fazer compras, pousando a mão num ecrã de computador ao chegaram à caixa. A título de comparação histórica, quando Sylvian Goldman inventou o primeiro carrinho de compras em 1937, teve de contratar os serviços de modelos para mostrar como funcionavam as novas engenhocas. Os seus clientes da cidade de Oklahoma estavam habituados ao velhos e pesados cestos metálicos e não sabiam o que fazer com o estranho carrinho. As revistas de 1937 estavam cheias de fotografias de donas de casa sorridentes a empurrar os novos e «confortáveis» carrinhos nos corredores. Hoje em dia, há outro tipo de imagens que enchem as páginas dos jornais, as das donas de casa com um «confortável» microchip inserido na pele. Como alguém afirmou, a História só se repete para os que não conhecem os factos.
Em 7 de Maio, o Chicago Tribune levantou questões preocupantes quanto às implicações da tecnologia do Big Brother debaixo da nossa pele.
Em Agosto de 1998, a BBC fez a cobertura da primeira implantação de um microchip num ser humano.
O Sunday Oregonian juntou-se à lista cada vez maior de órgãos de informação preocupados com as tecnologias alfanuméricas de identificação, capazes de controlar indivíduos que «sofreriam o desgaste das liberdades individuais e dos direitos de privacidade». Oartigo principal do jornal mostrava seres humanos com códigos de barras na testa.
Fonte: LIVRO: «Clube Bilderberg – Os Senhores do Mundo» de Daniel Estulin