A Obsolescência Programada tende a funcionar melhor quando um produtor tem pelo menos um oligopólio. Antes de introduzir a Obsolescência Programada, o produtor tem de saber que o consumidor é pelo menos um pouco propenso a comprar um substituto dele. Nesses casos de Obsolescência Programada, há uma assimetria de informação entre o produtor, que sabe quanto tempo o produto foi projectado para durar e o consumidor, que não sabe. Quando um mercado se torna mais competitivo, a expectativa de vida do produto tende a aumentar. Quando os veículos japoneses com maior tempo de vida entraram no mercado americano em 1960 e 1970, as industrias automóveis norte-americanas foram forçadas a responder com a construção de produtos mais duráveis.
Existem alguns sectores onde há uma forte concorrência e os consumidores têm escolhido os produtos que falharão mais rapidamente. Tudo o que é necessário é que a probabilidade de repetição de compra do mesmo produtor exceda a da escolha inicial do produtor .
Mesmo numa situação onde a Obsolescência Programada é atraente tanto para o produtor como para o consumidor poderá também haver danos significativos para a Sociedade na forma de contrapartidas negativas. A substituição, em vez de reparar produtos, gera continuamente mais resíduos, poluição, utiliza mais recursos naturais e resulta em mais gastos para o consumidor. Uma solução para esses contratempos pode envolver um consumidor a tornar-se mais “reciclável” inovando técnicas de reparação, com os recursos que tenha à mão, ao estilo MacGyver. Aplicar upcycling (reciclar produtos ou materiais, convertendo-os noutros de melhor qualidade) aos recursos, baseado em projectos caseiros, poderá compensar no orçamento, enquanto o downcycling (reciclar produtos ou materiais, convertendo-os noutros de pior qualidade) permite fins mais generalizados para a vida. Essas estratégias por parte do consumidor, poderão evitar contratempos.
Outros já defenderam a Obsolescência Programada como uma força motriz necessária por trás da inovação e do crescimento económico. Muitos produtos, tal como os DVDs, tornam-se mais baratos e mais úteis quanto mais pessoas os têm. A Obsolescência Programada também tende a beneficiar as empresas com os produtos mais modernos e actualizados, estimulando investimento adicional em pesquisa e desenvolvimento que muitas vezes tem grandes contrapartidas positivas.