As civilizações primárias que desapareceram deixando apenas traços enigmáticos da sua passagem ligam-se indirectamente aos continentes, às ilhas e às regiões submersas pelos oceanos, com cidades e templos de que os homens do Século XX, por racionalismo exaltado, negam a autenticidade de existência.
No entanto, a descoberta de construções ciclópicas e de envasamentos submarinos ao largo da ilha de Bimini (oitenta quilómetros a leste de Miami, Florida) acaba de trazer um sério apoio aos partidários da Atlântida. [1]
Para muitos, está decidido o problema: Bimini é um vestígio da grande ilha descrita por Platão. Para outros — especialmente para o professor Doru Todericiu —, tratava-se apenas de um sítio da colónia atlântida.
De recordar que o chamado “profeta adormecido” Edgar Cayce em 1938, previu que: “uma porção de templos ainda pode ser descoberta sob o lodo nas água do mar próximo a Bimini … tal deverá acontecer em 1968 ou 1969 – não muito longe disso.” A Estrada de Bimini foi descoberta em 1968 e Cayce afirmou que tal seria a “ascenção da Atlântida.” Muitas pessoas acreditam que a Estrada de Bimini é, na verdade, uma parte da Atlântida e Edgar Cayce estava correcto na sua previsão.
Cayce descreveu a Atlântida como sendo uma civilização antiga de tamanho semelhante ao da Europa, e com tecnologia muito superior. Cayce também afirmou que a Atlântida desapareceu algures no Oceano Atlântico há cerca de 10.000 anos atrás. Continuou com as suas afirmações, referindo que a Atlântida entrou em três grandes períodos de divisão, tendo os dois primeiros ocorrido em torno de 15.600 a.C. O continente foi dividido em ilhas, que Cayce apelidou de Poseida, Og, e Ariana.
Cayce também afirmou que o povo da Atlântida construíu gigantes cristais de laser como usinas de energia o que acabou por causar a destruição das suas terras. Cayce atribuiu as culpas da destruição final da Atlântida e da sua cultura a umas crescentes cobiça e luxúria. Por fim, afirmou ter havido uma grande migração de atlantes para o Egipto e que o naufrágio dos últimos remanescentes da Atlântida foram devido ao dilúvio bíblico de Noé.
Seja como for, a autenticidade da Atlântida deixa poucas dúvidas e estamos convencidos de que descobertas próximas confirmarão, definitivamente, as teses que os tradicionalistas defendem.
Os Documentos que vamos expor, sem qualquer ordem, merecem figurar no processo, porque parecem fornecer a prova de que a última ilha da Atlântida só desapareceu, possivelmente, no Século XV.
NOTA:
[1] O professor Manson Valentim descobriu em 1971: os envasamentos (supostos) de um templo, mesas esculpidas, colunas. Ter-se-ia também descoberto uma pirâmide e uma fonte de água doce de cinco metros de profundidade! Foi justamente Bimini que Juan Ponce de Léon, capitão espanhol (1460–1521), governador de Porto Rico, visitou no Século XVI, à procura de uma fonte, cuja água, no dizer dos indígenas, tinha a propriedade de rejuvenescer os velhos que nela se banhassem. São curiosas as coincidências entre Bimini e a sua fonte de água doce, a Atlântida com as suas fontes sagradas, e a fonte de Juventude, todas procuradas nestas paragens.
Lembramos que segundo a enciclopédia La Mer, n.° 16, Abril 72, o geólogo soviético N. Zirov teria retirado do monte submarino chamado Atlantis uma tonelada de discos calcários de quinze centímetros de diâmetro por quatro de espessura, lisos de um lado e rugosos do outro. Um exame mostra que esses discos se encontravam há doze mil anos no exterior.