Numa noite de inverno em 1965, Mae Doria, de Tulsa, Oklahoma, estava a conduzir o seu carro, sozinha, pela estrada de 70 quilómetros, em direcção à casa de sua irmã, em Pryor.
“Enquanto eu seguia pela rodovia 20, a poucos quilómetros a leste da cidade de Claremore, passei por uma escola e vi um menino a pedir boleia à beira da estrada. Parecia ter 11 ou 12 anos”, recordou Doria.
Preocupada com alguém tão jovem sozinho naquela noite fria, Doria parou na berma da estrada e ofereceu-se para levá-lo a algum lugar.
“Ele entrou no carro, sentou-se ao meu lado no banco da frente e começamos a falar sobre aquelas coisas que duas pessoas que não se conhecem normalmente conversam”, disse Doria.
Doria perguntou-lhe o que ele fazia por ali, e o menino respondeu:
“Estava a jogar basquete na escola”.
“O jovem tinha em torno de 1,50 metro de altura, e era bem musculado. A aparência dele era a de um menino que praticava desportos e exercitava os músculos”, recordou a senhora.
O rapaz era caucasiano, com cabelos castanho-claros e olhos azuis. Sem dar-se conta, Mae Doria transportava um adolescente fantasma.
O menino, finalmente, apontou para um aqueduto nos arredores de Pryor e pediu:
“Vou descer ali”.
Como não estivesse vendo casas nem luzes, Doria perguntou onde ele morava, ao que ele respondeu:
“Logo ali”.
Ela tentava determinar onde esse “ali” podia ser, quando o passageiro desapareceu como por encanto. Doria parou o carro imediatamente e pulou para fora.
“Andei a correr ao redor do automóvel, quase histérica. Procurei por todos os lugares, de um lado ao outro da estrada, para a direita e para a esquerda, e nem sombra do menino. Ele simplesmente se evaporou”, explicou Doria.
Mais tarde, Mae lembrou-se de que o menino não usava agasalho, a despeito do vento frio do inverno. Uma conversa casual com um empregado de uma empresa pública, dois anos depois do facto, revelou que alguém dera boleia ao rapaz fantasma, pela primeira vez, naquele mesmo lugar, em 1936.
Um encontro ainda mais estranho envolveu uma morte acidental, pela qual um fantasma que pedia boleia foi, pelo menos em parte, responsável. Em Fevereiro de 1951, Charles Bordeaux, de Miami, trabalhava no serviço de investigações especiais da Força Aérea, em Inglaterra. Um aviador americano fora alvejado e assassinado em circunstâncias misteriosas e Bordeaux recebeu a incumbência de investigar o caso.
Ficou a saber que o guarda de segurança avistara um homem a correr entre dois bombardeiros B-36. Ele gritou “Alto!” três vezes e como o homem se recusava a parar, disparou.
“Eu podia jurar que lhe tinha acertado, mas, quando cheguei àquela área do aeroporto, não havia ninguém. Ele simplesmente desaparecera”, disse o guarda.
Na realidade, a bala perdida do guarda atingiu e matou um outro piloto.
Prosseguindo com as investigações, Bordeaux falou com outro oficial, que também estivera no lugar onde se pernoita, na noite do acidente. Ele comentou que, antes do tiro fatal, estava a dirigir-se ao aeroporto, quando viu um homem com uniforme da Força Aérea a pedir boleia.
“Depoi do desconhecido ter entrado, pediu-me um cigarro. Em seguida, pediu lume”, declarou o oficial.
O oficial viu o brilho da chama com o canto dos olhos, porém, quando virou a cabeça, o passageiro havia desaparecido em pleno ar, deixando o isqueiro sobre o banco vazio.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz