A Sonae foi criada em 1959, pelo empresário natural de Arouca, Afonso Pinto de Magalhães.

Em 1982, Afonso Pinto de Magalhães, oferece 16% da Sonae a Belmiro de Azevedo, que havia sido admitido na Sonae em 1965. Após o falecimento do fundador, Belmiro de Azevedo atinge a maioria do capital, com 54,6%, assumindo o controlo da empresa.
Na década de 80 abre o primeiro hipermercado em Portugal, o Continente, na Senhora da Hora.
Na década de 90 lança a Worten, que marca a entrada da Sonae na área do retalho especializado.
Em 1998 nasce a Optimus. A operadora móvel, funde-se, em 2013, com a Zon, dando origem à NOS.

Em Março de 2015, Belmiro de Azevedo anunciou a saída de chairman da Sonae. Paulo de Azevedo foi escolhido para chairman e CEO do grupo Sonae, repartindo a presidência da comissão executiva com Ângelo Paupério. Em 2019, Cláudia Azevedo é eleita presidente executiva da Sonae pela maior empresa acionista do grupo, a Efanor. A filha de Belmiro de Azevedo iniciou funções em Maio de 2019, substituindo Paulo de Azevedo e Ângelo Paupério.
O grupo Sonae anunciou, em comunicado enviado às redações de imprensa, que em 2020, o seu volume de negócio cresceu 6,1% em comparação com 2019, atingindo mais de 6,8 mil milhões de euros, valor que a Sonae afirma ser recorde.
Em relação aos negócios de retalho, a CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, afirma que “marcas como o Continente ou a Worten viram as suas quotas de mercado no e-commerce atingirem valores bem acima das suas posições, contribuindo para um total de vendas online do grupo de cerca de 480 milhões de euros”.
A Sonae relembra que no ano passado investiu mais de 500 milhões de euros na expansão orgânica e aquisições.

Corte no subsidio de natal dos trabalhadores de 2020
As empresas do grupo Sonae descontaram no subsídio de Natal o valor correspondente aos meses que os trabalhadores foram obrigados a ficar em casa, em apoio aos filhos, devido ao encerramento das escolas no primeiro confinamento, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP).
O Ministério do Trabalho informou que as empresas não podem fazê-lo e aconselhou os trabalhadores nessa situação a pedir ajuda à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT).
Trabalho essencial / salários baixos
Com ou sem pandemia, continuam os baixos salários, continua a precariedade, a desregulação dos horários, a discriminação entre trabalhadores e a repressão nos armazéns e nas lojas.

No grupo Sonae as mulheres representam mais de 65% dos trabalhadores e auferem salários muito baixos, próximos ou iguais ao salário mínimo nacional, com esta medida são “duplamente penalizadas”, afirma o CESP.
Os trabalhadores exigem ainda o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.
A nota refere também que os últimos aumentos salariais foram feitos de forma “discriminatória”, para além de não terem reposto o poder de compra e terem mantido trabalhadores com 30 anos de casa e no topo da carreira a ganhar o salário mínimo nacional.
O que refere a constituição da república portuguesa:
Artigo 81.º
Incumbências prioritárias do Estado
- b) Promover a justiça social, assegurar a igualdade de oportunidades e operar as necessárias correções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, nomeadamente através da política fiscal;
Conclusão
Como se pode constatar o estado permite que o grupo Sonae, não cumpra o ponto referido na Constituição da República Portuguesa, ao não exercer uma das incumbências do próprio estado, como referido no ponto do artigo acima.

Facto curioso o Ministério do Trabalho, relativamente ao corte no subsidio de natal de 2020 por parte da empresa aos trabalhadores, ao ter conhecimento da situação, não ter resolvido a situação, encaminhando para as entidades competentes, mas aconselhou os trabalhadores como deveriam proceder.
Documento Original: CESP
Fonte: