
Num estudo, os investigadores mapearam sistematicamente a resposta de células T específicas para o SARS-CoV-2 numa grande corte de indivíduos expostos a familiares infectados, indivíduos não expostos e indivíduos que apresentavam COVID-19 aguda ou convalescente. Chegou-se à conclusão que o SARS-CoV-2 elícita respostas robustas de células T de memória semelhantes às observadas no contexto de Vacinas bem-sucedidas, sugerindo que a exposição natural ou infecção pode prevenir episódios recorrentes de COVID-19 grave também em indivíduos soro negativos. [1]

Um estudo de revisão da literatura, descobriu que os linfócitos de 20 a 50% de doadores não expostos apresentava reactividade significativa em relação ao SARS-CoV-2. As amostras foram recolhidas num período prévio ao advento da “Pandemia” de COVID-19, inclusive até anos antes. [2] Poderá concluir-se que estas pessoas geraram imunidade devido ao contacto com outros Coronavírus (HCoV-OC43, HCoV-HKU1, HCoV-NL63 e HCoV-229E) ou estas descobertas vêm reforçar a ideia de que o SARS-CoV-2 não é um vírus novo? [3]
Investigadores da University of Arizona Health Sciences estudaram a produção de anticorpos de uma amostra de cerca de 6000 pessoas e que descobriram que a imunidade persiste pelo menos durante largos meses após terem sido infectadas com o SARS-CoV-2. [4]
Um estudo publicado na reputada revista BMJ, levanta algumas luzes sobre a imunidade cruzada. Segundo o estudo, quando uma população conta com pessoas com imunidade pré-existente, como parecem estar a indicar os estudos com células T, o limite de imunidade de grupo com base num R0 de 2,5 pode ser reduzido de 60% para 10% da população infectada. [5]
É referido ainda que no final de 2009, meses depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado Pandemia Mundial de Gripe A, alegadamente associada ao vírus H1N1, porque é que o chamado “novo” vírus não parecia estar a causar mais infecções do que a Gripe Sazonal? A resposta reside na imunidade pré-existente na população adulta. [5]
De Itália chega-nos um estudo que constitui a prova praticamente definitiva de que o SARS-CoV-2 não se trata de um vírus novo. O estudo encontrou anticorpos específicos ao SARS-CoV-2 em amostras recolhidas em Setembro de 2019 em Itália. Pela natureza do teste e número de positivos a anticorpos restam muito poucas dúvidas: não é novo. O estudo chega mesmo a afirmar que ao encontrar anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 em Setembro de 2019, poderá ter de se reescrever a história da pandemia. [6]