Pouco antes de partir para Dallas, em Novembro de 1963, Evelyn Lincoln, secretária do presidente John Fitzgerald Kennedy, advertiu-o de que não fosse. Kennedy descartou a premonição e as consequências foram trágicas. No dia 22 de Novembro, Kennedy foi assassinado quando Lee Harvey Oswald disparou contra ele, usando uma carabina de cano longo italiana, de uma janela no sexto andar do Texas School Book Depository.
A quantidade de paralelos entre os dois presidentes americanos John Kennedy e Abraham Lincoln, também assassinado após uma advertência feita por uma pessoa que tivera a premonição da sua morte, ultrapassa os limites da mera coincidência.
Lincoln, por exemplo, tinha sido eleito presidente em 6 de Novembro de 1860, Kennedy em 8 de Novembro de 1960. Ambos também haviam sido primeiro eleitos para o congresso, com cem anos de diferença, Lincoln em 1846, Kennedy em 1946. Os homens que os sucederam na presidência também nasceram com a diferença de um século, Andrew Johnson em 1808 e Lyndon Baines Johnson em 1908. Os assassinos de ambos, John Wilkes Booth e Lee Oswald, nasceram com 101 anos de diferença entre si.
Booth alvejou Lincoln na cabeça por trás, num teatro e fugiu para um celeiro, Oswald acertou em Kennedy na cabeça, por trás de um armazém e fugiu para um teatro. Os dois assassinos, por sua vez, foram mortos antes de serem levados a julgamento. Tanto Kennedy quanto Lincoln foram assassinados numa sexta-feira, na presença das suas mulheres. Lincoln havia sido alvejado no Ford’s Theater, Kennedy num automóvel Lincoln fabricado pela Ford Motor Company.
Ambos os presidentes previram as suas próprias mortes. Lincoln comentou com um guarda, no dia em que foi assassinado, que “…existem homens que querem assasinar-me e não tenho dúvidas de que eles conseguirão. Se isso tem de ser feito é impossível evitar…”, concluiu.
Poucas horas antes de cair, atingido pelas balas de Lee Oswald, Kennedy disse à mulher, Jacqueline e a Ken O’Donnell, o seu assessor pessoal:
“Se alguém quiser alvejar-me de uma janela com uma espingarda, ninguém poderá impedi-lo. Assim, porque devo preocupar-me?”
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz