Margarida Rebelo Pinto, a escritora rosa, que já afirmou sentir repúdio de mulheres gordas, veio agora afirmar, na RTP, que acha que as pessoas que são contra as medidas excessivas de austeridade, são pouco inteligentes, pouco cívicas, e não deixam o governo de Passos Coelho trabalhar em paz.
Dado os momentos em que vivemos, em que têm chegado a público todo o tipo de informações revoltantes, sobre a corrupção e o despotismo dos vários governantes, de vários quadrantes políticos, que sucessivamente têm zelado pelos seus próprios interesses e pelos interesses dos portugueses mais “poderosos”, sobrecarregando o povo português com o ónus da dívida resultante do que foi para os bolsos de alguém, estas afirmações de Margarida Rebelo Pinto, são, no mínimo, insólitas, e só podemos considerar duas hipóteses: Ou terá ela algum interesse oculto, ou então será ela aquilo que projecta nos manifestantes portugueses – alguém profundamente inculto e pouco cívico.
Margarida Rebelo Pinto afirmou ainda que “achava muito bem” o governo ter aumentado as taxas moderadoras, esquecendo o quanto as pessoas descontam para serviços sociais.
Nunca lhe ocorreu, porventura, que à semelhança do que tem acontecido em relação à privatização de bons serviços públicos que são bons negócios, o que retira receita do estado e dos portugueses, e constitui um autêntico escândalo (como é o caso dos CTT), poderá estar em curso uma estratégia de difusão da mensagem de que o Serviço de Nacional de Saúde não é viável, e terá de ser privatizado, de forma a enriquecer ainda mais aqueles que esmagam o povo.
A escritora também afirmou que Portugal é um país sem recursos, contradizendo-se aqui um pouco. Segundo a OCDE, fora a corrupção Portugal poderia ter um estilo de vida semelhante à Dinamarca.