A Profecia é uma tradição muito apreciada. Assim, não há motivo para sermos levados a acreditar que não existam profetas aptos a praticar previsões entre nós nos dias de hoje. Na realidade, talvez haja um número maior de profetas hoje do que na Idade Média, se considerarmos o aumento considerável da população mundial.
O romancista e pensador social inglês H. G. Wells errou na previsão do início da Segunda Grande Guerra Mundial em apenas um ano e também no que concerne à localização do seu início: a estação ferroviária de Dantzig, embora tivesse acertado no país: Polónia. Homer Lee, comentarista militar, previu de modo preciso que os japoneses usariam a movimentação de tropas baseadas no golfo de Lingayen para invadir as Filipinas e impedir a passagem dos americanos em Corregidor. Isso, 32 anos antes do facto realmente acontecer.
O problema, naturalmente é que as profecias podem ser correctas, porém não terão nenhum efeito sobre eventos subsequentes se as pessoas não tomarem as necessárias providências. Temos, por exemplo, a previsão feita pelo médium profissional Cheiro, que aconselhou Lord Kitchener a não viajar por via marítima no ano de 1916. Kitchener ignorou a advertência e embarcou rumo à Rússia no Hampshire, no ano previsto. O navio foi de encontro a uma mina e afundou, levando o descrente lorde para as profundezas.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz