O movimento Occupy esteve activo um pouco por todo o mundo, conforme a descrição que fazemos do que aconteceu em vários países.
Arménia
A 11 de Fevereiro de 2012, activistas cívicos e ambientais ocuparam o parque na avenida Mashtots, Yerevan, perto da maternidade Margaryan, onde estavam a ser construídos quiosques pelas autoridades municipais. O local dos protestos foi prontamente apelidado de “parque Mashtots” – um nome que actualmente já é amplamente conhecido pela sociedade arménia.
Os manifestantes enfrentaram a violência policial à semelhança de muitos outros movimentos “Occupy”, tendo sido apresentado um relatório ao Provedor de Justiça da AR com o acordo da destruição de uma tenda, estando no interior um ocupante a dormir.
Alguns movimentos “Occupy” ainda continuaram no activo, no parque Mashtots, e o líder do Partido Verde, Armenak Dovlatyan baptizou-o como sendo a acção cívica de maior sucesso na história da República da Arménia.
Austrália
As manifestações ocorreram em Canberra, Wollongong, Perth, Sydney, Brisbane, Adelaide e Melbourne, bem como em pequenas cidades em todo o país. No protesto Occupy Melbourne em 21 de Outubro de 2011, cerca de 150 manifestantes desafiaram as ordens da polícia para desobstruir a área e foram posteriormente removidos pelo uso da força. Foram feitas 95 apreensões e foram arquivadas 43 denúncias de violência policial. Os ocupantes voltaram no dia seguinte numa caminhada contra a violência policial, reocupando vários locais desde então.
Bélgica
Em Bruxelas, ocorreu uma manifestação Occupy a 15 de Outubro, envolvendo entre 6.500 e 8.000 participantes. O protesto foi pacífico, contudo sete pessoas foram detidas na sequência da vandalização da sede do banco Dexia e da torre financeira. O movimento Occupy Antuérpia (Antwerpen) teve a sua primeira reunião no sábado, 22 de Outubro no Groenplaats, ao lado da catedral. Cerca de 150-200 pessoas participaram numa oração. A ala esquerda do Partido Socialista (PvdA) esteve presente e serviu sopa gratuita, tendo também partilhado informações sobre sua proposta de “impostos milionários”.
Até ao momento, houve quatro manifestações Occupy em Leuven. Três delas ocorreram no Grande Mercado, no centro da cidade e a outra ocorreu num edifício da cidade universitária católica. O número de manifestantes nestas reuniões variaram entre 100 e 250. Estes protestos não incluíram acampamento prolongado, mas os manifestantes afirmaram tratar-se de uma possibilidade no futuro.
O Occupy Gent começou a 29 de Outubro com 400 pessoas no Parque Sul (Zuidpark). Os manifestantes receberam a visita de apoiantes que frequentaram o “segundo dia do socialismo” (de Tweede Dag van het Socialisme), também realizada em Gent no mesmo dia.
Canadá
As manifestações Occupy têm sido realizadas em pelo menos 20 cidades canadianas desde 15 de Outubro. Naquele dia, 5.000 pessoas reuniram-se em Vancouver para protestar contra a injustiça social, enquanto 150 passaram a noite em frente à Vancouver Art Gallery. 2.000 pessoas marcharam em Toronto a 15 de Outubro e cerca de 100 continuaram a ocupar St James Park. Outros 1.000 reuniram-se em Montreal para marchar pela rua de St. Catherine abaixo; 85 tendas foram instaladas no largo de Victoria. A partir de 23 de Outubro de 2011 cerca de 40 pessoas ocuparam o Memorial Park, na rua Minto St, na baixa Sudbury e continuaram a fazê-lo.
Os eventos têm-se concentrado em áreas urbanas, não tendo ainda conseguido realizar nenhuma manifestação Occupy nos territórios de Yukon, territórios do Noroeste, ou Nunavut. Um grupo relativamente pequeno de manifestantes ocuparam com sucesso o Harbourside Park, em St. John Newfoundland durante todo o inverno de 2012. Este local, também conhecido como “King’s Beach” é simbolicamente significativo como sendo o berço do Império Britânico, e o acampamento é visto por alguns manifestantes como representando a ocupação do colonialismo cara a cara com o seu local de nascimento.
Estão em curso actualmente vários processos judiciais em todo o Canadá sobre se a expulsão dos manifestantes e a violência policial não terá sido uma violação da Carta Canadiana de Direitos e Liberdades.
Colômbia
Cerca de 800 manifestantes estudantis começaram a ocupar universidades em toda a Colômbia a 12 de Novembro.
República Checa
A 28 de Abril 2012 uma semana após a manifestação dos sindicatos e associações civis (mais de cem mil manifestantes), deu-se inicio ao acampamento “Occupy Klarov” em Praga. O Partido Pirata participou na ocupação. A polícia dissolveu o acampamento, um mês depois.
Chipre
Em 19 Novembro de 2011, alguns manifestantes iniciaram o “Acampamento Sem Fronteiras” ou “Occupy Buffer Zone“, uma ocupação permanente da zona de segurança controlada pelas Nações Unidas no centro da capital, Nicósia, exigindo o fim da divisão que dura há décadas na ilha . O movimento utilizou o hashtag do Twitter “OccupyBufferZ“. Em Junho de 2012, a ocupação da zona de segurança foi essencialmente terminada.
Dinamarca
No dia 15 de Outubro de 2011, 2.000 manifestantes apresentaram-se na praça em frente à Câmara Municipal de Copenhaga, num protesto em solidariedade com a OWS. Imediatamente após a manifestação, foi estabelecido um acampamento “Occupy Copenhague“. O acampamento foi internamente apelidado de “Plaza Amor One“. Nele viveu-se em condições climáticas severas e houve algumas tentativas de expulsão durante dois meses, até que foi finalmente derrubado pela Câmara Municipal de Copenhaga e pela polícia dinamarquesa, em 21 de Dezembro. O movimento adoptou tácticas de campo móvel, e ainda mantém todas as quartas-feiras uma Assembleia Geral e outras actividades durante a semana.
França
Cerca de 300 manifestantes começaram a ocupar a zona financeira de Paris, La Défense, a 4 de Novembro de 2011. Desde então, o acampamento foi derrubado por diversas forças policiais. De acordo com os manifestantes franceses, as relações com a polícia variaram consideravelmente. Alguns policias juntaram-se ao movimento para tomar um café e conversar amigavelmente, mas outros policias, por outro lado foram hostis e confiscaram cobertores e alimentos, deixando os manifestantes a dormir num ambiente frio e sem protecção. No dia 11 de Novembro, após um apelo feito nas redes sociais, cerca de 400 pessoas juntaram-se à ocupação. Os protestos Occupy começaram também em Nantes, Lyon, Grenoble, Marselha, Perpignan e mais 50 cidades.
Alemanha
O movimento Occupy começou na Alemanha a 15 de Outubro de 2011, com protestos Occupy em Berlim – com foco fora do Reichstag -, Frankfurt e Hamburgo. O movimento Occupy Frankfurt posteriormente assumiu residência em frente ao Banco Central Europeu, e o Occupy Berlim estabeleceu um acampamento de protesto na Igreja de Santa Maria. A 12 de Novembro grande parte dos protestos Occupy ocorreram em Berlim e Frankfurt. A polícia informou que cerca de 9.000 pessoas protestaram pacificamente perto da sede do Banco Central Europeu, e que “vários milhares” de pessoas tomaram as ruas de Berlim. Os organizadores dos protestos afirmaram que a participação cifrou-se em cerca de 8.000 em Berlim e 10.000 em Frankfurt.
Hong Kong
O movimento Occupy em Hong Kong, chamado ‘Occupy Central‘, começou a 15 de Outubro de 2011, com os manifestantes a ocuparem a praça sob o edifício principal da HSBC na Central, um marco emblemático da zona do território central de negócios. Apesar do facto dos manifestantes serem pacíficos, a HSBC moveu uma acção judicial para a sua expulsão. No dia 13 de Agosto de 2012, o Supremo Tribunal decidiu que os manifestantes deveriam deixar a área ocupada. Em 11 de Setembro de 2012, os manifestantes foram expulsos da praça por oficiais de justiça, terminando um dos acampamentos de protesto Occupy, que mais tempo duraram de forma contínua, a nível mundial.
Itália
A 15 de Outubro de 2011, cerca de 200.000 pessoas reuniram-se em Roma para protestar contra a desigualdade económica e contra a influência da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional sobre o governo. Ocorreram também muitos outros protestos noutras cidades italianas no mesmo dia.
Em Roma, militantes mascarados e encapuçados, vestindo armaduras improvisadas, estilo black bloc, participaram nos protestos centrados na praça St John Lateran e cometeram inúmeros actos de violência, arremessando cocktails Molotov e outros explosivos caseiros, queimando e explodindo carros, colocando prédios em chamas e destruindo propriedade alheia, como caixas automáticas e vitrines. As igrejas católicas Santi Marcellino e Pietro al Laterano sofreram danos, nomeadamente uma estátua da Virgem Maria que foi atirada para a rua e destruída. Vários cocktails Molotov que não explodiram foram alegadamente encontrados pela polícia, espalhados por várias ruas. Foram estimados estragos em mais de 1.000.000 de euros (o equivalente a mais de 1,3 milhões de dólares). Pelo menos 135 pessoas ficaram feridas nos confrontos daí resultantes, incluindo 105 polícias, vários dos quais ficando em estado grave. Também ficaram feridas duas equipas de reportagem da Sky Italia. Dois manifestantes viram os seus dedos ser amputados por explodirem bombas de fumo. Quase 20 pessoas foram presas no contexto da violência.
Após a manifestação de 15 de Outubro, algumas pessoas ocuparam a Praça Santa Croce in Gerusalemme de forma pacífica e começaram acampar como noutras cidades do mundo. O nome do grupo de Roma, relacionado com o movimento internacional Occupy, é Accampata Roma.
Malásia
O movimento Occupy Dataran realizou-se pela primeira vez numa assembleia na Dataran Merdeka (Praça da Independência), sete semanas antes do Occupy Wall Street, a 30 de Julho de 2011 para criar uma alternativa à democracia representativa actual, usando o modelo de assembleia popular baseada nos princípios da democracia participativa. No âmbito dos protestos globais em 15 Outubro de 2011, mais de 200 pessoas participaram no Occupy Dataran, a maior assembleia até à data. No final de Outubro, o movimento espalhou-se para Penang com o Occupy Penang e Kelantan com o Occupy Kota Bharu.
México
O movimento Occupy no México começou na Cidade do México a 11 de Outubro de 2011, com uma greve de fome em frente ao Mexican Stock Exchange highrise. Edur Velasco, um economista de 56 anos de idade e professor universitário, esteve em greve de fome durante 42 dias, sentado numa tenda no exterior do mercado de acções da Cidade do México, exigindo que o governo garantisse aos jovens um melhor acesso ao ensino superior. Dias após a sua iniciativa, assistiu-se a algo de surpreendentemente: a multiplicação de tendas no exterior do prédio da bolsa de valores. O movimento passou a ter uma ampla base. A polícia manteve-se discretamente ao virar da esquina, sentada nos seus camiões. O Occupy México, ocorre concomitantemente com muito outros protestos nacionais, condenando principalmente a guerra às drogas, que muitos associam com os interesses económicos do acordo North American Free Trade (NAFTA).
Mongólia
S. Ganbaatar, chefe da Confederação dos Sindicatos da Mongólia (CTU), anunciou que a associação iria juntar-se às manifestações Occupy que ocorreram em todo o mundo em 20 de Outubro de 2011. Ele afirmou que os banqueiros estavam a cobrar taxas de juros demasiado altas a clientes e empresas. Nos dados mais recentes, em Setembro de 2011, a taxa de juro ponderada média anual do empréstimo é de 16% na Mongólia.
Holanda
Na Holanda, ocorreram manifestações Occupy em várias cidades, principalmente Amesterdão, Haia e Roterdão.
Nova Zelândia
Em Outubro de 2011 iniciaram-se os protestos em seis cidades da Nova Zelândia: Auckland, New Plymouth, Wellington, Christchurch, Dunedin e Invercargill. Os protestos em Auckland contaram com cerca de 3.000 apoiantes.
Um sétima manifestação Occupy começou a 19 de Novembro, nos subúrbios de Lower Hutt Pomare, através de um grupo chamado “Pomare Community Voice” para realçar o que eles apelidam de “perda de comunidade” causada pela demolição de casas estatais na área.
A 23 de Janeiro, a polícia moveu-se para quatro locais de Auckland. Foram feitas duas detenções e a polícia afirmou que os campistas estavam a violar os estatutos do conselho sobre acampamentos. Os locais citados localizavam-se em Aotea Square, Queen 360 St., Victoria Park e Albert Park.
Nigéria
O Occupy Nigéria foi constituído por protestos anti-retirada do subsídio de combustível , tendo começado em 2 de Janeiro de 2012, em resposta à remoção do subsídio dos combustíveis por parte do governo federal da Nigéria no dia anterior. É um movimento contra a corrupção no governo e no serviço público, o tratamento insensível e desumano por parte dos agentes do governo e a falta de segurança da população nigeriana.
Noruega
O movimento Occupy na Noruega começou a 15 de Outubro, com protestos em Oslo e Bergen, como parte do Dia de Acção Global. Em Oslo, o movimento tem, desde então, reunido todos os sábados no centro da cidade, geralmente em Eidsvolls Plass, em frente ao Parlamento, mas, por vezes, também noutros locais, tais como Spikersuppa e Youngstorget. Em Bergen, o movimento reúne-se aos sábados na Vågsallmenningen 4 (Holbergsstatuen).
República da Irlanda
Até à data, seis cidades irlandesas testemunharam campos Occupy: Dublin, Cork, Galway, Waterford, Letterkenny e Athlone. Os protestos foram realizados em Dublin, Cork e Galway. O “The Irish Times” descreveu o movimento nos seguintes termos: “O grupo não tem estrutura hierárquica, criou uma página no Facebook e conta no Twitter – com links de imprensa social, atraindo um misto de reacções, às vezes críticas.” Os protestos em Dublin foram organizados pela “Pots & Pans – Irlanda“, e pelo grupo de protesto #OccupyDameStreet, que então convidaram “Real Democracy Now!“, “Shell to Sea“, “Tir na Saor” e muitos outros grupos não políticos a participarem e todos em conjunto montarem um acampamento no exterior do Banco Central da Irlanda, em solidariedade com o movimento Occupy Wall Street, em Nova York. A 22 de Outubro foi relatado que mais de 2.000 pessoas participaram numa manifestação organizada pela Occupy Dame Street. Este acampamento sobreviveu durante o inverno, mas foi removido pela Siochana Garda (polícia irlandesa) a 13 de Março de 2012, dias antes da parada anual do Dia de São Patrício. Na manhã de 16 de Maio de 2012, por volta das 4h30, o acampamento Occupy na Eyre Square em Galway, o mais duradouro dos grupos Occupy na Irlanda, foi removido pela Garda Siochana e pelo Galway City Council. O acampamento foi removido alegadamente porque o grupo estava a ocupar ilegalmente uma área de utilidade pública. No momento em que o acampamento foi desmantelado, haviam apenas seis manifestantes no acampamento. O acampamento durou 215 dias.
África do Sul
Na África do Sul, um movimento chamado «Taking Back South África!» surgiu como iniciativa destinada principalmente a protestar e incitar a acção em massa contra a desigualdade económica e social no país. É constituída por uma associação informal no terreno, grupos e indivíduos na África do Sul, bem como grupos baseados na Internet.
Coreia do Sul
Centenas de manifestantes realizaram comícios na capital sul-coreana de Seul de 15 a 22 de Outubro sob o lema “Occupy Seul“. Os manifestantes concentraram-se em questões tais como o recente acordo de comércio livre com os Estados Unidos, bem como os custos de ensino e arrendamento.
Espanha
Alguns grupos denominando-se Occupy Hispania – Iberia – Lusitania Indignados #Iberian R-Evolution & Unión União Ibérica, iniciaram-se com uma série de manifestações exigindo uma mudança radical na política espanhola, com os manifestantes a afirmarem não se sentirem como estando a ser defendidos por nenhum partido tradicional, nem favorecidos pelas medidas aprovadas pelos políticos. A imprensa espanhola tem relacionado os protestos com a crise económica, com a geração conturbada NEET (not in education, employment, or training) e com os actuais protestos no Médio Oriente, Norte de África, Grécia e Portugal, bem como as manifestações e motins islandeses em 2009. O movimento inspirou-se nas revoluções de 2011 na Tunísia e Egito e nas insurreições em 1968 na França e 2008 na Grécia. Os protestos foram encenados próximo das eleições locais e regionais, realizadas a 22 de Maio.
Suíça
A 15 de Outubro, entre 500 a mil manifestantes Occupy manifestaram-se em frente dos escritórios da UBS e do Credit Suisse no Paradeplatz em Zurich. Cerca de 100 manifestantes estabeleceram depois um campo Occupy nas proximidades de Lindenhof, que foi expulso pela polícia em 15 de Novembro.
Reino Unido
Inglaterra
Como parte dos protestos globais a 15 de Outubro de 2011, os manifestantes reuniram-se em Londres, Bristol, Birmingham, Glasgow e Edimburgo. A London Stock Exchange na Praça Paternoster foi o alvo inicial para os manifestantes do Occupy Londres a 15 de Outubro de 2011. As tentativas de ocupar a praça foram contrariadas pela polícia. A polícia fechou a entrada da praça como se fosse uma propriedade privada, e foi concedida uma ordem formal pelo tribunal supremo contra o acesso público à praça. 2.500 a 3.000 pessoas reuniram-se nas proximidades do lado de fora da St Paul’s Cathedral, com 250 acampados durante a noite. Um cónego da St Paul’s, o reverendo Giles Fraser, afirmou estar feliz por estarem as pessoas “a exercer o seu direito ao protesto pacifico” fora da catedral, tendo sido estabelecido um acampamento por tempo indeterminado. Outros protestos menores ocorreram em Birmingham e Nottingham. Em 17 de Outubro, foi estabelecido um acampamento por tempo indeterminado no College Green, em Bristol. No dia 29 de Outubro, também foi estabelecido um acampamento no Victoria Gardens, em Brighton, e passou de seis para cerca de 20 tendas apenas numa semana. Além disso, foram se estabelecendo mais acampamentos Occupy em Liverpool, na Universidade de Bournemouth, em Bradford, Leeds, Cardiff, Sheffield, Thanet, Newcastle upon Tyne, Plymouth, Exeter, Norwich e Lancaster. A 8 de Janeiro de 2012, a policia de Lancaster prendeu quatro integrantes do Occupy Lancaster que ocupavam um hotel abandonado no centro da cidade.
A 11 de Novembro, a polícia prendeu 170 membros da English Defence League (EDL) no Armistice Day, quando os serviços secretos revelaram que membros da EDL planeavam atacar campistas na St Paul’s Cathedral.
No dia 15 de Novembro, foi estabelecido um acampamento Occupy no centro de Leicester, perto do centro comercial Highcross. A 25 de Novembro, foi criado um acampamento Occupy em Liverpool, perto da Walker Art Gallery. Como a 30 de Novembro de 2011, aconteceu uma acção grevista nacional, um grupo de estudantes ocupou a University of Sheffield Arts Tower em solidariedade, não se limitado, no entanto, ao movimento Occupy.
Irlanda do Norte
Na Irlanda do Norte, o Occupy Belfast iniciou o seu protesto em frente dos escritórios da Invest NI a 21 de Outubro. O grupo Occupy Belfast assumiu residência na praça Writer’s, na Cathedral Quarter e também assumiu o controlo de um edifício abandonado, propriedade do Banco da Irlanda, renomeando o edifício como People’s Bank, com planos de abrir uma biblioteca e alojamento para os sem abrigo, para ser um centro da comunidade. Espera-se que um Occupy Derry aconteça num futuro próximo.
Escócia
Foram criados alguns acampamentos Occupy no distrito financeiro de St. Andrew Square, Edimburgo, a 15 de Outubro de 2011. A praça de St. Andrews é a casa do Royal Bank of Scotland, sediada na mansão Dundas House. O município de Edinburgh City apoiou oficialmente o movimento Occupy Edimburgo e o movimento Occupy a nível global.
Os manifestantes do Occupy Glasgow estabeleceram-se na George Square, em 15 de Outubro, mas depois do conselho ter obtido uma ordem judicial mudaram-se para Kelvingrove Park, onde o município concordou em fornecer água corrente, casas de banho e vedações de segurança.
Estados Unidos da América
As manifestações Occupy Wall Street começaram em Nova Iorque a 17 de Setembro de 2011. Algures à volta de 9 de Outubro, algumas manifestações semelhantes começaram a suceder em 70 grandes cidades e mais de 600 comunidades em todos os EUA. O movimento rejeita as instituições políticas existentes e promove uma tentativa de criar alternativas através de acção directa e democracia directa. O lema dos manifestantes Occupy é , “Nós somos os 99%” e afirmam que os “99%” pagam pelos erros de “1%”.
O local escolhido originalmente, por parte dos manifestantes foi a praça One Chase, o local da estátua “Charging Bull“, mas quando a polícia descobriu qual era o local planeado, este foi cercado, tendo o Zuccotti Park sido então escolhido como alternativa. Houve pouca cobertura da imprensa até 24 de Setembro, quando uma grande marcha que forçou o encerramento de diversas ruas, resultou em 80 detenções. A polícia usou uma técnica chamada “netting” (uso de redes de plástico laranja para encurralar os manifestantes). A marcha recebeu ampla cobertura da imprensa, quando um vídeo de várias mulheres jovens “encurraladas” pela polícia, foram pulverizadas por spray de pimenta, algo que foi amplamente divulgado. A cobertura da imprensa foi novamente deflagrada a 1 de Outubro, quando os manifestantes de Nova York tentaram marchar através da ponte de Brooklyn, tendo sido feitas mais de 700 detenções. Algumas pessoas afirmaram que a polícia tinha enganado os manifestantes, permitindo-lhes marchar sobre a ponte e até mesmo escoltando-os parcialmente através desta, antes de começarem a fazer detenções em massa.
No dia 25 de Outubro, os agentes policiais “limparam” dois Occupy em Oakland. A polícia disparou bombas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, alegadamente em resposta a objectos que haviam sido arremessados pelos manifestantes. Os organizadores do protesto, afirmaram que muitos dos desordeiros não faziam parte do movimento Occupy. O ataque foi descrito como “violento e caótico, em certos momentos” e resultou em mais de 102 detenções. Scott Olsen, um ex-fuzileiro naval e veterano da guerra do Iraque e membro do Veterans for Peace, sofreu uma fractura craniana causada por um projéctil que testemunhas acreditam ter sido uma lata de gás lacrimogéneo ou de fumo disparada pela polícia. A 2 de Novembro, os manifestantes em Oakland, Califórnia, encerraram o porto de Oakland, o quinto porto mais movimentado no país. A polícia estima que reuniram-se cerca de 3.000 manifestantes no porto e outros 4.500 marcharam sobre a cidade.
Por volta da 1 da madrugada de 15 de Novembro, a polícia cancelou o acampamento em Zuccotti Park. Vários jornalistas reclamaram que a polícia tinha tomado a decisão deliberada de mantê-los longe do parque durante o ataque. Os jornalistas de Nova Iorque responderam ao que consideraram ser uma “supressão, abuso e detenções de jornalistas de forma alarmante” formando a “Coligação para a Primeira Emenda” para “monitorizar as relações entre a polícia e a imprensa como forma de destacar actividades policiais que ameaçam protecções constitucionais”. O director executivo Alison Bethel McKenzie do International Press Institute comentou: “É completamente inaceitável que se levantem obstáculos à informação sobre um assunto que é, sem dúvida, de interesse público. Essa comunicação é vital para a democracia e as autoridades em todos os níveis do governo – federal, estadual e local – devem cumprir a sua obrigação constitucional de não atentar contra a liberdade de imprensa “.
No dia 6 de Dezembro, Occupy Homes, um ramo do Occupy Wall Street, iniciou um “dia nacional de acção” para protestar contra os maus tratos infligidos por grandes bancos, aos proprietários, que afirmando que os primeiros lucraram biliões de dólares graças à bolha imobiliária, oferecendo empréstimos predatórios e favorecendo práticas nas quais houve um aproveitamento desleal em relação aos consumidores. Em mais de duas dezenas de cidades de todo o país, o movimento assumiu a crise da habitação pela reocupação de casas hipotecadas, interrompendo leilões bancários e bloqueando despejos.
No dia 17 de Setembro de 2012, os manifestantes voltaram a Zuccotti Park para marcar o aniversário de um ano do início da ocupação. A 26 de Setembro, os administradores da Universidade da Califórnia concordaram em pagar cerca de 1 milhão de dólares para encerrar uma acção judicial interposta por estudantes da Universidade da Califórnia, que foram pulverizados com spray pimenta pela polícia numa manifestação a 18 de Novembro de 2011. Os estudantes tinham-se reunido para protestar contra o aumento dos custos de matrícula e redução dos serviços.
O movimento Occupy abrandou consideravelmente nos últimos meses.