Há uma história contada pelos Avós dos descendentes maias a respeito de um dos mais famosos profetas da história, o próprio Michel de Nostredame, mais conhecido por Nostradamus. Don Ramón Carbala, um sábio maia, contou-me o que se segue, após um ritual do fogo, no centro cerimonial de Tikal.
– A história esqueceu tudo acerca de um homem em particular, um médico. Ninguém sabe se ele era espanhol ou alemão, porque se apresentava por vezes como Ulricho de Maguncia e outras como Ulrich von Maguncen. Este médico veio para as Américas com os conquistadores e, nas batalhas, tanto tendia para o lado dos espanhóis como para o dos indígenas. Os seus superiores não estavam satisfeitos; não queriam que ele tratasse os nativos. Depois de ser várias vezes interrogado, Maguncia respondeu que tinha de se manter fiel ao seu juramento de Hipócrates. Os capitães espanhóis argumentaram que ainda não fora determinado se os aborígenes eram ou não humanos. Maguncia declarou que regressaria à Europa se não fosse autorizado a tratar de igual modo todos os doentes. Como ele era o único médico, os espanhóis foram forçados a aceitar as suas condições. Quando os conquistadores chegaram a Chichén Itzá, no México, os sacerdotes maias já tinham ouvido falar da posição de Maguncia e convidaram-no a trocar ideias, ele acompanhou-os à selva e deixou de se ouvir falar dele durante catorze anos. Os espanhóis partiram do princípio de que morrera. Na verdade, Maguncia estudava as Ciências maias – a medicina, a astronomia e a astrologia em particular.
«Quando a peste atingiu a Europa, os Anciãos maias tiveram medo de que ela viajasse até às Américas e causasse aí ainda mais mortes. Ensinaram a Maguncia como controlar o problema e pediram-lhe que regressasse.
«As autoridades espanholas civis e religiosas na cidade de Mérida, no México, ficaram chocadas quando ele surgiu perante elas, de cabelo comprido e vestido com uma túnica maia branca. Ele pediu permissão para regressar à Europa e foram-lhe por fim concedidos os fundos para financiar a sua viagem. Maguncia escolheu ir para França, pois fora aí que estudara para o sacerdócio, antes de se tornar médico. De modo bastante estranho, renunciara aos seus votos no dia em que fora ordenado e voltara-se para o estudo da medicina.
«De regresso ao caos em que se encontrava a Europa, Nostradamus foi um dos primeiros dos alquimistas, médicos e feiticeiros que Maguncia recrutou. Para se livrarem da praga, ensinou-lhes a ferver a água, a queimar as roupas dos falecidos e a porem cal nas sepulturas e nas paredes das casas.
«Depois da peste estar sob controlo, sete pessoas começaram a estudar aquilo que Maguncia aprendera com os Anciãos maias. Nostradamus tornou-se o seu discípulo mais próximo e aprendeu a adivinhar, usando o caldeirão. A técnica maia, ao contrário da europeia, usava quartzo em pó e mercúrio para obter maior clareza das imagens do passado, do presente e do futuro. Nostradamus estudou também astrologia maia e técnicas de projecção. Muitas das quadras das suas «Centúrias» apenas podem ser compreendidas se estivermos familiarizados com a astrologia maia e os especialistas maias continuam a fazer projecções acerca das «Centúrias» de Nostradamus. Todas concordam em que 21 de Dezembro de 2012 não é o fim do mundo, mas uma mudança no estado da humanidade.
«Ulrico de Maguncia e Nostradamus formaram uma sociedade secreta em que ensinavam a antiga alquimia, a astrologia e as técnicas de magia trazidas do Egipto, da Índia, da Grécia e do mundo maia. Nostradamus ficou à frente deste grupo quando Maguncia voltou às Américas.»