O Detective Paranormal

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Medium Phil Jordan
Medium Phil Jordan

Ninguém está mais sujeito ao cepticismo da população em geral do que policias que confiam em médiuns, especialmente quando eles trazem a público a notícia. Na manhã de Domingo, 4 de Agosto, Tommy Kennedy foi a um piquenique perto do lago Empire, em Nova York e desapareceu. Em pouco tempo, todos foram chamados para ajudar nos trabalhos de busca do menino desaparecido de apenas 5 anos, desde turistas ocasionais, que visitavam o lago, até ao xerife do município de Tioga. Ninguém encontrou qualquer vestígio do menino e a mãe de Tommy foi ficando cada vez mais desesperada.

Por volta das 18 horas, quase cem pessoas estavam a explorar a floresta da região. Finalmente, Richard Clark, um bombeiro que participava das buscas, sugeriu que chamassem Phillip Jordan, conhecido médium local que, por sinal, era seu inquilino. Ninguém deu ouvidos à ideia, excepto David Redsicker, o comissário adjunto, que já vira o médium a trabalhar.

Naquela noite, Jordan visitou o casal Clark, na residência destes em Spenser, Nova York. Sem dizer-lhe nada, o bombeiro entregou ao médium a camisa de mangas curtas que o menino perdido usara. Após manuseá-la por vários minutos. Jordan pediu lápis e papel. Em seguida, começou a mapear o lago, com uns barcos embarcados e uma casa junto a uma rocha.

“É aqui que eles encontrarão o menino. Posso vê-lo, deitado sob a árvore, com a cabeça apoiada nos braços. Ele dorme profundamente”, explicou.

Imediatamente, a informação foi transmitida ao escritório do xerife. No dia seguinte, Clark e Jordan foram ao lago Empire para continuar as buscas. A mãe de Tommy, naturalmente, estava presente e cooperava com a patrulha e nessa vez, o médium examinou o par de tenis do menino. A sua segunda série de impressões combinou com a primeira. Assim, a patrulha dirigiu-se para a floresta, à procura da árvore e da casa descritas pelo médium.

Tommy foi encontrado em menos de uma hora, no local exacto identificado pelo médium no seu mapa. O menino desorientara-se no dia anterior e caminhara na direção errada, até ficar irremediavelmente perdido na floresta. Passara a noite a chorar e acabara por adormecer sob uma árvore.

Jordan recebeu um distintivo de comissário adjunto honorário pela sua ajuda no caso.

“O menino ficou deitado a dormir debaixo daquela árvore durante a maior parte das 24 horas em que se perdeu. Jordan simplesmente usou algum tipo de talento paranormal que nós não temos. Eu não hesitaria em chamá-lo novamente, se achasse que ele poderia ajudar”, declarou o xerife Raymond Ayres.

Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz

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