O acaso sempre desempenhou papel importante nas descobertas científicas. Consideremos, por exemplo, o caso do engenheiro russo Semyon Kirlian, que, em 1939, reparava um aparelho de electroterapia. Quando a sua mão se aproximou demasiado de um eléctrodo carregado, o flash e o choque resultantes aguçaram-lhe a curiosidade, o que aconteceria se ele usasse a própria descarga eléctrica como um tipo de apoio para as fotos feitas com flash?
Para surpresa de Kirlian, a primeira foto, da sua própria mão, revelou uma descarga semelhante a uma aura, que envolvia os dedos e a palma da mão. Foi o nascimento da fotografia de Kirlian e o seu descobridor dedicaria os próximos quarenta anos da sua vida, ao aprofundamento e desenvolvimento do método.
Em pouco tempo, Kirlian descobriu que, entre outras aplicações, o seu método podia, aparentemente, determinar a saúde de um espécime em particular. Essa constatação aconteceu quando um colega tentou enganá-lo, dando a ele duas folhas supostamente idênticas para análise. Quando as suas fotos mostraram “auras” dramaticamente diferentes, Kirlian chegou a pensar que o equipamento pudesse estar com defeito. O colega finalmente admitiu que a amostra com a aura mais fraca fora tirada de uma árvore doente, enquanto a outra folha viera de uma planta perfeitamente saudável.
Muitas teorias foram propostas para explicar o efeito Kirlian, campos electromagnéticos que circundam o corpo, cargas eléctricas eliminadas por camada de suor e até mesmo a “força vital” etérea.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz