A conquista dos céus foi iniciada, supostamente, em 17 de Dezembro de 1903, quando dois inventores norte-americanos, os irmãos Orville e Wilbur Wright, realizaram o primeiro vôo autopropelido, com uma aeronave mais pesada que o ar, cobrindo alguns poucos metros (37-260m) sobre as dunas de areia em Kitty Hawk, Carolina do Norte. Sete anos antes daquele breve, porém monumental vôo, em Novembro de 1896, alguma coisa aparentemente construída pelo homem foi vista nos céus de São Francisco.
Em Abril do ano seguinte, quando aumentaram os comentários sobre o caso, o grande aeóstato de 1897 já fora visto nas costas leste e oeste e em todo o Meio-Oeste dos Estados Unidos da América, desde Chicago até ao Texas.
Quase nenhuma comunidade foi poupada. No entanto, o omnipresente aeróstato de 1897 nunca chegou a ser satisfatoriamente explicado. Os historiadores da aviação oficial recusam-se a aceitá-lo. Porém, as manchetes das primeiras páginas dos jornais da época falaram da misteriosa aeronave como se fosse um OVNI dos tempos actuais. Historiadores e sociólogos foram instados a explicar esses relatórios oficiais.
De modo geral, as aparições podem ser classificadas em duas categorias: algumas pessoas descreveram apenas luzes noturnas e feixes de iluminação brilhante, outras falaram de uma magnífica máquina voadora tripulada por um estranho grupo de indivíduos. A nave quase sempre foi vista a pairar sobre os campos, normalmente passando por algumas pequenas reparações, antes de prosseguir em seu caminho.
Houve tanta especulação sobre as origens da aeronave que inventores famosos como o norte-americano Thomas Alva Edison, inventor do fonógrafo e da lâmpada incandescente, convocavam, regularmente, jornalistas para conceder entrevistas colectivas, negando que a invenção fosse deles. Outros inventores, menos honrados, chegavam a reivindicar a invenção do grande balão, embora jamais pudessem produzir um único modelo que funcionasse. Todavia, no Outono de 1897, as aparições da aeronave foram sensivelmente reduzidas e na mudança de século, praticamente ninguém mais a viu.
Não obstante, estudiosos de Fenómenos Estranhos continuam a investigar sobre o significado do grande aeróstato até aos dias de hoje. Charles Fort, o maior catalogador norte-americano de Fenómenos Estranhos, sugeriu que a máquina voadora foi simplesmente uma idéia de tempos que ainda estariam por vir. Outros acreditam que o grande balão de 1897, de alguma forma, acelerou os posteriores avanços na tecnologia da aviação.
Os irmãos Wright talvez não tenham sido inovadores inocentes, chegam a sugerir alguns, afirmando que eles teriam sido ferramentas involuntárias de uma necessidade evolucionária inconsciente. Determinados estudiosos chegam mesmo a sugerir que esse impulso de progresso é espelhado no predomínio dos relatórios actuais sobre OVNIs.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz