Contam-se muitas histórias de animais vivos ou mumificados encontrados dentro de pedras. Grande parte delas refere-se a sapos e rãs. Uma dessas histórias conta que durante a construção da Hartlepool Waterworks, nas proximidades de Leeds, Inglaterra, em Abril de 1865, os operários da pedreira supostamente encontraram um sapo vivo dentro de uma pedra calcária de 200 milhões de anos. O sapo, a uma profundidade de 7,50 metros, deixara a forma de um molde perfeito na pedra.
De acordo com relatos jornalísticos, o sapo estava vivo, mas era incapaz de coaxar, porque a sua boca se fechara para sempre. No entanto, eram emitidos ruídos semelhantes a latidos pelas narinas. Com excepção do comprimento extraordinário das patas traseiras, ele parecia ser um espécime normal, embora tenha morrido poucos dias após ter sido encontrado.
Mais ou menos nessa mesma ocasião, a revista Scientific American publicou uma matéria a relatar como o mineiro Moses Gaines abriu uma grande pedra arredondada e encontrou um sapo escondido ali dentro, novamente como se a rocha tivesse acabado de fechar-se ao redor dele. O animal foi descrito da seguinte maneira:
“Oito centímetros de comprimento, muito roliço e gordo. Os olhos eram bem maiores do que os das espécies de mesmo tamanho, como os que vemos todos os dias”.
O sapo de Gaines também estava vivo, embora preguiçoso.
“Tentaram fazê-lo saltar, tocando-o levemente com um pedaço de pau, mas ele não lhes deu atenção”, reportou a revista.
Essas histórias e outras abriram uma verdadeira caixa de Pandora científica, que ainda não foi satisfatoriamente fechada. O Dr. Frank Buckland tentou reproduzir o feito colocando sapos dentro de blocos de pedra calcária e arenito e enterrando-os a uma profundidade de 1 metro no seu jardim. Um ano depois, quando retirou as pedras, os sapos fechados nos blocos de arenito estavam todos mortos. Em compensação, os sapos colocados dentro de pedras calcárias saíram-se melhor, dois estavam vivos e na verdade, até chegaram a aumentar de peso. Mas quando Buckland repetiu a experiência, para que não restasse nenhuma dúvida, todos os sapos morreram.
Não desanimado com o resultado negativo, um francês conhecido como monsieur Séguin foi ainda mais longe. Em 1862, ele colocou vinte sapos em gesso calcinado em Paris e deixou o bloco secar. Então, enterrou-o. Quando Séguin abriu o bloco, doze anos mais tarde, conforme a história, quatro dos sapos ainda estavam vivos.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz
