O que até á poucos anos atrás parecia ficção científica, torna-se agora realidade. A empresa dos EUA Ball Aerospace & Technologies Corp está a desenvolver um protótipo espacial do satélite de espionagem da próxima geração. A “MOIRÉ” (Membrane Óptic Imager Exploitation Real-Time, que é a sua sigla em inglês) será capaz de fornecer imagens e streamings de vídeo em tempo real a qualquer hora e em qualquer lugar na Terra.
A sua tarefa será compensar lacunas na operação de aviões de espionagem que têm um território e um tempo de observação limitado e, além disso, são vulneráveis a defesas aéreas inimigas. Especificamente, será dedicado a seguir as instalações de lançamentos de mísseis que se movem na terra com uma velocidade de 100 quilômetros por hora.
Os “MOIRÉ” serão colocados em órbita geoestacionária e cobrirão uma área de 100 quilômetros quadrados cada um, com uma resolução óptica de pelo menos três metros. Farão observações 24 horas por dia, renovando a imagem a cada segundo, e transmitindo os dados simultaneamente para o centro de controlo na Terra.
O satélite inovador baseia-se numa fina óptica com uma abertura de entrada de luz (ou seja, o diâmetro do feixe na entrada) de 20 metros. Para se ter uma ideia, a abertura do infravermelho do telescópio espacial James Webb que a NASA está a desenvolver para substituir o lendário Hubble será de apenas 6,5 metros.
O projecto foi encomendado pela Agência de Projectos de Pesquisa Avançados da Defesa dos Estados Unidos. (DARPA, que é a sua sigla em inglês). Na segunda etapa, a Ball Aerospace pretende construir um satélite protótipo de 5 metros e testá-lo nos seus laboratórios. A terceira etapa envolve a construção de um satélite em tamanho real, de 10 metros de altura, e realizar um vôo de teste em órbita. Prevê-se que o “MOIRE” , uma vez construído, custará cerca de 500 milhões de dólares.
Fonte: RT (Russia Today)
Artigo Original: http://actualidad.rt.com/ciencia_y_tecnica/electronica_tecnologia/issue_34106.html