Falsas bandeiras (False Flag em Inglês) são operações conduzidas por governos, empresas ou outras organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo ou concorrente, de modo a tirar partido das consequências resultantes. O nome é retirado do conceito militar de utilizar a bandeira do inimigo. Operações de falsa bandeira já foram realizadas tanto em tempos de guerra como em tempos de paz.
Exemplos de operações de falsa bandeira realizadas para obter pretexto para entrar numa guerra:
- Em 1931, o Incidente de Mukden (também apelidado de Incidente da Manchúria) foi um episódio provocado deliberadamente por militares japoneses e utilizado como pretexto para a invasão e anexação japonesa da Manchúria.
- Em Agosto de 1939 deu-se o Incidente de Gleiwitz. Tratou-se de um ataque forjado contra o estação de rádio Sender Gleiwitz, em Gleiwitz, Alemanha (a partir de 1945, Gliwice passou a pertencer à Polónia). Este ataque foi parte de uma série de provocações realizadas pela operação Himmler, um projecto da SS Nazi para criar a aparência de um ataque provocado pelos polacos e utilizado como justificação para a invasão da Polónia
- Em 1953, a operação Ajax foi orquestrada pela Grã-Bretanha para derrubar o regime democraticamente eleito do líder iraniano Mohammed Mosaddeq. Além de da operação de falsa bandeira, várias tácticas de propaganda foram então usadas para derrubar o regime. As informações acerca desta operação foram abertas ao público.
- Em 1954, Israel patrocinou uma operação contra os interesses dos Estados Unidos e Grã-Bretanha no Cairo, com o objectivo de provocar problemas entre o Egipto e o Ocidente. Devido a esta operação, mais tarde apelidada de Caso Lavon, o então ministro da defesa de Israel, Pinhas Lavon, demitiu-se. Israel admitiu a responsabilidade por esta operação em 2005.