Algumas premonições transformam-se em factos concretos, outras não, por mais reais e terríveis que possam ser os eventos que elas descrevam. Tomemos, por exemplo, o caso do décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América, Abraham Lincoln, que previu o seu próprio assassinato num sonho.
Lincoln contou o seu sonho premonitório a um amigo íntimo, Ward Hill Lamon, que deixou um relato por escrito para a posteridade. “No sonho, parecia haver uma tranquilidade semelhante à morte ao meu redor. Então, ouvi soluços abafados, como se várias pessoas estivessem a chorar. Julguei ter-me levantado da minha cama e descido a escada até ao pavimento inferior. Não havia nenhuma pessoa viva por perto, porém os mesmos lamentos de pesar e angústia acompanhavam-me, enquanto eu caminhava. Continuei a andar até chegar ao salão leste e ali tive uma surpresa repugnante”. Diante de mim estava o carro fúnebre, onde havia um cadáver enrolado numa túnica. Ao lado daquele veículo estavam vários soldados perfilados, como guardas de honra. “Quem morreu na Casa Branca?”, perguntei a um dos soldados, “O presidente. Foi morto por um assassino”, foi a resposta, conta Lincoln.
Poucos dias depois dessa narração, o presidente foi morto, assassinado pela pequena pistola de John Wilkes Booth. Mortalmente ferido, Lincoln foi levado do Ford’s Theater para uma casa do outro lado da rua. Após a sua morte, o seu corpo ficou exposto para visita pública no salão leste da Casa Branca, exactamente como no sonho premonitório de Lincoln.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz
