Organismos Geneticamente Modificados (OGM) – Utilidades

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Organismos Geneticamente Alterados
Organismos Geneticamente Alterados

Os OGM são utilizados em pesquisas biológicas e médicas, produção de medicamentos, medicina experimental (terapia genética, por exemplo) e agricultura (por exemplo o arroz dourado). O termo “organismo geneticamente modificado” não implica sempre, embora possa incluir, inserções específicas de genes de uma espécie para outra. Por exemplo, um gene de uma medusa, que codifica uma proteína fluorescente chamada GFP, pode ser ligado fisicamente e, portanto, ser co-expressado com genes mamíferos para identificar a localização da proteína codificada pelo gene rotulado como GFP nas células dos mamíferos. Tais métodos são ferramentas úteis para biólogos em muitas áreas de pesquisa, incluindo aqueles que estudam os mecanismos das doenças humanas entre outras ou processos biológicos fundamentais nas células eucarióticas e procarióticas.

Até à data, a mais controversa, mas também aquela que tem sido a aplicação mais amplamente adoptada da tecnologia dos OGM tem sido a alimentação protegida por patentes que é resistente a herbicidas comerciais ou é capaz de produzir proteínas pesticidas dentro da própria planta, ou ainda sementes combinadas que são capazes de ambas as coisas. A maior parte das culturas geneticamente modificadas plantadas no mundo são de propriedade da empresa Monsanto. Em 2007, as biotecnologias com a marca da Monsanto foram plantadas em 246 milhões de hectares ((1.000.000 km2) em todo o mundo, um crescimento de 13% em relação a 2006. No entanto, as patentes sobre os primeiros produtos da Monsanto a entrar no mercado irão expirar em 2014, dando oportunidade a que esses produtos da empresa sejam democratizados. Além disso, um relatório de 2007 da Comissão de Investigação do Espaço Europeu Comum prevê que em 2015, mais de 40% das novas plantas geneticamente modificadas que venham a entrar no mercado global sejam desenvolvidas na Ásia.

No mercado do milho, o milho modificado triple-stack da Monsanto, que combina tecnologia Roundup Ready 2 com o controlo de ervas daninhas do milho YieldGard Borer e o controlo de insectos da YieldGard Rootworm é o líder de mercado nos Estados Unidos. Os agricultores norte-americanos de milho plantaram mais de 32 milhões de acres (130.000 km2) do milho triple-stack em 2008, e é estimado que a plantação do produto possa abranger 56 milhões de acres (230.000 km2) em 20142015. No mercado do algodão, o Bollgard II com Roundup Ready Flex foi plantado em aproximadamente 5 milhões de acres (20.000 km2) do algodão norte-americano em 2008.

Segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA), dos cerca de 14 milhões de agricultores que cultivaram lavouras GM em 2009, cerca de 90% eram agricultores pobres de países em desenvolvimento. Estes incluem cerca de 7 milhões de agricultores nas áreas de produção de algodão da China, um número estimado de cerca de 5.6 milhões de pequenos agricultores na Índia (algodão biotecnológico), 250 mil nas Filipinas e África do Sul (algodão biotecnológico e milho e soja transgénicos, muitas vezes cultivados como sendo a subsistência de mulheres agricultoras) e outros doze países em vias de desenvolvimento que cultivaram lavouras GM em 2009. Outros 10 milhões de agricultores pobres e de poucos recursos podem ter sido beneficiários secundários do algodão biotecnológico na China.

O valor comercial global das culturas transgénicas cultivadas em 2008 foi estimado em 130 biliões de dólares.

Nos EUA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) produziu um relatório sobre a extensão total de variedades de OGM plantados. De acordo com o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas, os estados publicados nestas tabelas representam de 81 a 86% de toda a extensão de milho plantado, de 88 a 90% de toda a extensão de soja plantada e de 81 a 93% de toda a extensão de algodão herbáceo plantado (dependendo do ano).

O USDA não colecta os dados da extensão global. As estimativas são produzidas pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agro-biotecnologia (ISAAA) e podem ser encontradas no relatório “Situação Global da Comercialização das Lavouras Transgénicas: 2007“.

Os animais transgénicos também se estão a tornar comercialmente úteis. Em 6 de Fevereiro de 2009, a Food and Drug Administration (FDA) norte-americana aprovou o primeiro fármaco biológico humano a partir de um animal transgénico: uma cabra. A droga, ATryn, é um anticoagulante que reduz a probabilidade de coágulos de sangue durante a cirurgia ou parto. É extraído a partir do leite de cabra.

Índice dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM): https://paradigmas.online/?p=218

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