Os Illuminati são apenas um reflexo exterior

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Illuminati
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Os Illuminati são uma pedra de tropeço no nosso caminho, pois que os Illuminati sempre existiram ou, ao menos, pessoas tais que agiram segundo princípios similares.

Estais conscientes de que, nos nossos dias, a maior parte dos seres humanos teria a mesma atitude se lhes fosse concedido o mesmo poder e a mesma riqueza? Se nos fiarmos no que eles são, eles também venderiam a humanidade para satisfazer as necessidades do seu ego demente.

O que acontece em grande escala é idêntico ao que acontece em pequena escala. Trata-se aqui de controlo e poder. Os Illuminati querem controlar o nosso planeta, assim como o presidente quer controlar o seu país, o presidente da câmara, o seu município, o papa, a Igreja, o padre, os seus fiéis, o patrão, a sua empresa, o pai, a sua família, a mãe, o seu trabalho e a criança, o seu cão.

Diga-mo-lo novamente: os Illuminati não teriam tanto poder se os seres humanos não se deixassem manipular. StalinNapoleão ou Saddam Hussein não mataram nenhum ser humano, que seja do meu conhecimento. Eles mandaram matar, quer dizer que eles se serviram da nossa ignorância e da nossa indolência, que retornaram contra nós.

Os seres humanos cuja concepção do mundo repousa sobre a dualidade e tornaram responsável de todos os males SatanásBaphomet ou Ariman ou então aguardam JesusBuda ou o mestre Maitreia para serem salvos ou redimidos, dão provas, a meu parecer de completa dependência e da imaturidade da alma e são dignos de piedade. A partir do momento em que um ser humano manifesta tais tendências, ele prova que é dependente de não importa quais forças ou poderes, que lhes é absolutamente submisso e não pode ter responsabilidade por si mesmo e pelos outros.

Não é nada que os poderosos homens da Igreja em todas as grandes religiões do mundo não tenham constantemente humanizado e arrumado à sua maneira as doutrinas dos seus profetas e dos seus santos. Isto teve como consequência de que os crentes entregaram-se a eles, a fim de que estes assumam, no seu lugar, a sua vida e a dos seus próximos. Se no limiar do Século XX, a doutrinação dos sistemas de crenças enfraqueceu, é porque foram trocados pelo materialismo, a fé na Ciência e a vontade de manifestar-se. O espírito da época atual propõe-nos uma vida agradável, onde nenhuma responsabilidade é assumida.

A maior parte da nossa humanidade tenciona  viver a sua rotina, a não mudar o seu comportamento ou a sua forma de pensar, rejeitando ou negando a sua responsabilidade. Todas as crenças que se sobrepõem à nossa tomada de responsabilidades tornam-se uma escapatória que nos permite levar uma vida sempre rotineira sem que sejamos obrigados a trazer nela nenhuma mudança.

A frase: “Imagine que estoirou uma Guerra e que ninguém se apresente para combater”, encontra-se aqui justificada. Se os seres humanos de todas as nações não pegassem em armas para matar os seus próprios congéneres, os Illuminati não seriam mais do que pequenos criminosos. Eles sustentam-se na verdade, das fraquezas e da falta de tomada de responsabilidade de cada um de nós, um potencial efectivo que eles manipulam com grande virtude.

O perigo real neste mundo não são os Illuminati ou alguns tiranos, não, é a ignorância dos seres humanos. Se eles não fossem tão ignorantes, se não se deixassem dominar, se não lhes faltasse senso crítico, ninguém absolutamente poderia servir-se deles. Aquele que sabe não pode ser manipulado, precisamente porque sabe. Por isso torno a dizer: Procurai a verdade, e a verdade vos libertará!

A principal fonte do problema encontra-se no interior do próprio ser humano e não no exterior.

Por consequência, o exterior nada tem a não ser esse papel preciso, ou seja, aquele de refletir para nós a nossa problemática interior. Os Illuminati constituem um desafio para nós, os seres humanos; pelas suas acções, nós nos encontramos diante dos nossos medos, somos testados na nossa responsabilidade e na nossa auto-confiança.

Examinai, peço-vos, a vossa própria vida. Se atentais sobre as situações que foram para vós as mais difíceis e as mais desagradáveis até agora, acidentes, divórcios, doenças, etc., reconhecereis que esses foram os momentos mais ricos nos ensinamentos. Certamente, foram desagradáveis, até mesmo dolorosos, mas tiraste disso um ensinamento – amadureceste. Transpomos agora esse pensamento para o nosso assunto: Se os Illuminati não existissem, se não houvesse nem Guerras nem problemas, tudo seria de tal modo que ninguém se esforçaria para que houvesse uma mudança qualquer. Nós somos preguiçosos demais e gostamos muito das nossas comodidades para querer uma mudança! Estamos, de facto, muito satisfeitos. Os problemas que nos são colocados, do Meio Ambiente, do desemprego, do ódio racial, da Guerra e da fome fazem-nos sair do nosso torpor , obrigam-nos a passar para a acção, a encontrar soluções. Quanto mais duros os tempos com os seus problemas, mais adquirimos experiência e mais depressa evoluímos.

Observando a nossa História, verificamos que, em muitos domínios, houve nestes últimos cinquenta anos mais progresso do que durante os cinco séculos precedentes, e houve também mais nestes últimos 10 anos do que nos 50 precedentes. O desenvolvimento ir-se-á acelerando tanto a nível geral como em particular. Tudo caminhará cada vez com maior rapidez e a consciência humana se desenvolverá seguindo o mesmo ritmo. Na vida exterior, as instituições imutáveis, igrejas ou governos, agarrados aos seus velhos sistemas de pensamento, desmoronarão. Os seres humanos refratários à mudança de pensamento e de sentimentos, isto é, aqueles que não querem desembaraçar-se dos velhos esquemas, deverão cair mortos.

Avanço da Tecnologia
Avanço da Tecnologia

Eles ficarão doentes, morrerão durante as catástrofes ou nas Guerras, enquanto que os outros elevarão o seu nível de consciência ou encarnarão-se novamente para encontrar a sua verdadeira grandeza e viver como seres humanos livres.

Aqueles que começam a transformar-se farão experiências maravilhosas. Eles viverão o que foi predito como “idade de ouro”, simplesmente porque obedecerão a esse elo que os impulsionará a “progredir interiormente”. Esses seres já terão observado que eles vêem os seus votos serem realizados de repente mais rapidamente, ou que encontram com mais facilidade, de forma inesperada e cada vez mais, pessoas que têm o mesmo estado de espírito que eles: antes isso teria levado anos.

A consciência terrestre vai evoluir de forma drástica, os problemas terrestres demonstram-no claramente. É o que denominamos em medicina uma crise salutar, o mal piora, é como um doente cujo estado se agrava repentinamente, ainda uma vez, antes que sobrevenha uma rápida cura. A nossa terra também atravessará por um processo de purificação semelhante, quando tiver fôlego para eliminar o que a estorva, o que perceberemos com fenómenos, tais como furacões, tremores de terra, erupções vulcânicas e com uma inversão dos pólos.

Podeis ver que tudo o que é “negativo” tem, ao menos, algo de positivo em si. Os Illuminati fazem o papel de bode expiatório exteriormente para devolver-nos, a nós mesmos, a nossa responsabilidade perante a vida. Os Illuminati não serão poupados pela crise salutar que se inicia e pelas mudanças que se iniciam. Existem cada vez mais livros e pesquisadores que chamam a nossa atenção pelas suas atitudes, mas também sobre as incoerências da nossa época, na nossa própria vida e no mundo exterior. Os sistemas dos nossos pais com os seus mistérios, os seus segredos, os seus rituais, as suas cerimónias (símbolos, vestimentas, rituais de oração), tais como os conservam também a Igreja cristã, não poderão mais ser mantidos. Os jovens, com o seu vigor e espírito novo que os caracteriza, não querem mais ouvir falar dessas “inépcias”. Os velhos sistemas não puderam livrar o ser humano das Guerras nem suavizar o seu coração e malograram. O “velho homem” vai dar lugar ao “novo homem”, que chegará com o espírito voltado para o futuro e, sobretudo, agirá com o coração.

É mais do que provável que todos nós contribuamos, ao menos em alguma das nossas vidas anteriores, para criar o estado no qual se encontra actualmente o nosso planeta com os seus habitantes, senão não estaríamos aqui. É nosso dever reconhecê-lo e passar à acção, fortalecidos por essa tomada de consciência. O “verdadeiro pecado” é, certamente, o de renunciar à nossa própria responsabilidade. A responsabilidade pela nossa criação. Na sua origem, a palavra pecado significa separação. O pecado, é estar-se separado da criação, é não se reconhecer como uma parte integrante desta criação. E nós criamos a cada dia. Nós temos um desejo, nós o visualizamos, depois elaboramos um plano (pelo pensamento) e o concretizamos na matéria (pela acção). Nós mesmos, cada um de nós, somos a criação. Um grande sábio disse antigamente: Teu Pai está mais próximo de ti do que a roupa que vestes, mais próximo do que tua respiração. Onde poderá ele estar oculto se não for no nosso íntimo, em toda a nossa existência?

Esse pecado, que é estar-se separado, é o facto de os seres humanos aguardarem a volta do Cristo no exterior, quer dizer, numa pessoa que colocará tudo em ordem. Mas o retorno de Cristo não se manifestará numa personalidade, isso acontecerá no interior do ser humano, de todo o ser humano deste planeta que decidiu encontrar Cristo dentro de si mesmo. O conhecimento de si mesmo, o amor incondicional e a bondade para com todos atrairão esse retorno que não será limitado a nenhuma raça precisa e a nenhuma Religião. Da mesma forma, o Anticristo não é um ser que se encarrega do mundo exterior, o Anticristo é o ego desmensurado no interior de cada ser humano. Em verdade, o Anticristo apoderou-se há muito tempo do nosso mundo. A partir do momento onde alguns crêem estar salvos porque eles pertencem a certo grupo, eles colocam-se acima dos seus semelhantes, eles reforçam o seu ego e, por esse motivo, também o poder e o campo energético desse dito Anticristo. Eles atingem a meta contrária àquela que desejam obter. Um jogo interessante, não é mesmo?

Energia Crística
Energia Crística

Existem, assim mesmo, numerosos seres humanos que querem ser como Jesus, o deus TothBuda ou Saint Germain. Isso significa que eles gostariam de poder curar pela imposição das mãos, criar a partir do éter ou caminhar sobre a água. Eles gostariam que se manifestassem neles os mesmos dons dos instrutores do mundo, mas eles não querem principalmente pensar como aqueles ou sentir o que eles sentem. Eles não querem reconhecer que esses instrutores se exprimiam e agiam com o coração. Eles sentiam o mesmo amor por todos os seres humanos, pelos pobres como pelos ricos, pelas prostitutas, os soldados, pelos desabrigados, os desempregados, como por aqueles que venceram na vida. Pouco lhes importava a cor da pele, a língua, a raça ou a Religião. O dia em que fordes capazes, na rua ou algures, de ir ao encontro do vosso semelhante como se ele fosse vosso irmão ou vosso companheiro de vida, sereis capazes de realizar esses milagres. Esses não são, entretanto, os milagres que esses instrutores realizaram, eles simplesmente foram recompensados pelo trabalho que fizeram em si mesmos. Aqueles que querem alcançar essa finalidade são dignos de felicitações, pois compreenderam o que esses instrutores quiseram comunicar-nos com os seus ensinamentos e dos quais, entretanto, nós nos afastamos tanto.

Desde milénios é ensinado aos seres humanos que a criação abandonou o seu reino e que ela habita nalguma parte nas profundezas do espaço. A maioria acreditou e aceitou como verdade. Mas a criação, a origem de toda a vida, nunca esteve fora de nós. Ela é nós. Foi ensinado aos seres humanos que eles nasceram unicamente para viver um momento neste mundo, para envelhecer e para morrer. Os seres humanos acreditaram-no, tornou-se uma realidade para eles.

Ensinaram-lhes que a criação é Deus, um ser único, do género masculino evidentemente, que com as mãos criou primeiro o céu e a terra antes de criar o ser humano. Se o princípio original, a criação, a maior inteligência (que os cristãos denominam “Deus”) criou os seres humanos e todo o resto, então podemos fazer a seguinte pergunta: de onde essa criação engendrou tudo isso? Dela mesmo, evidentemente, pois que não havia nada mais. O que significa que tudo o que saiu dessa criação é também a criação. Que é a mesma substância. Como quando dois seres unem e geram uma criança, um ser humano. Se essa criação perfeita se multiplica, dela só pode nascer, logicamente, algo perfeito. Na linguagem cristã: se Deus, que é a origem do ser, multiplicar-se, ele só poderá gerar deuses. Com isso concluímos que tudo que existe hoje, seja o ser humano, o planeta, os minerais, os sentimentos, os pensamentos, tudo, verdadeiramente tudo, é a criação, quer dizer que tudo é perfeito. E a criação engendrou pelo prazer e ama o que ela engendrou.

É isso que foi ensinado por Yeshua Ben Joseph, denominado Jesus de Nazareth pelos cristãos. O seu Pai é um pai de amor. Jesus tinha designado o seu Criador em hebreu de AbbaAbba que significa PAI! Isso mostra a íntima relação entre eles. Jesus dirigia-se a ele não o chamando de Senhor ou Deus, mas Pai.

A maior inteligência ama a sua criação como um pai ama o seu filho. Se Deus punisse a sua própria criação, que ele engendrou, ele se puniria a si mesmo. Que pensamento idiota!

Pensar que Deus pune é absolutamente absurdo. É nisso que se diferencia a doutrina dos primeiros cristãos de todas as outras doutrinas daquele tempo; a criação ama o que ela criou e não a pune. Mas o medo que infligiam nos seres humanos permitiu controlá-los. Inculcaram nos espíritos ingénuos que existia um lugar de tortura e de tormentos – um inferno, para onde eles iriam, se não servissem a Deus. Isto significa que esse Deus que tudo criou partindo dele mesmo se lançaria a ele próprio no inferno para punir-se. Sinceramente, tal ideia só pode ter nascido num espírito doente!

Jesus nunca ensinou a existência de tal lugar, mas ele explicou muito bem e claramente que o Céu e o Inferno estão em nós. Ele disse que era o Filho de Deus e acrescentou que todo o ser humano nesta terra era também filho de Deus. Ele disse: “Vós todos fareis o que eu faço, pois o Pai e vós sois um. O reino dos céus está em vós.”

O ser humano criou imagens de Deus para dominar o seu próprio irmão. As religiões foram criadas para manter sob o seu controlo os seres humanos e os povos, quando não o foi mais possível mediante exércitos. O medo foi o instrumento que os mantinha sob dependência. A Religião e o poder das igrejas foram, durante milénios, a causa do aniquilamento das outras civilizações. A Igreja Cristã aniquilou os povos Maias e astecas, suprimiu-os porque eles não acreditavam nos seus ensinamentos. Todas as pretensas guerras santas da Idade Média foram feitas para propagar o conteúdo religioso da doutrina cristã. As mulheres foram torturadas e executadas. E eles mantinham essa comunidade de crenças inventando o fogo do Inferno e o Diabo para suscitar o medo no coração das crianças, dizendo que se não fizessem certas coisas e não vivessem segundo as regras e as prescrições da Igreja, iriam arder eternamente no inferno.

Roubando do ser humano a sua divindade, a sua perfeição, fazendo-o crer que ele vivia separado da criação, era mais fácil dominá-lo. A criação não engendrou nem Inferno nem Diabo, os quais são puras invenções dos seres humanos que lhes permitem incutir o medo e atormentar os seus semelhantes. Fizeram do Inferno um dogma para intimidar as massas e controlá-las. A criação é tudo: cada grão de trigo, cada estrela no Universo, cada borboleta, cada ser humano. Tudo pertence à criação. Se existisse um lugar como o Inferno, ele seria semelhante a uma úlcera cancerosa no corpo da criação, que só poderia morrer.

Existe, ainda, uma quantidade de seres humanos no nosso planeta que acredita realmente que não passam de um pobre montão de substâncias celulares. Se esse fosse o caso, quem seria aquele que olharia tão atentamente através dos nossos olhos? De onde tiramos a nossa especificidade, a nossa personalidade, o nosso carácter? De onde vem o charme, a faculdade de amar, de abraçar, de esperar, de sonhar? De onde nasce esse incrível poder de criação? E a nossa inteligência, o nosso conhecimento e a nossa sabedoria? Acreditais verdadeiramente que poderíamos viver todas as nossas experiências e adquirir todo o nosso saber  numa só vida, a qual representa apenas um segundo na eternidade?

Para tornar-nos tal e qual como somos, foi preciso algumas centenas de vidas; as experiências adquiridas deram-nos certa sabedoria, elas fazem as nossas especialidades e a nossa beleza. Se certas pessoas não querem ouvir falar a não ser de uma só vida terrestre, como é que elas podem explicar que um menino, nascido numa família de camponeses do norte da China, conseguiu o seu bacharelado com a idade de cinco anos? É espantoso! De onde obtém ele os seus conhecimentos? Certamente não é do seu Ambiente, quase analfabeto, incapaz de encontrar a solução de fórmulas matemáticas complicadas ou de falar outras línguas. A maioria dos cientistas que se faz passar como tal, é, ao meu ver, muito mais teórica ou tem um espírito dogmático, que se apressa, nesses casos semelhantes, a negar o acaso, do qual se serve, de facto, quando não se têm conhecimentos necessários para explicar tais fenómenos. O jovem rapaz mencionado acima só pode recolher conscientemente os seus conhecimentos de uma vida passada. Tais casos não são mais excepcionais nos nossos dias no Extremo Oriente.

Amor
Amor

Nós somos seres muito preciosos e muito belos para sermos criados apenas por um instante na eternidade. Os corpos que habitamos são veículos perfeitos que escolhemos para movimentar-nos e nos permitem participar da vida e do seu papel no plano material. Entretanto, sucumbimos à ilusão e cremos que somos o nosso corpo. A nossa origem remonta a um longínquo passado, recolhemos desde um tempo infinito a nossa herança, esquecemos tudo, chegamos até a esquecer de nós mesmos. Negamos com todas as nossas forças que somos essa criação, negamos o facto de sermos responsáveis pela criação.

Criamos tudo sem cessar e somos o que pensamos. Se imaginarmos em pensamento que nos uniremos a outra pessoa, o nosso ser inteiro vibra. Se pensarmos muito na miséria, acabamos por sofrê-la. Se sonharmos com a alegria, ela se tornará nossa. É assim que tecemos o nosso futuro. Todos os pensamentos, todos os fantasmas, todas as emoções que alimentarmos engendram um sentimento em nós que é registado e memorizado nos nossos corpos subtis.

Esse sentimento determinará as condições da nossa vida, ele atrairá as circunstâncias que lhe correspondem e que o despertarão, pois ficou armazenado nos nossos corpos subtis. Cada palavra pronunciada tece os nossos dias vindouros, pois as palavras são sons que exprimem os sentimentos da nossa alma, os quais são também, por sua vez, nascidos dos nossos pensamentos.

Ninguém é vítima da vontade ou dos projectos de qualquer ser humano. A nossa imaginação já se apoderou de um pensamento: “como seria isso se…?”, ou então ela sucumbiu aos seus medos. Ou alguém disse que isso deveria ser assim mesmo e não de outra forma, e nós o tomamos como sendo dinheiro vivo. Nada do que nos acontece é gratuito. São os pensamentos e as emoções que constituem a base de tudo.

Durante milénios, diferentes entidades tentaram fazer-nos entender esse funcionamento – por meio de enigmas, de contos ou escritos – mas a maioria de entre nós recusou recordar-se. Existem poucos de entre nós que estão prontos para assumir a sua vida. Mas o cosmos é feito assim, ele é o sistema mais perfeito, mais leal e mais justo que existe. Dá a possibilidade a cada um de nós de tornar-mo-nos nós mesmos, seja o que for que pensemos; que somos o indivíduo o mais ignóbil ou o mais feio, o mais notável ou o mais nobre. Colhemos o fruto das nossas palavras. Somos o que pensamos. Quanto mais nos desvalorizamos, mais perdemos o nosso valor. Quanto mais subestimamos a nossa inteligência mais nos bestializamos. Quanto mais nos acharmos feios mais seremos disformes. Quanto mais nos sentirmos pobres mais seremos lastimáveis. Quem é, pois o criador da vida? Nós mesmos!

O que a maior parte dos seres humanos engendra hoje em dia? As nossas maiores criações são Guerras, desgraças, esperanças, tristezas, miséria, ódio, discórdia, auto-rejeição, doença e morte. A maioria de nós restringe a sua vida, aceitando as ideias limitadas que se tornaram sólidas verdades que formam a nossa vida. Portanto, construímos a nossa própria prisão. Há tantos humanos que se isolam toda uma vida porque têm um julgamento sobre tudo, sobre os seus semelhantes e principalmente sobre si mesmos. Vivem seguindo uma moda que tem por nome beleza, rodeiam-se de objectos “que fazem bem” para não desgostar os seus frequentadores. Não passam de crianças, vindos ao mundo simplesmente para crescer, antes de perder aos poucos a sua vitalidade, tornar-se senis antes da idade e passar para o outro lado.

Nós, grandes criaturas que fomos, eis que nos tornamos carneiros, isolamos-nos nas grandes cidades e nelas vegetamos cheios de medo, com as portas fechadas com dupla fechadura.

Em lugar de viver em alegria e com amor, construímos grandes edifícios e desenvolvemos uma consciência que amedronta. Criamos uma Sociedade que regula e controla os nossos pensamentos, as nossas crenças, os nossos actos e a nossa aparência. O fogo criador que vive em nós, que tem o poder de apoderar-se de um pensamento e dar vida a qualquer forma que seja, caiu em sua própria armadilha, sucumbindo às crenças, aos dogmas, às modas, às tradições, por causa dos pensamentos limitantes, limitantes, limitantes!

Temos, entretanto, a cada dia, a livre escolha de colocar a serviço do mundo os nossos pensamentos, a nossa imaginação e os nossos sentimentos numa meta construtiva para outros e para nós mesmos.

Alguns cientistas fizeram experiências numa ilha japonesa com um grupo de macacos. Jogaram batatas doces para os macacos, na areia para estudar o seu comportamento. Estes espalharam-nas, comeram-nas, mas perceberam o efeito desagradável que a areia produziu no seus dentes. Um deles, mais astuto do que os outros, aproximou-se de um riacho e lavou a batata doce.

Curiosos como são os macacos, os outros observaram-no para ver o que ele estava a fazer. Quando perceberam que ele apreciava aparentemente o gosto das batatas doces sem areia, imitaram-no. Quando os investigadores lhes atiravam as batatas, os macacos iam lavá-las directamente no riacho. Noventa e nove por cento fizeram a mesma coisa, menos o centésimo, o Nikola Tesla dos macacos, o único que não ia ao riacho mas no mar para lavar sua batata com água salgada. Este macaco percebeu que ela tinha muito melhor sabor com sal. Foi então que aconteceu algo interessante: não somente os macacos dessa ilha o imitaram, mas também aqueles de uma ilha vizinha situada a 90 km aos quais foram jogadas as batatas. Eles também, iam directamente ao mar para lavá-las. No continente, passou-se o mesmo fenómeno.

O centésimo macaco tinha libertado um potencial de energia suficiente para que o pensamento atingisse os outros macacos da ilha vizinha. Rupert Sheldrake designa a essas transferências de “campos morfo-genéticos.”

Campos Morfogenéticos
Campos Morfogenéticos

Encontramos esse mesmo princípio nas invenções. Verificamos que uma descoberta realizada num país é também frequentemente descoberta  noutro país, sem que os dois inventores se conheçam (Descobertas Simultâneas da Ciência).

Trata-se aí do mesmo princípio. Pode ser que o primeiro inventor pesquise durante décadas para fazer uma descoberta. Uma vez realizada essa descoberta, o processo de pensamento energético terminado, a abertura está feita e esse pensamento é agora registado a um nível energético. Para todos os outros investigadores que trabalham num projecto semelhante, de agora em diante será mais fácil atingir a meta, pois o primeiro inventor, ou o centésimo macaco, fez a abertura.

Transpondo para o nosso assunto, isso significa que quando um número suficientemente grande de seres humanos na terra tiver alcançado um nível de consciência mais elevado, será mais simples para o resto da humanidade chegar a esse ponto. Os pioneiros construíram certo potencial, que se transmitirá automaticamente para todos os outros; isto também faz parte da lei de ressonância.

A maioria dos seres humanos tem o seguinte raciocínio: Sim, mas sozinho não posso mudar nada! O exemplo precedente demonstra que poderíeis ser vós o centésimo macaco, graças à vossa intuição ou a uma descoberta que ireis fazer. Pode ser que outras pessoas já tenham trabalhado antes de vós para encontrar uma solução de um problema, mas não conseguiram fazer uma abertura. Pode ser que só precise do esforço de uma única pessoa para que os outros encontrem essa solução. A vossa contribuição pode parecer, num primeiro instante, insignificante. Talvez ireis conseguir dominar o vosso ciúme ou libertar-vos de uma dependência ou então estais no ponto de fazer uma descoberta?

Também tive a seguinte preocupação: Por que escrever um livro sobre um assunto tabu? Por que deveria eu, aos 26 anos, ter o trabalho de escrever um livro sobre esse assunto difícil, enquanto que outros autores renomados o escreveram sem ter sucesso? Mas é talvez precisamente esse livro, impregnado com todos os meus esforços, com todo o meu trabalho, com todos os meus pensamentos e todos os meus sentimentos, que era necessário para que os autores precedentes vissem o seu trabalho coroado de sucesso, para que o potencial energético se liberte.

É como uma gota de água que faz transbordar o vaso. É, portanto, uma gota perfeitamente comum, parecendo-se perfeitamente com as outras, que vai romper a superfície da água e a fará transbordar.

Vede, não é necessário ser absolutamente conhecido ou ser “alguém em particular” para ser um herói. O centésimo macaco não pensou que ele seria o desencadeador do processo.

Fonte: Livro «As Sociedades Secretas e o seu Poder no Século XX» de Jan Van Helsig

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