No dia 3 de Maio de 1975, Carlos António de los Santos Montiel sobrevoava a Cidade do México, quando o seu avião Piper PA-24 começou a balançar sem motivo aparente. Alguns momentos depois, o jovem piloto viu um objecto cinza-escuro em forma de disco, com pouco mais de 3 metros de diâmetro, perto da ponta da asa direita do avião. Objecto voador similar estava seguindo-o pela esquerda.
No entanto, o mais assustador de tudo é que um terceiro objecto vinha direito à sua direcção. O OVNI passou tão rente sob o avião que chegou a riscar a parte inferior da fuselagem.
Carlos António sentiu um medo muito grande e o terror aumentou ainda mais quando descobriu que os controlos do aparelho pareciam estar emperrados. Ele não conseguia operá-los, porém, por estranho que possa parecer, o avião continuou a voar normalmente a 190 quilómetros por hora.
Quando os objectos voadores saíram do seu campo de visão, o piloto reassumiu o controlo do avião. No mesmo instante, transmitiu uma mensagem pelo rádio ao aeroporto da Cidade do México e chegou a chorar quando relatou o sucedido.
O pessoal da torre de controlo levou a sério as informações, porque eles captaram os objectos na tela do radar.
“Os objectos fizeram uma curva de 270 graus a 833 quilómetros por hora, num arco de apenas 5 quilómetros. Normalmente, um avião a voar a essa velocidade precisa de 12 a 16 quilómetros para fazer uma manobra como essa. Nos meus dezessete anos como controlador de tráfego, nunca vi coisa igual”, revelou o controlador de tráfego Emílio Estanol aos repórteres.
Depois de pousar em segurança, Carlos António foi examinado por um médico, que o considerou apto. Mas em breve o piloto viria a saber que o sofrimento ainda não terminara.
A sua experiência saiu na primeira página dos jornais mexicanos e duas semanas mais tarde, Carlos António, jovem de 23 anos de idade, cuja única ambição na vida era ser piloto de avião de passageiros, foi convidado a participar num programa de entrevistas na televisão, para falar sobre a sua experiência. Embora relutantemente, ele aceitou.
No dia em que seria entrevistado, Carlos António seguia de carro pela estrada, a caminho da empresa de difusão televisiva. De repente, viu um grande automóvel preto. Pensou que fosse a limusine de algum diplomata, a cortar a frente do seu carro. Quando olhou pelo espelho retrovisor, observou um carro idêntico que vinha logo atrás. Os dois carros, que eram tão novos que pareciam estar a ser conduzidos pela primeira vez, forçaram-no a sair da estrada.
Assim que parou, os outros dois carros também estacionaram. Carlos António estava para sair do veículo, quando quatro homens altos e musculosos, abriram as portas das suas viaturas e aproximaram-se. Um deles colocou as mãos na porta do carro do jovem piloto, como que para assegurar-se de que ele não poderia sair. O homem falou rapidamente, com um sotaque estranho, quase mecânico:
“Oiça, rapaz, se você dá valor à sua vida e à da sua família também, não fale mais nada sobre o que viu”, disse o homem em espanhol.
Carlos António, extremamente assustado, limitou-se a observar os quatro homens, de aparência escandinava, com a pele inusitadamente pálida e ternos pretos, que voltaram para os seus carros e afastaram-se dali. Ele fez a volta na estrada e voltou para casa.
Dois dias mais tarde, o jovem piloto contou a história a Pedro Ferriz, o apresentador do programa de televisão em que seria entrevistado. Ferriz, aficionado da ovniologia, disse que já ouvira outras declarações a respeito de estranhos “Homens Vestidos de Preto” que ameaçavam testemunhas de OVNIs. Ele assegurou a Carlos António que, relativamente às ameaças, não corria perigo. Com o passar do tempo, persuadiu-o a participar noutra entrevista, que transcorreu normalmente.
Um mês mais tarde, o entusiasta da aviação conheceu o Dr. J. Allen Hynek, astrónomo da Northwestern University, que trabalhara como consultor para assuntos científicos relativos a OVNIs para a força aérea dos Estados Unidos da América. Os dois conversaram e antes de se despedir, Hynek convidou-o a tomar café com ele na manhã seguinte.
Às 6 horas, Carlos António saiu de casa e seguiu em direção ao escritório da Mexicana Airlines, onde já havia preenchido uma ficha de pedido de emprego. De seguida, foi ao hotel onde Hynek estava hospedado.
Quando subia a escada, o jovem piloto ficou surpreso ao ver um dos homens de preto que o tinham forçado a sair da estrada, quatro semanas antes.
“Você já foi advertido uma vez de que não deve falar sobre a experiência”, sussurrou o homem. E como que para reforçar a seriedade da ameaça, empurrou-o.
“Olhe, não quero que se envolva em problemas. E porque é que saiu de casa às 6 horas da manhã? Trabalha, por acaso, para a Mexicana Airlines? Saia já daqui, e não volte!”, acrescentou.
O rapaz saiu imediatamente, sem se encontrar com Hynek. Ao recordar esses eventos dois anos mais tarde, Carlos António declarou a dois investigadores americanos de OVNIs:
“Aqueles homens eram muito estranhos. Grandes, mais altos do que os mexicanos e com a pele muito branca, como se estivessem mortos”.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz