Em 1687, Newton formulou as suas leis do movimento e gravitação universal, mostrando que os movimentos de um objecto no espaço (e.g. corpos celestes), está somente dependente da sua posição inicial, velocidade e as forças que a afectam. A teoria de Newton tornou-se a fundação da concepção mecânica do mundo que continua a prevalecer na medicina e bioquímica. Neste modelo mecânico, o mundo é reduzido a um número de elementos fundamentais, objectos, átomos ou particulas com ausência de conexão interior. São independentes e separados e podem apenas afectar-se uns aos outros através de forças físicas e gravitação.
Esta perspectiva teve um impacto tremendo que afectou todas as ciências naturais durante os 300 anos subsequentes. Os cientistas postularam que princípios semelhantes eram aplicáveis noutras ciências naturais, um ponto de vista denominado reducionismo mecânico. Se estes princípios pudessem ser formulados para cada ciência, poderiam ser feitas previsões sobre o desenvolvimento dos diferentes sistemas da mesma forma que Newton poderia prever as órbitas dos planetas e o seu tempo de revolução. Tais previsões tornar-se-iam a base do exame científico.
Só quando Pasteur descobriu bactérias em meados do século XIX é que a medicina científica começou a ser afectada pela concepção mecânica do mundo. Só no século XX é que este modelo se tornou plenamente aceite pela medicina científica, o que provocou um esforço para reduzir as causas da doença a um factor, com bactérias ou vírus como agentes.
Física quântica

No início do século XX, mesmo antes da medicina científica ter aceite completamente o modelo mecânico, os físicos já estavam a começar a formular um novo modelo do mundo. Há cerca de cem anos, foram feitas descobertas que levaram os físicos a abandonar o modelo mecânico de Newton e a formular um novo modelo: a Física Quântica. De acordo com este novo modelo, o universo forma um todo, interligado numa rede contínua de energia constituída por ondas ou quanta. A energia desta rede pode aparecer ou como partículas (quanta) ou campos (ondas). As ondas podem ser condensadas em matéria e partículas, átomos e moléculas, e a matéria pode dissolver-se em ondas ou campos electromagnéticos. De acordo com a teoria quântica do átomo, é o estado geral do átomo que organiza as suas diferentes partes, a chamada “causa descendente”.
O modelo quântico é completamente incompatível com o modelo mecânico do universo de Newton, segundo o qual, cada elemento ou objecto em particular é totalmente independente do seu contexto e o estado geral é sempre determinado pelas partes.
A física quântica não é aceite pelo paradigma actual da Medicina
A Física Quântica mudou totalmente a vida moderna. Mas dentro da medicina convencional, biologia e química orgânica, o modelo mecânico ainda é predominante. De acordo com esta concepção, o chamado paradigma bioquímico, o nível moelcular é o nível primário da vida. As moléculas são as pedras de construção básicas da vida e a comunicação entre células depende dos sinais nervosos (Visão Molecular da Vida). Os campos eléctricos e electromagnéticos dentro e à volta do organismo do corpo, que podem ser medidos por EEG e ECG, não passam de artefactos criados por processos bioquímicos.
De acordo com o paradigma físico ou biofísico quântico, o homem é principalmente energia. A transmissão de sinais no corpo não é principalmente química, mas electromagnética. Um dos pioneiros deste novo campo, o famoso laureado com o Prémio Nobel Albert Szent-Györgyi, declarou que a vida é demasiado rápida e precisa para ser explicada apenas por reacções químicas e impulsos nervosos lentos. Quando publicou um livro sobre Física Quântica em sistemas biológicos em 1960, “Introduction to a Submolecular Biology”, o livro foi rejeitado por um dos seus colegas, como “fantasias de um antigo homem brilhante, e agora, velho senil.”

O modelo mecânico não foi capaz de explicar como funcionam os sistemas biológicos. Os blocos fundacionais da vida são os movimentos das moléculas proteicas. Os cientistas não têm sido capazes de prever estes movimentos utilizando os princípios mecânicos de Newton. Trata-se de uma tarefa condenada à partida, porque não são os princípios mecânicos, mas as leis da Física Quântica que governam os movimentos que geram vida.
Os principais cientistas têm-se agarrado obstinadamente ao paradigma bioquímico apesar de centenas de estudos científicos demonstrarem que as “frequências e padrões específicos de radiação electromagnética regem a síntese de DNA, RNA e proteínas, alteram a forma e função das proteínas e controlam os genes, a divisão e diferenciação das células”. [1]
Há mais de 40 anos foi demonstrado que a transmissão de informação em sistemas biológicos é cem vezes mais eficaz com sinais electromagnéticos do que com sinais físicos como substâncias transmissoras e hormonas. [2]
Consequências de negar a relevância da física quântica

A negação obstinada da relevância da Física Quântica para a medicina tem consequências potencialmente desastrosas. Uma vez que os organismos vivos não são considerados como sendo governados por campos electromagnéticos fracos, os principais representantes do paradigma médico actual, não consideraram como a transmissão de sinais nos organismos vivos é afectada por todas as invenções que a Física Quântica tornou possíveis, o que se tem vindo a tornar numa catástrofe médica e ecológica. Houve médicos proeminentes que alertaram para esta situação desde o início. Em 1990, um dos principais investigadores mundiais sobre os efeitos dos campos electromagnéticos, o professor americano de cirurgia ortopédica, Robert O. Becker, alertou para esta evolução. Assinalou que os campos electromagnéticos fracos regulam a maior parte das funções do nosso corpo e que nos desenvolvemos em simbiose com os campos electromagnéticos naturais da terra, dos quais todos dependemos. No entanto um manancial de campos electromagnéticos artificiais tem inundado o ambiente, prejudicando tanto o homem como a natureza, uma vez que não temos qualquer defesa contra esta radiação. Segundo Becker, há cada vez mais provas de que esta situação criou um ambiente nocivo para toda a vida e de que corremos o risco de uma catástrofe se este desenvolvimento continuar o seu curso. [3]
A negação do paradigma físico quântico na medicina também obstruiu e retardou o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes fundados na física quântica. A medicina quântica funciona directamente com campos electromagnéticos fracos e frequências que regulam as nossas funções físicas e que são superiores à regulação bioquímica do corpo físico. Como foi dito acima, a medicina quântica torna a transmissão de sinais nos sistemas biológicos cem vezes mais eficaz do que os medicamentos. Além disso, as frequências utilizadas na medicina quântica são específicas, evitando assim efeitos secundários que tornam o tratamento com fármacos tão pouco seguro. Os efeitos secundários dos fármacos são a causa mais importante das chamadas doenças iatrogénicas. Em 2004, foram publicados os resultados de um estudo longitudinal (dez anos) de estatísticas oficiais dos Estados Unidos da América (EUA), que mostraram que as doenças iatrogénicas eram a causa de morte mais comum nos EUA e que os efeitos secundários dos tratamentos com medicamentos causavam mais de 300 mil mortes por ano. [4]
Conclusão
O Paradigma Médico congelou no tempo, impedindo, através dos seus guardiões (Gatekeepers), que sejam desenvolvidas novas abordagens, permitindo o livre fluxo do desenvolvimento tecnológico. Ao invés, agarra-se ciosamente à sua ortodoxia, ostracizando os heréticos que ousem extrapolar, ainda que tangencialmente, os seus criteriosos dogmas.
É óbvio que isto não é alheio ao facto do actual paradigma médico se ter estabelecido, com base numa poderosa indústria com interesses económicos bem enraízados, que se estendem às universidades, à comunicação social e a poderosos lobbies nos governos e reguladores.
Como diria Upton Sinclair, “é difícil a alguém perceber algo, quando o seu ordenado depende de não perceber.”
Fontes:
[1] Lipton, Bruce (2008). The Biology of Belief, 2005.
[2] «Resonance in Bioenergetics», Annals. Fevereiro de 1974
[3] Becker, R.O. (1990) Cross Currents. Jeremy P Tarcher Inc., Los Angeles.
[4] Gary N, Carolyn D, Feldman M, Rosio D. (2005). Death by medicine. J Orthomol Med., 20: 21–34.