Apesar da desilusão que se apoderou da maioria dos norte-americanos, que embalados pelo charme de Obama, e pelo maciço culto da personalidade construído em redor do actual presidente americano, acreditavam piamente ser este o homem redentor, que os iria conduzir à salvação, cremos que, em condições normais, Obama acabará mesmo por conseguir a sua reeleição no próximo acto eleitoral.
E isto porquê?
Há aspectos bastante subtis, mas que analisados em conjunto, nos permitem compreender o rumo de certos acontecimentos, quase como se estivessem a ser embalados por alguma inteligência que compreende bastante bem os movimentos das massas e como influenciar o seu destino.
Barack Obama, cuja administração foi composta quase na sua totalidade por grandes financeiros, os mesmos que fomentaram a grande derrocada financeira de 2008, reforçou as políticas do seu mal fadado antecessor, George Bush, a vários níveis, inclusive, o de reforçar o contingente militar no estrangeiro, a despeito de todas as promessas que fez e continuou a permitir os excessos da alta finança, que foi aliás, a que patrocinou a sua eleição.
Não foi de admirar pois, que poucos meses após ter vencido as eleições, a sua popularidade tivesse caído a pique.
O Paradigmas já retratou sobejamente estes assuntos nos seguintes artigos:
- DOCUMENTÁRIO: The Obama Deception: The Mask Comes Off (2009)
- DOCUMENTÁRIO: Fall of the Republic: The Presidency of Barack H. Obama (2009)
- Popularidade de Barack Obama tem caído a pique desde que tomou posse da presidência dos E.U.A.
- VIDEO: Reportagem da MSNBC expõe “detenção prolongada” de Obama
- Barack Obama e o Pré-Crime
No entanto, do outro lado da barricada, está aquele que será o seu futuro antagonista, Mitt Romney, que apesar de dispôr inicialmente de uma margem de aprovação de 51% por parte do público americano (talvez mais por demérito de Obama, do que por mérito próprio), começou a dar tiros nos pés com afirmações como “não me preocupo com os pobres”, além de, começarem a sair notícias que nos dão conta da sua enorme riqueza ganha às custas de especulação financeira (e provavelmente fraudulenta, como tanta outra nos EUA).
Curiosamente, estas situações só começaram a ocorrer quando, no périplo que habitualmente fazem pelo país os proponentes do partido opositor ao que está na Casa Branca, para se decidir quem é que será o adversário do actual presidente nas próximas eleições, ficou quase certo que seria Romney o vencedor.
Já Barack Obama, que se tem mantido “na sombra”, evitando assim o desgaste da sua imagem, na qual tanto investiu, começou já, engenhosa e subtilmente a sua campanha eleitoral, fazendo bom proveito do efeito “viral” das redes sociais, que tanto já lhe valeram, como é exemplo a seguinte imagem seguinte, cujos incautos utilizadores partilharam pela internet afora, sem suspeitar do timing em que a foto foi tirada, nem colocarem em causa a sua suposta inocência…
Ultimamente têm vindo a público, também com excelente timing, e muito inocentemente, frases de Obama tais como “vamos começar a taxar os ricos”, sem que os desprevenidos crentes se questionem o porquê de não o ter feito até agora (Talvez por não ser propriamente aquilo que os seus colegas de adminstrição, vulgo, patrões, da alta finança tinham em mente quando “promoveram” a sua eleição?).
Bem, e por aqui já se pode ver que rumo é que leva as eleições dos EUA: o mesmo de sempre, em que a maioria do povo acredita estar a participar numa democracia, que é sim, na verdade, um grande exemplo de engenharia social em massa, capaz de produzir os resultados eleitorais que lhes interessa.