O Século XX viu a Ciência sobrepor-se à Religião como principal fonte de previsões. A tendência vinha ganhando força há bastante tempo (as suas origens podem remontar ao Renascimento e ao trabalho de indivíduos como Leonardo Da Vinci e Sir Thomas More). Ao passo que os primeiros profetas iam buscar inspiração aos deuses, os videntes modernos têm procurado cada vez mais prever acontecimentos vindouros apenas através da razão humana. Com um esforço controlado da imaginação, têm tentado pensar o futuro (como poderá ser, mas também, no caso da Utopia seminal de More e os seus sucessores, como eles próprios gostariam que fosse).
No último meio século, a previsão chegou mesmo a tornar-se um grande negócio. Hoje em dia, centenas de milhares de indivíduos por todo o mundo ganham a vida a fazer previsões sobre tudo, desde Economia e demografia, à possibilidade de terramotos ou o tempo para amanhã. Os videntes fizeram grandes progressos em algumas áreas limitadas, mas noutras o registo de desempenho é, na melhor das hipóteses, inconstante. Com a chegada do terceiro milénio, o futuro continua, em grande parte, tão imprevisível como nunca.
Fonte: Livro «As Profecias que Abalaram o Mundo» de Tony Allan