No tempo de Franz Anton Mesmer (1734–1815) – criador do mesmerismo, teoria segundo a qual todas as pessoas têm um magnetismo animal que podem transmitir aos outros para fins terapêuticos, acreditava-se que os indivíduos hipnotizados tornavam-se automaticamente médiuns. Os mesmeristas diziam que podiam levar as pessoas a ter visões do futuro, a ver lugares distantes e até a diagnosticar doenças daqueles que estavam diante deles. Todavia, essas pretensões caíram todas por terra, a partir do momento em que a hipnose passou a ser mais bem entendida como novo procedimento científico.
Mas tal coisa não significa que essas afirmações tenham desaparecido.
Carl Sargent, estudante de Psicologia da Universidade de Cambridge, decidiu verificar se havia alguma verdade por trás dessas afirmações fantásticas do Século XVIII. Para realizar a experiência, o jovem pesquisador recrutou quarenta pessoas, a maioria constituída por estudantes universitários. Vinte deles foram hipnotizados e a sua Percepção Extra-Sensorial testada com os cartões normais de PES. Em contraposição, as outras vinte, foram pessoas testadas com os mesmos cartões, estando totalmente despertas.
Os resultados da experiência indicaram que o dr. Franz Mesmer podia estar certo. Os hipnotizados alcançaram resultados muito acima do puro acaso, que normalmente seria cinco acertos a cada 25 cartões. A média de acerto dessas pessoas foi de 11,9. Os que permaneceram despertos alcançaram os cinco acertos normais.
De acordo com Sargent, a sua experiência demonstrou que existiu um factor importante com relação à natureza da PES. Ela é, obviamente, realçada por um estado mental descansado, talvez até mesmo alterado.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz